quinta-feira, outubro 31, 2002

Já que eu não sou mesmo apaixonada pelo meu trabalho, preciso arrumar alguma atividade que me dê tesão, alguma coisa pela qual eu saia depois de um dia de expediente e vá fazer toda animada, que eu queira todos os dias, pela qual eu morra de paixão, faça mil loucuras, não falte por nada.
Não, galera, não respondam "sexo". Estou falando de algum hobby. A dança já não está me dando isso há muito tempo. Quero experimentar alguma coisa nova.
Xilografura. Origami. Árabe. Nado sincronizado.
Bungee jump sem corda.



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Em homenagem aos pães-duros
Outro dia, comprei um rocambole de morango da Plus-Vita. Não, o post não é pelo ato bizarro de adquirir um produto desses. Acontece que, na embalagem, estava escrito: "Ganhe vários prêmios! Encontre o selo dentro desta embalagem" ou algo assim. Fui toda empolgada procurar, pensando que era uma daquelas promoções plug and play, do tipo "achou, ganhou". Qual não foi a minha surpresa quando, no selo, achei o seguinte texto:
"Junte 3 selos iguais a este..."
TRÊS selos???
"... envie com uma carta ao CEP promocional 05948-960..."
Carta??? Correio??? CEP??? Que isso?
"... respondendo à pergunta 'Qual a marca que dá uma bolada para você?' e concorra a R$100.000 em títulos de previdência privada"
Em títulos de previdência privada??? Tá de sacanagem, né?
Pior que isso, só aquela promoção das bandanas do Botafogo Praia Shopping. E uma que eu vi recentemente: você gasta 80 pilas no posto de gasolina e ganha... um bonezinho. Ah, me poupe, né? Ou melhor, não poupe e faça umas promoções melhorezinhas!



Comments: quarta-feira, outubro 30, 2002

Um post sem comentários é que nem amor sem beijinho, Buchecha sem Claudinho... É impressão minha ou ninguém comentou o meu post sobre o IBesta porque ninguém agüenta mais ouvir nesse negócio de votar? Acho que estou incomodando vocês... NEM LIGO. Aposto que tem gente que está aí lendo e ainda nem votou. É minha obrigação lembrar. Votem votem votem.



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Feliz Natal pra todos, Feliz Natal
Estava eu andando de metrô outro dia, ni qui eu ouço a seguinte mensagem saindo dos alto-falantes:
"O metrô agradece a preferência e deseja a todos um ano novo repleto de realizações"
Como assim, Galileu? Exagero pouco é bobagem. Então as pessoas em outubro já estão pensando no revèillon?
Pior é que na secretária eletrônica do diretor lá da empresa também tem um voto de boas festas. Assim não dá. Já me vem logo à cabeça aquelas coisas de fim de ano. O dinheiro que eu vou gastar com presentes. A festa da instituição que eu vou ter que organizar. A comilança que vai me fazer engordar dois quilos. A deprê que baixa porque eu me lembro dos natais de quando eu era criança. Todo mundo reunido, a pirralhada toda, tios e tias, avô e avó, brigas de família, Auto de Natal, um horror e uma delícia.
Mas não tem jeito. Daqui a dois dias será novembro, tudo isso está mesmo chegando.
Salve-se quem puder.



Comments: terça-feira, outubro 29, 2002

A propósito. Hoje é dia de votar no IBest. Vocês já sabiam que o meu blog está inscrito, né?



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Era uma mulher e seu bebê. Entraram pela porta de trás do ônibus, na Haddock Lobo. O bebê era uma criança linda, risonha. Um menino. Estava sem camisa, porque o calor que está fazendo não anda nada fácil. Ainda há respeito por alguém com um bebê de colo. Imediatamente, várias pessoas ofereceram-se para levantar e ceder o lugar, mas a mulher, com o semblante sereno, apenas sorria e dizia que já ia descer, mesmo segurando a criança com apenas um dos braços, para, com o outro, segurar-se no ônibus. Olhei perdida o rosto divertido daquela criança. Muito bom poder contemplar um bebê de manhã. De repente, meu coração apertou. Percebi que se aproximava o Hospital do Câncer. A mulher desceu exatamente no ponto do Hospital. E eu achei tremendamente injusto que aquele serzinho, tão pequeno, no colo daquela senhora tão plácida, pudesse estar indo para lá, que fosse uma daquelas crianças em tratamento. A gente se acostuma que há crianças que têm câncer. Mas é muito difícil quando se repara nelas, quando elas deixam de ser estatística, e se tornam bebês reais, no colo de alguém. Da mãe, da avó, do pai ou de uma pessoa que os ama muito.

A mulher caminhou na direção oposta do Hospital.

Era isso que eu tinha para dizer hoje.



