sábado, agosto 31, 2002
Se tem bigode de foca...
Mel Passa o Rodo comenta uma foto que viu:
- Não sei dizer se ela é bonita... ela parece ter nariz de plástico.
!!!
Mel continua:
- Não sei se é, mas parece.
Eu pondero:
- Bom, certamente ela não tem nariz de plástico...
- Não, Fernanda! De plástica!
Ah, bom...
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Papo de bar
Mel Passa o Rodo reclama da vida. Ela quer apenas ficar com os caras e eles acham que ela tem que ser a mãe dos filhos deles.
- Ai, Fernanda... não sei o que eu tenho que querem logo namorar, dizem que estão apaixonados, que eu sou a mulher da vida deles... e eu não quero nada disso! Eles acham que tenho uma postura séria, que pareço mulher pra casar...
- Mel... é só pintar o cabelo de loiro e pronto, acaba tudo isso!
- Ah... é mesmo!
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quinta-feira, agosto 29, 2002
Pizza!
No último sábado, fiz o programa mais light de todos e saí só para comer uma pizza. Basicamente, à uma e pouquinho já estava em casa. Eu sabia que Papai Joselito ia implicar muito por eu estar chegando cedo, especialmente se eu estivesse chegando antes dele (papai e mamãe, casal feliz, tinham ido a uma mega festa de casamento). Não deu outra: cheguei em casa e eles não estavam ainda. Dali a uns 20 minutos, chegaram. Ouço Papai Joselito falar lá da porta:
- Ué! A Nanda está em casa?
Eu expliquei que só tinha ido comer uma pizza, mas ele não se conformava: de vez em quando, passava e jogava uma piada. Antes de dormir, veio no meu quarto e disse:
- Tem certeza de que é você mesma? Porque esta é quase a hora que você sai de casa normalmente.
Pais... eles nunca estão satisfeitos.
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quarta-feira, agosto 28, 2002
Doce lembrança
Falávamos de um fornecedor que fez algumas bobagens antes de ser descartado pela empresa há quase um ano. A Grande Chefe chegou a cogitar de chamá-lo para um serviço. Eu protesto:
Eu: - Não! Aquele sujeito é uma presença funesta aqui! Não podemos contratá-lo para mais nada!
Grande Chefe: - Nossa...você ficou com uma impressão dele tão ruim assim?
Eu: - Ele foi muito grosseiro comigo no último trabalho. Pra mim, a gente esquece que ele existe!
Grande Chefe: - Puxa... que grosseria ele fez com você?
Eu: - Não me lembro... não guardo rancor.
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Vou de ônibus
Novos ônibus circulam no Rio. Neles, a entrada é pela frente, e o desembarque, por trás.
Frase de um motorista sobre a novidade:
"Agora os assaltantes têm que pagar passagem!"
Ah, é. Pelo menos, o lucro deles não é mais de 100%, e sim de 100% menos R$1,20. Olha que vantajoso.
***
O melhor dos novos carros é que velhinhos e estudantes entram pela frente e ficam sentados lá mesmo. Isso aniquila de uma vez por todas com o eterno dilema de levantar ou não levantar para dar lugar.
O velhinho entra no ônibus e você entra em pânico. "Oh, não, um velho!". E aí, ou se disfarça de vale-transporte e finge que não viu, ou ... adeus lugar.
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Herrrrrmes e Renato estão de volta às telas da MTV todas as terças, às 23h.
O episódio de hoje foi o máximo, com um bloco inteiro do Joselito em uma festa junina tosca.
Quem não viu e quer conferir se vira aer para acessar a página da MTV e procurar dia e hora da reprise.
Sem noção.
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terça-feira, agosto 27, 2002
A música
Estávamos no spa particular a família feliz: eu, Pentel, meus pais, Beto e o cunhado Tex. A música de repente ficou chata e eu subi ao andar de cima da nossa supermansão para trocar a estação do rádio. Sintonizei na JotaBesta.
- Ah, agora sim!
De repente, a estação mudou sozinha. Achei estranho. O som devia estar programado para uma espécie de random de estações ou algo do tipo. Fiquei procurando o botão que "fixasse" as estações, e nada. O pior é que o troço continuava mudando. Eu comecei a ficar nervosa: há anos eu mexo nesse som e eu nem sabia que ele tinha essa função de mudar automaticamente as estações. Já falava sozinha...