Comments: segunda-feira, outubro 28, 2002

Aventuras depilatórias
Há alguns meses, houve um pequeno incidente numa sessão de depilação na Pello Menos, minha pele quase descolou da carne e a depiladora quase teve um troço quando eu disse com ar blasè que fazia tratamento com ácido para espinha. Eu contei isso aqui, talvez vocês se lembrem. Achei até interessante o zelo que eles tiveram em registrar o ocorrido, para evitar numa próxima vez. Ocorre que desde aquele dia que, toda vez que eu vou lá, tenho que assinar um termo de responsabilidade para fazer a sobrancelha, mesmo, a cada mês, dizendo que eu parei de passar o tal ácido desde o incidente. Sempre tem uma megera que me olha com uma cara feia e ameaça não me deixar depilar.
Hoje eu fui já desanimada de ter que contar de novo a história, dizer que parei com as drogas espinhais desde abril, que estou limpa...
Mas aí, supresa... Um ser angelical do ébano estava na recepção no lugar da megera, resolveu acreditar em mim, e disse:
- Se você parou mesmo de fazer o tratamento, vou tirar isso do seu cadastro.
Sim! Estou livre! Operação concluída, segundos depois a megera volta a seu posto, devia ter ido ao banheiro.
Muita sorte. Se ela tivesse visto, não tinha deixado a outra limpar a minha ficha. Ela tinha um prazer especial em relembrar o incidente.



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Mundo Joselito
Na reunião sobre o Congresso Interno...
As pessoas falavam que todos deveriam usar a camiseta que mandamos fazer, na qual se lê: "Congresso Interno, eu vou, e você?". Eu disse, prontamente:
- Eu vim com a minha, ó.
Então Kog-man olha bem pra mim e diz:
- E todas as camisetas vieram transparentes assim?
Fiquei roxa. Não me lembrava da camisa ser transparente. A malha parecia bem boa, até. Olhei para baixo meio perdida e disse baixinho:
- Mas... ela não é transparente!
E então Kog-man riu. E todos riram. Era uma piada.
Estou morrendo de rir até agora. Não se pode mais ser uma pessoa séria nos dias de hoje.



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Mimos
Comprei uma caixa de CDs da Legião Urbana e fiquei me sentindo o máximo. Uma caixa brilhante e reluzente, com os seis CDs, mais um livrinho. É muito bom comprar um mimo assim pra si mesma. Faz trabalhar valer a pena. Fora que foi engraçado na loja. Foi uma compra de impulso, mesmo. Parei em frente à caixa, peguei, coloquei debaixo do braço e fiquei andando para lá e para cá. Um vendedor se aproximou e perguntou se poderia ajudar:
- Pode. Eu quero levar essa caixinha aqui.
Como se eu estivesse falando de uma bobagem de 3 reais.
- Levar? Levar direto?
- É.
Ele parecia não acreditar que uma garota de tênis, short, acabando de voltar da praia com uma bolsa de ginástica atravessada no corpo pudesse comprar a caixa assim, sem discutir preço ou perguntar em quantas milhões de vezes ia parcelar.
- É pra presente?
- Não. É pra mim.
Mais chique que isso, só se eu tivesse pago à vista (parcelei em três vezes, não tem juros mesmo).
Confesso que fiquei toda convencida com o meu gesto burguês. Cheia da grana. "Virei prayboy", como diria o Bené, em Cidade de Deus.
Aí eu chego em casa e fico sabendo que a minha irmã comprou... um carro. Do nada, sem mais nem menos. Tóim. Minha caixa ficou parecendo uma paçoquinha. Quem nasceu pra repolho, nunca chega a couve-flor.



Comments: domingo, outubro 27, 2002

Sugiro que todos aproveitem o embalo das eleições presidenciais e votem também no meu blog no IBesta.



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Troquei o HD desta droga de computador há menos de um mês porque ele simplesmente tinha parado de funcionar. O sujeito que fez o serviço pra mim cobrou um preço duvidoso, mas eu queria logo que funcionasse pra instalar o Velox e acabei pagando caro pela rapidez e comodidade, porque a loja fica perto da minha casa. A máquina voltou um pouco lenta, mas eu relevei. Só que agora não dá mais pra mascarar o serviço porco: acabei de levar mais de meia hora tentando religar o computador depois de um megapower pau. O mesmo tipo que dava antes da troca do HD. Se é que ele trocou mesmo meu HD.
Ele vai ter que dar um jeito. Se vira. Se não der, eu juro que fico na frente da loja dizendo pra todo mundo que entrar: "ih, não entrega o computador na mão desse cara não que ele é o maior picareta". Conto tudo o que aconteceu comigo. Distribuo panfletos. Transformo a vida dele num inferno. Jogo uma maldição e ele, além de feio, ainda fica broxa. Ele vai ver.



Comments: quinta-feira, outubro 24, 2002

You only have to hold me, touch me to make me feel so good
You only have to hold me, feel me to make me feel the way you know I should



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Ontem eu não deixei de postar. O blogger está meio doido, galera. Não se espantem se aparecerem posts repetidos aqui... eu avisei.