- Meu Deus, o que está acontecendo com esse som!
... quando noto o risinho abafado do Tex atrás de mim, brincando com o controle remoto.
Ha ha.
Tinha que ser cunhado.
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segunda-feira, agosto 26, 2002
Caroneiros
Eram cinco num carro voltando do Free Jazz. Dois deles iriam para o Rio Comprido, um para perto da UERJ. O motorista, que ia dar carona para os que iam para Rio Comprido e UERJ por serem locais relativamente dentro do seu caminho do cara, perguntou para o outro ocupante do carro:
- Onde você mora?
E o cara respondeu:
- Méier.
O dono do carro sacou que não havia chance de deixá-lo em casa, já que para isso ia ter que se desviar do seu caminho bem uns 20 minutos. Mas pensou em adiantar a vida do rapaz deixando-o em algum lugar onde ele pudesse pegar um ônibus mais rápido ou um táxi mais barato e perguntou:
- E tem algum lugar bom para eu te deixar?
O rapaz pensa uns segundos e finalmente responde:
- Méier.
Quem mora no Méier não bobéier, pega o 45méier e vai à praia de linha amaréier!
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domingo, agosto 25, 2002
Livre-se dele
Quando fui a Curitiba nas férias do ano passado, encontrei por lá uma casa divertidíssima, com dois sobrinhos postiços e um gato. Na verdade, uma ex-gata de rua à qual todos continuavam se referindo como "o gato" por só terem lhe descoberto o sexo bem depois que ela foi parar na casa.
Era uma gata arisca, mas com a minha sobrinha postiça, na época com 5 anos, ela não tirava nenhuma farinha. A menina vivia dizendo que não gostava do bicho e que ia chamar o Ciclope (um rottweiller que eles tiveram) para acabar com ela.
Uma manhã, a criança passeava para lá e para cá com um saco dourado nas costas. Carregava o embrulho com dificuldade, como se estivesse pesado.
- Marcela, o que é isso? O que tem aí dentro?
Ela continuava andando.
- É o gato.
- Ah, um bichinho de pelúcia que você colocou aí dentro...
- Não. É o gato.
Apalpei o embrulho e entendi que realmente ela tinha colocado a gata lá dentro. A bichinha podia morrer sufocada ali.
- Marcela, meu amor, solta o gato.
- Não.
- Mas se você deixá-lo aí ele vai morrer, você quer que isso aconteça?
Então ela me olhou com uma expressão divertida.
- Sim! Não gosto de gatos. Vou me livrar dele.
Não houve jeito de fazê-la soltar o bicho. Só o irmão dela, quase um adulto de 10 anos, conseguiu com uma singela frase.
- MARCELA-SOLTA-O-GATO-AGORA
- Sim, sim.
O poder do irmão mais velho.
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sábado, agosto 24, 2002
O cabelo
Minha mãe, partindo feliz e cantante para o salão de beleza, pára e diz:
- Ih, não posso esquecer de levar o cabelo que eu quero cortar! - referindo-se a uma foto de revista com o corte que ela queria.
Papai Joselito: - Tem que levar o cabelo?
Eu: - Ah, bom, pensei que você fosse deixar o cabelo aqui.
Papai Joselito: - Imagina ela chegando lá e dizendo: "oi, eu queria dar um corte na minha peruca, mas esqueci ela em casa".
Coitada da minha mãe...
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Meet XPTO
Não é só na minha empresa que tem Pinky. As Pinkys estão em todo o lugar.Não me admira que um dia elas acabem passando à frente do cérebro e dominando o mundo, se não por capacidade, mas por quantidade!
XPTO é uma Pinky.
XPTO estava tendo treinamento de produto na área de Informática com o Barbapapa.
Barbapapa: - Supondo um protocolo de rede XPTO, vocês têm que saber em que camada de rede ele se encaixa.
E por aí foi a aula de rede. Dias depois, Barbapapa está hablando sobre outro tópico: dispositivos.
- Então supondo que vocês queiram abrir um dispositivo XPTO, bastar fazer OPEN XPT...
- Peraí - intervém XPTO - XPTO não é protocolo de rede???
- Hã, como? Protocolo de rede?