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Cabelo, cabeleira
Comercial de shampoo na TV.
Mulheres com cabelos lindíssimos, lisos e brilhantes, que acabaram de sair de uma sessão de 15 horas seguidas de chapinha, balançam suas madeixas loiras suavemente para lá e para cá.
Eu e Papai Joselito observamos, em um estado entre a catatonia e o tédio.
De repente, aparece a Maria Fernanda Cândido. Papai Joselito desperta do transe e observa:
- Essa aí tem o cabelo parecido com o seu...
Poxa, papai está sendo gentil!
- ... estilo desgrenhado!
Sem noção. Ao menos, alguma coisa a ver com a Maria Fernanda Cândido eu tenho.




Comments: quarta-feira, outubro 23, 2002

Cabelo, cabeleira
Comercial de shampoo na TV.
Mulheres com cabelos lindíssimos, lisos e brilhantes, que acabaram de sair de uma sessão de 15 horas seguidas de chapinha, balançam suas madeixas loiras suavemente para lá e para cá.
Eu e Papai Joselito observamos, em um estado entre a catatonia e o tédio.
De repente, aparece a Maria Fernanda Cândido. Papai Joselito desperta do transe e observa:
- Essa aí tem o cabelo parecido com o seu...
Poxa, papai está sendo gentil!
- ... estilo desgrenhado!
Sem noção. Ao menos, alguma coisa a ver com a Maria Fernanda Cândido eu tenho.



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Não custa lembrar: quem vai me ajudar a ganhar mais de 3 votos no Ibesta?
Vote em mim!
Tem um banner com um cachorro acima dos meus linques de blogues. Clica lá, clica lá!



Comments: terça-feira, outubro 22, 2002

Contos de ônibus
Hoje eu quase tomei um tombo no ônibus.
Imagina que, na hora que estava andando lá para a frente (ainda um ônibus com desembarque pela frente), o motorista estava correndo (devia estar atrasado, já que demorou MEIA HORA pra passar) e deu aquela freada sutil que eles costumam dar. Como eu sou uma menina forte e sarada, essas coisas não me atingem, porque habilmente eu me seguro qual macaca nos ferros, com os braços para cima.
O problema foi que, chegando mais para a frente, minha mão procurou o ferro e encontrou o vazio. Eu continuei insistindo e agarrando o ar, enquanto o cara freava. Eu, fatalmente, estava prestes a cair. Segurei na cordinha de dar sinal, o que fez um barulhão constrangedor interminável péeeee. Um micão de respeito. Fiquei totalmente perdida. O que teria acontecido? Roubaram o ferro de segurar? Não! Um projetista sem mãe fez o ferro acompanhar uma curvinha nova do ônibus. Aí, ele não seguia o caminho que costuma seguir. É mais ou menos como se, de repente, tirassem dois degraus de uma escada que você sobe e desce todos os dias. O mundo é Joselito. Sem noção.



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Salão
No cabeleireiro...
Mulher com a criança: - Corta um pouquinho a franja dela.
Cabeleireiro: - Ué? Você não disse que quer que a franja dela cresça?
Mulher: - Então, mas aí, cortando as pontas, cresce mais rápido.
Cabeleireiro, delicado como a minha pele:
- Esta é uma das maiores bobagens que já ouvi.
Mulher, encolhida, com a voz falha:
- Mas eu sempre ouvi isso...
Cabeleireiro: - Mas é besteira. Se você quer deixar o cabelo crescer, tem que deixá-lo quieto, não pode cortar.

Bem que eu desconfiava que esse negócio de "cortar as pontas para crescer logo" era caô de cabeleireiro pra não morrer de fome. Com tanta mulher de cabelo comprido por aí, satisfazendo o complexo de Iracema da maioria dos homens...



Comments: segunda-feira, outubro 21, 2002

Eu sei, jogos de amor säo pra se jogar
Ah por favor näo vem me explicar
O que eu já sei
E o que näo sei
O nosso jogo näo tem regras nem juiz
Você näo sabe quantos planos eu já fiz
Tudo o que eu tinha pra perder eu já perdi
O seu exército invadiu o meu país

Se você lembrar
Se quiser jogar
Me liga, me liga

Mas sei que näo se pode terminar assim
O jogo segue e nunca chega ao fim
E recomeça a cada instante, a cada instante
Eu näo te peço muita coisa, é só uma chance
Pus no meu quarto o seu retrato na estante
Quem sabe um dia eu vou te ter ao meu alcance
Ah, como ia ser bom se você deixasse


Me liga - Herbert Vianna



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Mc Donald's

Recomendo: Queijo quente.
Uma delícia! É feito com cheddar e um pão fininho, sequinho. Sempre preparam na hora. Só não mata muito a fome: pra substituir uma promoção daquelas, tem que comer uns três. No mínimo.

Não recomendo: Pavê de bombom
É, eu caí no conto do pavê de bombom. Desde que eu vi aquelas fotos lindas nos outdoors e nos pontos de ônibus, fiquei obcecada com o troço. TINHA que comer. Cheguei lá, nem quis ver o tamanho, pedi logo, pra não correr o risco de desistir. Eu imaginava algo pequeno. Era ainda menor do que eu pensava. O gosto é bom, mas, se você quiser experimentar o doce em quantidade suficiente, compre no supermercado. O pavê é aquele Miss Daisy, da Sadia. Vem escrito na embalagem. Gostoso, mas não vale o preço. É o chamado "é bom, mas é ruim".