XPTO, enfática:
- É sim. Você falou sobre ele na aula de rede, eu tenho certeza. Tá tudo aqui, ó, eu bem anotei...
Barbapapa, então, compreende. A moça não havia entendido que XPTO é uma maneira de chamar uma coisa qualquer. Em vez de dizer "um protocolo de rede X", diz "um protocolo de rede XPTO", ou seja, um protocolo de rede qualquer.
- Ah, tá... Sabe o que é, deixa eu te explicar uma coisa...
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sexta-feira, agosto 23, 2002
Elucubrações de Pentel
Pentel liga a televisão, em mais uma daquelas noites preguiçosas em que tudo o que a gente quer é não pensar muito e ver o Jornal Nacional mesmo, enquanto baba no travesseiro, em estado de letargia.
Algo, no entanto, a tira da inércia.
Há alguma coisa errada com a Fátima Bernardes. Sua aparência está terrível. O coração de Pentel se condói:
"Veja só como são essas pessoas... ela deve estar com algum problema e, mesmo assim, está aqui, apresentando o jornal".
Quanto mais olha, mais Pentel se apieda.
"Ela deve estar com problemas em casa, não é possível! Está com a cara triste, o cabelo amassado... essa mulher não dormiu, ou dormiu de mal jeito!"
"Será que tem algum filho dela doente, coitada?".
Pentel precisa esquecer isso, já que ela nunca saberá o que aconteceu com a pobre jornalista.
No dia seguinte, porém, algo chama a atenção dela na coluna do Ancelmo Gois.
Fátima Bernardes é a mais nova adepta da técnica de alisamento capilar japonês.
Quêee?
A moça pagou um caminhão de dinheiro para ficar com cabelo de boi lambeu.
Retiro tudo o que disse há alguns meses sobre a maravilha que deveria ser essa técnica de alisamento que não sai nunca.
Não quero que o meu "depois"seja pior que o "antes".
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quarta-feira, agosto 21, 2002
Outra da estagiária rival de Pinky
Bate que eu Gamo atende o telefone.
- Alô.
- Alô, aqui é da recepção. É uma encomenda da Vaspex.
Após se informar que a Vaspex trazia encomendas via aérea, ela autoriza a subida do sujeito.
Mas fica intrigada.
- O que é esta encomenda?
- São painéis.
- Ah... e por que não vieram de navio, em vez de avião? Deve ser mais barato.
- Porque vieram de Brasília.
- Mesmo assim!
Poderia ser uma boa idéia. Duro ia ser o entregador achar o porto de Brasília...
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terça-feira, agosto 20, 2002
A pior da semana
A pior da semana lá no trabalho ficou com o Dançadinha. Em conversa telefônica com Angel Mix, ele recebe instruções para modificar o lay-out de um desenho.
- Dançadinha, você pega a arte do cartaz, coloca as logomarcas para fora do desenho e aprova com a Grande Chefe.
- Certo, então, resumindo, eu boto para fora e mostro para ela.
Também não precisa apelar!
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Ídolo sarado
Miss Coco Anão suspira pelo seu professor de musculação.
- Ele é uma gracinha!
Eu pergunto, então:
- É mesmo? E como é que ele é?
- Ele não é muito alto...
Até aí, tudo bem.
- E o que mais?
- Então, ele é baixinho, careca, orelhudo...
- Mestre Yoda!
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segunda-feira, agosto 19, 2002
Hoje fui abrir uma gaveta no trabalho. Não sabia que ela estava emperrada, então fiz uma força descomunal para abrir, a gaveta ficou e minha mão foi. Resultado: duas das minhas lindíssimas unhas quebraram instantaneamente. O barulho foi ouvido na sala ao lado. Uma tragédia.
Unha comprida é coisa pra dondoca. Mulher que tem que pegar no pesado não pode se dar a esses luxos, e eu insistindo nessa idéia. Tenho que parar com isso. Quem nasceu pra repolho, nunca chega a couve-flor.
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Conversa de salão
A mulher vira para a outra e diz:
- Ai, acho que vou trair o meu filho...
- Por que?
- Porque vou votar no Ciro.
- Ah... e o seu filho, quem é? – querendo dizer em quem ele pretendia votar.
- Lula.