Comments: domingo, outubro 20, 2002

Unhas de princesa
Fiz as patas ontem.
Fiquei que nem um elefantinho de circo, com as unhas pequenas e escuras, parecendo umas bolinhas. Estão um mimo.
Ainda tive que ouvir a manicure, desdenhosa, dizer:
- Ah, mas as suas unhas quebram à toa!
Invejosa. Queria ver se ela tivesse que encarar um tanque de roupas para lavar ou uma casa pra varrer se ia conseguir ter unhas grandes.



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IBest!
Inscrevi esta porcaria no IBesta.
Deu um trabalhão.
Estou crente que era só colocar a url lá e pronto. Mas não, tolos! Eles mandam pensar em 10 palavras-chave que possam ajudar as pessoas a encontrarem o blog em uma busca. 10??? Toca a pensar em 10 palavras. Quando pensei que o meu tormento tinha acabado, eles pedem uma tal de descrição do site. Descrição??? Ai, caralhos voadores... Fiz um esforço de reportagem e tentei pensar em algo bem-humorado (não ia escrever nada como "blog de uma jornalista de 26 anos que conta suas aventuras diárias bizarras", ou algo do tipo).
Pra vocês, vai ser mais fácil a operação IBesta. Porque, para votar, é só clicar no banner com um simpático cãozinho que está aqui no meu blog, acima dos meus "linques de blogues". Procura direitinho que você acha. O link leva para a página do prêmio, direto para votar nesta porcaria.
Não requer prática nem mesmo habilidade.
Vai lá, ainda está fazendo o quê aqui?



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Pit-dúvida
No táxi, indo para o maravilhoso show do Geraldo Azevedo na Fundição Progresso. De repente, a tiazinha da cooperativa avisa alguma coisa ao motorista pelo rádio:
- Evitem o Alto da Boa Vista sentido Barra. Caiu um poste no local e está tudo pitbado.
Anh?
Ela repete:
- Se possível, evitar o Alto da Boa Vista, porque caiu um poste no local e está tudo pitbado.

Vamos lá. Alguém aí precisa saber o que é pit-ba-do e matar a minha curiosidade.



Comments: quinta-feira, outubro 17, 2002

Pesadelo
De manhã cedo eu estava contando na terapia o pesadelo que tive outro dia.
Eu estava no quarto, na minha cama, e tive a impressão de que eu não estava sozinha, que tinha mais alguém ali comigo. Imaginei que fosse a minha mãe e continuei dormindo tranqüila. De repente, eu ouço a voz dela dizendo assim:
- Você pensa que está segura, não é?
Eu olho para ela, e, de repente, não é ela, mas um negão enorme, totalmente estranho, que me diz:
- Não está segura, não!

Sei de gente que ia adorar acordar com um negão na cabeceira da cama e nem ia achar nada disso pesadelo.
Bom, se fosse o Toni Garrido, eu também não ia achar.



Comments: quarta-feira, outubro 16, 2002

Viagem
Hoje peguei um ônibus. OK, a novidade não é essa, já que eu pego ônibus todos os dias há quase 20 anos. O caso é que eu peguei um daqueles ônibus jo-se-li-tos sem noção. Aqueles que você olha assim de fora e parece que estão vazios, porque está todo mundo sentado. Aí, você entra e percebe que será A PRIMEIRA PESSOA a não sentar. Ou seja, o corno que entrou imediatamente antes de você pegou O ÚLTIMO LUGAR que havia vago. Logicamente, a partir daí o ônibus entra em equilíbrio, ninguém entra, ninguém sai. Você é o único babaca em pé. Pior que isso, só a tecla insert.



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"A noite não tinha estrelas. Ela tinha reparado nisso mesmo com a claridade das luzes artificiais da cidade, apenas porque precisava se concentrar em algo. Depois, sua amiga começou a falar. Estava falando sobre alguma coisa. E ela, então, lutou para prestar atenção na amiga.
A amiga falava. E ela ressentia-se de nunca terem avisado que paixão não-correspondida doía. O que ela sempre tinha ouvido falar era que isso passava rápido, e que logo apareceria outra pessoa e outras bobagens do tipo. Bobagens porque nada daquilo era verdade. A verdade era que aquela sensação incômoda que lhe atravessava o peito, como se uma mão de ferro comprimisse seu coração, não tinha dia nem hora para passar.
Sabia que, assim que se separasse da amiga, começaria a se perguntar se não dar bola para a pessoa que não dava bola para ela era realmente a melhor atitude a se tomar. Queria alguém que lhe dissesse que sim, sem teorizar, sem pesar prós e contras. Apenas alguém que lhe dissesse "Sim, você agiu corretamente", para que ela pudesse dormir em paz naquela noite.
Mas a amiga queria decidir de que cor pintaria as paredes de sua nova casa. E ela precisava acreditar que aquela questão era realmente importante. Para que a dor no peito fosse embora, nem que fosse apenas por alguns minutos. Até que ela ficaria sozinha novamente. Com a dor. E nunca se sabe por quanto tempo."



Comments: terça-feira, outubro 15, 2002

Criança viva
Miss Coco Anão aponta um mimo do Mundo Verde. Era uma latinha. Quando você abre, pula de dentro um bonequinho todo colorido, com os cabelos em pé, de óculos de sol...
- Olha que bonitinho, Fernanda! Comprei um para a minha sobrinha!
Eu, percebendo que o bichinho era colorido, achei que devia chamar a atenção de crianças pequenas. Então, disse:
- Ah, bacana! Pra criança é legal.
Miss Coco lança-me um olhar gelado de censura.
- Não, Fernanda, só para crianças, não. Para todos que mantêm viva a criança dentro de si!
Momento de silêncio.
- HAAHAHAHAHA QUE MANTÊM VIVA A CRIANÇA DENTRO DE SI... AHAHA QUE VIADAGEM.
Ri muito da minha amiguinha Coco.



Comments: segunda-feira, outubro 14, 2002

Conversa no chão do banheiro
Ela: - Ai! Essa coisa de jogar água oxigenada no machucado dói!
Ele: - Mas faz bolhinhas! É superlegal, olha aí como borbulha. É porque está inflamado.
Ela: - Ui, ai... o seu não está doendo?
Ele: - Está, mas... eu não ligo muito pra dor.
Ela: - Ahh, queee não liga pra dor, o queee.... eu quero ver você fazer um canal sem anestesia e não ligar pra dor. Pára de show. Ai, droga, como dói.
Ele: - Lava então isso e passa aquele Merthiolate novo que você tem aí que não arde.
Ela: - Eu não! Quero ver as bolhinhas.
+++
Ela: - Que pena que meus pais não voltaram de viagem hoje.
Ele: - Não é bom estar passando um domingo calmo e silencioso sem eles em casa?
Ela: - É, mas... dessa vez eu queria que eles voltassem logo.
Ele: - Por quê?
Ela: - Porque amanhã os machucados do rafting podem ter sarado e eu não vou ter o que mostrar.
+++
Ela: - Já notou que os nossos diálogos às vezes parecem saídos de Os Normais ou de um sitcom americano?
Ele: - É... e só porque a gente não tem uma câmera aqui, não ganha nada com isso. Aliás... o que estamos fazendo sentados no chão desse banheiro até agora?
Ela: - Sei lá.



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Corpinho de baleia
Das coisas mais engraçadas que fiz para tentar colocar o corpo em forma foi aula de lambaeróbica.
Fui pensando que as músicas seriam insuportáveis, mas, pelo menos, conhecidas (afinal, essas coisas tocam tanto que a gente não consegue escapar a elas). Ledo engano. Há mais músicas baianas entre o céu e a terra que supõe a nossa vã filosofia. Eu não reconheci quase nada, o que tornava aquele malditos passinhos ainda mais difíceis de seguir. Além de complicadas, as coreografias são ridículas.
Decidi então que não ia mais voltar lá.
Pícara sonhadora. Como hoje meu professor de tae bo fez o favor de faltar, só me resta ir na quarta-feira compensar o dia de hoje... na aula de lambaeróbica.
Pior que isso, só musculação. Musculação não! Tem que haver outra saída. Que seja lambaeróbica, então.



Comments: domingo, outubro 13, 2002

RAFTING!
Regulem o saco de vocês para o infinito. No sábado, fui fazer rafting (modalidade esportiva na qual um bando de malucos entram num bote e descem rios cheios de quedas-d'água - as corredeiras) pela primeira vez e voltei cheia de histórias para contar.

O começo
Acordei às 7h da madrugada de um sábado. Haja disposição.
A aventura começou dentro do carro, a caminho de Três Rios, local onde iríamos fazer o rafting. O motorista era João Cara-de-Pau, namorado da Minnie Nome Triplo, e o rapaz tinha um pé pesado que só vendo. Raras eram as vezes em que o cara não estava a 140km/h.
Chegamos vivos. Pensei que, depois daquela viagem, encarava qualquer corredeira. O medo, porém, voltou quando a tiazinha que nos vendeu o pacote do passeio começou a comentar sobre alguns acidentes que aconteciam dentro do bote, porque as pessoas não seguiam as normas de segurança. "E se eu não souber seguir as instruções? Então esse povo não sabe que eu tenho problemas mentais e motores?".
Capacetes e coletes salva-vidas colocados, entramos no bote. Os "rafters" ficam sentados nas bordas do bote, e não dentro do bote.
- Tenho certeza de que alguém vai cair, não é possível!
Nosso guia, o também bombeiro Motta (que, aliás, adorava contar os casos de pessoas que ele já tirou de dentro do rio), contestou:
- Nãaao. Você vai ver que logo pega estabilidade.