Um minuto depois, uma mocinha que estava fazendo as patas, olha para a manicure e pergunta:
- Ela é mãe do Lula?
- Sei lá!
A menina ficou um tempão forçando o cérebro tec tec tec tec tentando entender a história do filho da mulher.
Será que era Pinky?
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domingo, agosto 18, 2002
Eu gostei do final de Fama. O Marcus Vinicius era o único candidato que cantava naturalmente. Todos os outros eram afetados, tinham boas vozes, mas ficavam forçando agudos e graves desesperadamente e aquilo chegava a irritar. O pior de todos era o Fábio Canastrari. Um clone do Daniel não pode ter o meu respeito. Aí, veio o Marquinhos... ele simplesmente cantava. Jogava umas músicas mortas na platéia. Sincero, sem afetação, com aquele jeito de quem canta desde pequeno e acha aquilo a coisa mais natural do mundo. Viva o Marcus Vinicius. Até gastei 0,27 centavos para votar nele.
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Via Rápido
Pinky já teve concorrência. Na época em que foi contratada, havia na Divisão uma estagiária que rivalizava com ela nas pérolas que falava. Aliás, a coisa era tão séria que, só depois que ela foi embora é que Pinky começou, digamos, a "aparecer" mais.
Certa vez, falávamos de bairros com nomes estranhos, desses que a gente vê nos letreiros dos ônibus. Então ela, toda empolgada por ter se lembrado de repente de um exemplo, para poder participar da conversa, disse:
- É, tem cada bairro com nome estranho! Vocês já viram que tem um bairro que chama "Rápido"?
Todos pensaram, pensaram, e não conseguiram lembrar do tal bairro.
- "Rápido"? Não... não existe bairro Rápido!
Ela insistiu, certa do que estava dizendo:
- Tem sim! De vez em quando, eu vejo em uns ônibus "Via Rápido".
São os ônibus expressos, rápidos...
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sábado, agosto 17, 2002
Nem acredito que consegui escapar ilesa do Mc Dia Feliz! Primeiro, por não terem me convocado para trabalhar nesse sabadão de sol. Um dia lindo, perfeito para... ficar em casa blogando, enquanto as pessoas morrem de calor lá fora. Segundo, porque eu fui lá trocar os meus vales Big Mac (sim, eu posso não querer ficar expondo a minha figura num final de semana em frente ao um Mc Donald's, mas ajudo as criancinhas com câncer e compro meus cinco sanduíches. Não sou uma pessoa assim tão horrível) e fiquei apenas 10 minutos na fila. Ano passado, acho que foi pelo menos meia hora.
Tudo bem que foram 10 minutos intermináveis. Havia um coral de senhoras em frente à loja. Dessas ações voluntárias de mobilização popular.
Agora eu pergunto... quem foi que disse que coral é uma coisa legal? Volta e meia eu vejo a Grande Chefe citar que quer chamar o coral de algum lugar para um de nossos eventos, ou pessoas de outros setores falam todas animadas que conseguiram o coral de não-sei-onde pra cantar na festa... é melhor não ter nada que ter coral!
Coral é uma bosta! Você fica ali ouvindo, fingindo que está gostando porque sente uma pressão social por admirar aquelas pessoas que treinaram para cantar aquelas coisas.
Escapei quase ilesa do Mc Dia Feliz.
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Macarrão do inferno
Jô Eu sou o Máximo Soares conversa com um suposto bruxo. Para demonstrar o poder de um desses magos, o entrevistado declarou:
- Ele é tão poderoso que é capaz de dar vida a um macarrão.
A um macarrão? Pra que eu quero dar vida logo a um macarrão?
Já imaginou, um macarrão na sua cola, um macarrãostein?
- Oi, eu sou o macarrão do inferno... agora que você me criou, alimente-me...!
Eu, hein.
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quinta-feira, agosto 15, 2002
Anti-pânico
Eu tenho um sério problema com umas portas que têm fechaduras dessas que você tem que empurrar uma barra para baixo para que a porta se abra. No Cinermark, a cada vez que vou assistir um filme, tenho que agüentar a humilhação de ver aquele palhaço da propaganda dizendo que abrir estas coisas não requer prática nem mesmo habilidade.
No último congresso que fui, ano passado, quase arrebentei a porta ao tentar sair no meio de uma palestra. A recepcionista teve que vir em meu socorro, e com um delicado movimento, conseguiu acionar o dispositivo.