A queda
Porra nenhuma. Na primeira corredeira, aconteceu o que eu temia desde o início: logo eu, que era a mais medrosa de todas, fui arremessada contra uma pedra, que era o que eu mais temia. Não tive a menor chance. Fiquei um tempo parada em cima da pedra sem saber o que fazer, para desespero dos que não tinham caído, que acharam logo que eu estava presa ou muito machucada. Mas logo agarrei a mão estendida do santo Motta, e, enquanto todos me perguntavam "machucou, machucou?", subi de novo no bote.
- Sei lá se machuquei! Acho que não, mas não dizem que quando a gente sofre um acidente na hora não sente nada?
Mas não tinha mesmo machucado. A mão e o braço firam um pouco arranhados, bati com as costas, mas o tal do equipamento de segurança me salvou de alguma coisa pior.
E seguimos viagem. Tínhamos chão, ou melhor, água, pela frente - eram 3h30 de passeio, 22km a percorrer.

Gente chata
Tinha o chato do bote. Sempre tem um chato.
O chato do bote era um sujeito que não entendeu que nós, os remadores, não controlávamos a direção do barco, e sim o Motta, que ficava lá atrás, funcionando como leme e nos dizendo o que fazer. Ele é que virava o bote para a esquerda, direita e não deixava o bicho virar. Nós éramos só os motores. Mas o chato perguntava o tempo todo:
- Agora é pra esquerda? Pra onde vamos, direita?
E, a cada vez que ele perguntava, alguém tentava explicar de novo pra ele que ele não tinha que se preocupar com isso.
Naturalmente, não adiantou, porque ele era um chato em estado puro. Um chato cheio de boas intenções. Pagou os pecados dele quando caiu do bote no meio de um redemoinho. O sujeito caiu e sumiu. Ficou todo mundo preocupado porque o cara não reaparecia e a esposa dele começou a chorar, coitada. Dali a um minuto, ele surgiu em um local completamente diferente, levado pela correnteza. Estava bem. Podia ao menos ter ficado traumatizado e parar de ficar dizendo: "esquerda, direita". Mas não. Eu continuei a ouvir a voz desse cara até quando fui dormir à noite.
A esposa dele, aliás, também tinha um quê de mala. Esta pagou os pecados quando o Motta, que tratava todo mundo por você, desatou a chamá-la de senhora. Era senhora pra cá, senhora pra lá... A mulher amarrou uma tromba indisfarçada.

E de resto, tudo bem
Tirando estas três quedas, passamos o resto do percurso sem maiores incidentes que alguns encalhes de vez em quando. Aprendemos a nos segurar e, nas corredeiras, as pessoas largavam automaticamente os remos e se agarravam nas cordas ou se jogavam dentro do bote, apesar dos gritos insistentes de "remem" do pobre Motta, que tentava fazer de um bando de medrosos um grupo esportivo. Ainda assim, como as corredeiras não são a maior parte do percurso, saí de lá toda dolorida e acabada de tanto remar. De sábado para domingo, dormi quase 12 horas seguidas.

Saber ou não saber nadar
Sinceramente, acho que não faz a menor diferença. Entramos três vezes no rio. Na primeira, não tinha correnteza, então, até dava pra arriscar algumas braçadas (afundar, nem pensar, por conta do colete salva-vidas). Na segunda vez, eu fui, toda pimpona, crente que aquele rio não era nada e tive que me agarrar no bote pra não ir embora. Na terceira vez, eu já conhecia a correnteza e sabia que não dava pra lutar contra ela. Então, nadar não significa muita coisa. A não ser coragem para entrar no rio, o que é obrigatório - a temperatura da água é um sonho! Agora, subir no bote de volta é uma das operações mais ridículas e complicadas que já vi.

A comida
O pacote, que custou 60 reais por pessoa, incluía café da manhã, transporte para o local do embarque, o rafting (lógico) e o almoço na volta. O café da manhã foi só um quebra-galho, o almoço, um pouco melhor. Mas a comida, definitivamente, não é o forte do passeio.

O cão Tobby
Nem preciso dizer que achei um cãozinho pra brincar na volta. Na verdade, ele me achou. Era um filhote de alguma coisa que parecia um basset hound, de 5 meses. Veio correndo na minha direção e eu não larguei mais.

As marcas
Em casa, procurando no corpo os arranhões, o machucado na mão e nos braços e vendo se eu não tinha mais nada pra mostrar pras pessoas, é que eu compreendi que o Motta quis dizer quando contou que a melhor descida dele foi em 99 - quando quebrou um braço e uma perna. O ser humano é um bicho estranho.

As referências
Recomendo o passeio, mas aviso que dá medo e que há risco real de se machucar. Por mais seguro que eles dizem que é, tem perigo sim, senhor!
Quem quiser ir assim mesmo, procure a Aventur.
Pode me chamar que eu quero ir de novo. Di novooo, como já diria BabySauro.



Comments: sexta-feira, outubro 11, 2002

Pérola da musa
Contei para a Musa do Câncer que hoje de manhã acordei com enxaqueca, tive enjôo e vontade de vomitar.
- Deve ter sido alguma coisa que eu comi.
Ao que a Musa dispara:
- Que você comeu ou que te comeu! Vê lá, hein?



Comments:

Da série "Coisas que irritam a Fernanda" (ou Aprenda a me Azucrinar)
Está lá, entre as 10 atitudes humanas que eu mais odeio: fazer cara feia quando alguém pede desculpas.
Poucas coisas me irritam mais que esbarrar com alguém na rua, ou dar um encontrão por causa de uma freada no ônibus, ou qualquer dessas coisas de filme pastelão que acontecem na nossa vida a toda hora, pedir desculpas e receber em troca uma cara emburrada. Dá vontade de dizer: ENTÃO VÁ PRA PUTAQUEOPARIU!



Comments: quinta-feira, outubro 10, 2002

------Pípépépérepodre----
Miss Coco Anão escandalizou-se comigo hoje quando eu contei a história do Pé Podre.
Não sei por quê.
O Pé Podre é um mendigo que fica nos arredores lá da empresa. Ele tinha um pé podre. Um dia, o Pé Podre apareceu sem o pé. Cortaram o pé podre do Pé Podre. O Pé Podre é um coitado tão coitado que, quando eu tenho que ir a uma reunião chata, falar com algum mala, engolir um sapo ou aturar qualquer parada social em geral, eu penso nele. O Pé Podre não pode fazer nada disso.
Tinha até a musiquinha do Pé Podre para os picos de estresse no trabalho, quando vinha artilharia pesada.
Quando eu vejo alguém em pior situação que a minha, eu digo que ela é o meu Pé Podre.
Não sei o que tem de mais.



Comments:

Show do Milhão
Sílvio Santos: - O alvião é ferramenta de trabalho de qual destes profissionais?
1 - Aeromoça
2 - Médico
3 - Pedreiro
4 - Padeiro
Pessoa de Roraima: - Ah, pela lógica seria aeromoça, mas eu não quero arriscar.
Besta.



Comments: quarta-feira, outubro 09, 2002

Roubaram a minha mãe
Colocaram no lugar da minha mãe uma pessoa simpática, agradável e gentil.
Vou reclamar no Procon. Mãe não pode ser boazinha. Algum defeito vai dar lá na frente.



Comments:

Papel
Reunião chata, calorenta, impregnada, gosmenta. Os que conseguiram manter-se acordados tentavam discutir estratégias para diminuir o consumo de papel na empresa.
Mangueirinha Beijoqueiro está falando:
- Então, se as pessoas toda hora fizerem donwload de seus e-mails, isso gastará muito papel.
Suave Veneno, que estava no grupo dos que dormiam, acorda nesse momento.
- Anh? Download? O que download tem a ver com consumo de papel? E download de e-mail??? Quem sou? Onde estou? É bonito aqui?
Mangueirinha esclarece pacientemente:
- Sim, Veneno, quando as pessoas imprimem seus e-mails!
- ..... mas ... isso não é download. Download é quando você puxa um arquivo qualquer da internet para a sua máquina e...
Ele a interrompe com desprezo:
- Tá bom, tá bom. Como eu dizia, quando as pessoas fazem os downloads, isso aumenta o gasto de papel na empresa e...
Melhor voltar a dormir.



Comments: terça-feira, outubro 08, 2002

Medo
Hoje à noite eu tive dois pesadelos horríveis.
Em um deles, eu chegava em casa e tinha dado ladrão no prédio. Roubaram tudo, só me lembro de visualizar a sala vazia, com o chão sujo (não sei por quê, acho que os sujeitos resolveram levar até o carpete) e a minha mãe chorando.
No outro pesadelo, eu tinha votado na Garotinha Cabeção.
Não sei qual deles é o mais terrível.



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O que leva alguém a dar um gnomo de presente? Gnomo é um bicho feio que não serve pra nada. É mais ou menos como o Mickey Mouse, o Piu-Piu e recém-nascidos.



Comments: segunda-feira, outubro 07, 2002

Um dia, eu ainda me candidato à Presidência da República só pra ver o William Bonner, todo classudo, falar:
"A candidata Fernanda Rena começou com 1%, manteve o índice, em setembro não pontuou, depois voltou ao 1%", que nem ele fazia com o Zé Maria.
Não é nada, não é nada... mas 401.066 pessoas teoricamente acham que o cara deve ser o Presidente do País. Eu ia ficar feliz, se fosse ele. Ia dizer "lá lá lá lá, mais de 400 mil pessoas me ama-am!" E adeus carência.



Comments: domingo, outubro 06, 2002

As pratinhas do velho
O velhinho vendedor de mate pára, olha em volta, como que admirando o baita sol que fazia e a quantidade de gente que apinhava-se brigando por um metro quadrado na beira da praia. Com um jeito tímido, ele olha para nós e pergunta:
- Vocês trocam 1 real em pratas?
Achei tão bonitinho o velhinho usar essa expressão! "Pratas". Por que ninguém mais fala "pratas"em vez de "moedas"?
- Esperaí que eu vou ver se eu tenho, tá?
Nada condizente com a minha natureza pouco prestativa, mas eu realmente simpatizei. E, quando eu dou na mão dele duas moedas de 25 e uma de 50 ele ainda repete:
- Obrigado! Pratinhas fazem uma falta!
Adorei. Agora só falo pratas.