Lendo um cartaz na porta do centro de convenções, dessa vez, descobri que o nome deste complexo engenho é "porta anti-pânico".
Porque, em caso de emergência, é facílimo de abrir.
Simpríssimo.
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- Peço aos congressistas que desliguem os celulares ou que os coloquem no modo vibratório.
Parece incrível, mas ainda é preciso que isso seja dito em conferências. O que é pior: mesmo assim, ainda há pessoas sem noção que deixam os seus celulares - com as musiquinhas mais medonhas - tocarem durante palestras. E, o mais assustador, há os que ATENDAM as ligações e CONVERSEM durante minutos no meio da apresentação.
É o cúmulo da falta de respeito. Que isso precisasse ser recomendado e comentado há alguns anos, quando o aparelhinho era novidade, vá lá. Mas, pelo visto, falta de educação é algo eterno.
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terça-feira, agosto 13, 2002
Eu não sabia que tinha "olhos amendoados". Hoje foi a primeira vez que me disseram isso.
Seja lá por que, gostei. Da próxima vez que alguém mexer comigo, eu vou dizer:
- Cala boca aê que eu bem tenho olhos amendoados e você não te-em.
E jogo um olhar de amêndoas mortas na pessoa.
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Cocô bonito
Na última vez que fui à homeopata, ela perguntou sobre a minha digestão.
- Minha digestão? Boa, ótima! Pareço um pato, quando eu acabo de ir ao banheiro fica igual a uma escultura, fico com vontade de chamar a minha mãe pra ver que fui eu que fiz sozinha.
Toda essa riqueza de detalhes só para evitar que ela me pedisse um exame de fezes e me obrigasse a fazer cocô naquele maldito potinho.
Miss Coco Anão admirou-se e declarou:
- Ai, que inveja! Adoro quando faço cocô bonito.
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Amanhã não tem post. Estarei em São Paulo até quinta à noite.
Se o avião cair, quero que meu blog seja cremado e as cinzas jogadas em algum chiqueiro.
Mas, se eu sobreviver, quinta postarei novamente. Não me abandonem.
É isso.
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segunda-feira, agosto 12, 2002
O mito da balança
A lenda urbana mais popular do INCA é o chamado mito da balança.
Os elevadores têm um controle de peso e, quando estão sobrecarregados, disparam um simpático alarme. Nesta situação, tem sempre um idiota que solta piadas infames.
- Está com a consicência pesada, hein?
Ou:
- Comeu muito no almoço?
Tem também aquelas pessoas que ficam com medo de entrar no elevador e o troço apitar. Às vezes, está vazio, e a pessoa não entra, como se quem fizesse o alarme disparar fosse um gordo, e não o elevador que já tivesse com sua capacidade esgotada. Quando a pessoa é realmente gorda, pode até ser constrangedor ser justamente a corna que vai fazer o alarme disparar, mas quando é magra, não tem por que ficar com vergonha! Nessa horas em que o primeiro da fila fica enrolando para entrar e eu percebo que ele vai deixar o elevador ir embora, eu venho lá de trás, passo na frente de todo mundo, entro e dou tchauzinho feliz para os outros que ficaram com medo do elevador acusador de obesidade.
É toda uma dinâmica complexa.
Mas a pior de todas as coisas que falam nessa hora é o chamado mito da balança.
Reza a lenda que existe uma balança que controla o peso dos passageiros do elevador, num determinado ponto do chão. E, se a pessoa pisar exatamente naquele ponto, o alarme dispara. Então, tem sempre um que diz:
- Espera, não pisa na balança!
Ou:
- Sai e entra de novo, sem pisar na balança.
- Tá vendo, apitou porque ele pisou na balança.
Segundo a Engenharia, responsável pela instalação dos elevadores, não existe balança nenhuma.
Mas o mito persiste.
Porque só dá maluco nesse mundo.
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domingo, agosto 11, 2002
Especial dia dos pais II
Ontem fui comprar o presente do meu pai ("ah, ele faz aniversário?").
Aquilo lá estava o inferno de Cracatoa, lotado de pessoas cercando porco na minha frente. Odeio pessoas que cercam porco!