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Sapatos
Eu já escrevi isso uma vez... por favor, galera... quando vocês virem alguém na rua com cadarço desamarrado, não precisa avisar... simplesmente porque a pessoa que está com o sapato nos pés é a primeira a perceber isso! Se ela ainda não parou para amarrar, é porque está com preguiça, ou não liga (essa história de que quem está com cadarço desamarrado cai é mais um caô de mãe). Aí, vem o corno e avisa uma coisa óbvia. É a mesma coisa que dizer "seu pé está no chão". E o pior é que a pessoa fica constrangida e se sente na obrigação de parar e amarrar.
Agora... se você faz isso só de sacanagem, de joselitice... aí... tudo bem, é legal!



Comments: sexta-feira, outubro 04, 2002

Escutei alguém abrir os portões
Encontrei no coração multidões
Meu desejo e meu destino brigaram como irmãos
E a manhã semeará outros grãos
Você estava longe, então
Por que voltou
Com olhos de verão
Que não vão entender?
Cada um terá razões ou arpões
Dediquei-me às suas contradições, fissões, confusões
Meu desejo, seu bom senso, raivosos feito cães
E a manhã nos proverá outros pães
Somos dois contra a parede e tudo tem três lados
E a noite arremessará outros dados
Os deuses vendem quando dão
Melhor saber
Seus olhos de verão
Que não vão nem lembrar
E quanto a mim, te quero, sim
Vem dizer que você não sabe
E quanto a mim, não é o fim
Nem há razão pra que um dia acabe


Três lados - Skank



Comments:

Sobre o velhinho na embalagem da Aveia Quaker, Suave Veneno pondera:
- Pensei que fosse uma velhinha. Daí o nome do produto: "a véia" Quaker.
Pra mim, a pior do mês!



Comments: quarta-feira, outubro 02, 2002

Freedom (ou "O Mágico sem noção ataca novamente")
O comentário geral sobre mim ao voltar hoje de férias foi que eu estava "magrinha". Fiquei feliz, mesmo sabendo, é claro, que engordei um pouco. A balança me diz, as roupas me dizem, mas acho que externamente isto não deve estar visível, porque todo mundo parece concordar que eu estou bem.
É claro que tem sempre um sem noção que discorda. E quem poderia ser? Mágico de Zoss. Porque o Mágico de Zoss é uma criatura sem noção.
Mágico: - Fernanda, o que você fez nas férias?
Eu: - Ah, descansei, comi muuuito, dormi outro tanto...
Mágico: - E você malhou nas férias?
Eu: - Não, parei com tudo.
Mágico: - É dá pra ver que o seu rosto está mais redondinho.
Joselito! Sem noção! O meu rosto é, sempre foi e sempre será redondo e isso não muda nem se eu emagrecer 10 kg. Não se diz esse tipo de coisa pra uma mulher! Fora que agora eu estou seguindo a filosofia das minhas irmãs suburbanas e eliminando essa paranóia da minha vida.
Aliás, para quem gostou do post de ontem, esta matéria da Época é um reforço à idéia do texto. Meninas, libertem-se.



Comments:

A pasta
Estagiária, eu já era meio abusada e me achava a dona do pedaço. Acho que eu já sabia, de alguma forma, que ia ficar e, um dia, mandar.
Bom, só que, naquela época, eu não mandava nada, zero bala.
Dentre outras coisas, eu cuidava do arquivo. E tinha ciúmes dele. Então, um dia, ao abrir uma gaveta, vi uma coisa nova. Exclamei, possessiva e indignada:
- Quem foi que abriu uma pasta "Congresso HTLV"?
O tom foi de "Quem foi o ANIMAL que abriu uma pasta só para esse congresso, para arquivar duas folhas de papel?".
Achei que tivesse sido a outra estagiária, ou Suave Veneno. Com um arrepio tenebroso na espinha, escuto uma voz tonitruante atrás de mim.
- Fui EU. Eu abro quantas pastas HTLV eu quiser.
- Sim, chefe, claro. Muito bem aberta. Ótima idéia, uma pasta Congresso HTLV.
Eu ainda não sabia, mas abrir pastas para qualquer coisa e colocar no arquivo é um dos passatempos da Grande Chefe.



Comments: terça-feira, outubro 01, 2002

Para ser feliz...
De uma paulistana de 36 anos que escreveu sobre a moda das meninas da periferia e acabou fazendo um livro sobre comportamento:

"A menina do subúrbio lida melhor com o corpo. Mesmo gordinha, sabe usar a sensualidade. O padrão é Carla Perez, Jennifer Lopez. As meninas ricas é que perseguem o padrão top model, e estão sempre insatisfeitas.
Como a vida é difícil, a menina do subúrbio aproveita cada chance de felicidade. A hora de ir ao baile, à churrascaria, é sagrada. Elas não se privam de nada. Vejo pessoas com mais possibilidades entediadas. Essas garotas, com tão pouco, têm vontade de ser feliz."




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