A primeira loja em que entrei estava apinhada de gente, um lugar pequeno, especialmente horroroso. Mesmo assim, o vendedor queria que eu levasse uma calça um número menor que o do meu pai, dizendo que ele podia trocar depois. Não, seu insano, não se leva um presente que você sabe que a pessoa vai ter que trocar!
Eu sabia que teria que enfrentar a Sandpiper.
Achei que não estivesse dando nem para colocar o pé lá dentro, mas foi melhor que eu esperava e acabei comprando o presente lá mesmo. A loja é grande e eu não precisei esbarrar com ninguém. E fui bem atendida. O vendedor limitou-se a cumprir seu papel me avisando de uma promoção que me dava duas camisas básicas de graça, se eu comprasse 100 reais. Quando eu disse que não tinha o que levar para completar o valor, ele não insistiu.
Quando eu crescer, vou abrir a mão e comprar meus presentes na Richard's. A calça seria o dobro do preço, mas a loja seria vazia e silenciosa.
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Comida de cão
Minha família sempre gostou de cachorros. Quando eu morava em casa, tínhamos uns vira-latas grandes. Na época, meus pais ainda não haviam entrado na moderna era da ração, então os bichos recebiam comida de gente, que minha mãe preparava especialmente para eles. O Bill, meu cão malhado de branco e amarelo, comia todos os dias uma panela de pressão de macarrão com carne (pelanca ou o chamado bofe, uma mistureba de vísceras de boi - eca) que tinha uma cara ótima. O cachorro comia na panela mesmo. A aparência da comida era tão boa que, uma vez, uma daquelas amigas da família que entram em casa sem cerimônia viu a panela em cima do fogão, serviu-se de dois pratões daquela gororoba e comeu com vontade. A comida do cachorro, na panela que o cachorro comia, com aquela carne de quinta categoria. Ainda disse que estava uma delícia.
Minha mãe, Joselita, não furtou-se de contar à amiga o verdadeiro destino da refeição que ela havia acabado de degustar.
A sorte é que minha mãe sempre lavava a panela depois que o cachorro comia.
Ao menos, foi o que ela disse.
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sábado, agosto 10, 2002
Doses homeopáticas
Na minha segunda visita à homeopata, conto algo que tinha esquecido de mencionar: eu tenho dores de cabeça de vez em quando. No último mês, incrivelmente, só tive uma, mas tão forte que tive que tomar uma bomba (Ponstan, a porrada que funciona) e ainda assim demorou para passar.
- Bom, então eu vou recomendar que você tome três glóbulos (glóbulos: bolinhas do remédio homeopático) se sentir dor de cabeça. Você pode tomar três, no máximo três vezes por dia, OK?
- OK.
- Se não passar, você pega cinco glóbulos, dilui em um copo d'água e vai bebendo aos poucos. É uma maneira de você não recorrer a analgésicos.
- Anh... e se ainda assim não passar?
- Aí você toma estas anfetaminas.
Uma pérola imaginada, como diria a Ana Paula.
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quinta-feira, agosto 08, 2002
Vai uma coxinha?
Praia. Pentel olhava o mar, distraída. Sua tia, uma distinta coroa casada de seus quarenta e muitos anos, sentava-se de frente para ela. De repente, a tia comentou:
- Nossa, olha que coxinhas bem feitinhas!
Pentel avista, então, um rapaz jovem sarado, com um cabelo loiro Belo, mas com umas pernas realmente bonitas. Mesmo estranhando um pouco a declaração súbita e descolada da tia, diz:
- É, são bonitas mesmo...
Mas o assunto não pára por aí. A tia, não se contentando apenas com o elogio, analisa:
- Deve dar um trabalho para ficar assim!
Pentel pensa: "É, deve dar trabalho, quer dizer, ele deve malhar muito pra ter essas pernas".
- Verdade...
A tia suspira:
- Dá até vontade de levar pra casa!
"Nossa, como a minha tia está saidinha!"
E a tia arremata:
- Eu pagava, assim, uns... 10 reais por elas.
"Só? Coitado do cara. Mas a minha tia está na febre mesmo!"
A tia pondera:
- Não, pensando bem... vou esperar até quarta-feira, que vai ficar mais barato.
"Peraí, agora é demais, tem alguma coisa errada! Como assim as coxinhas do cara vão baixar de preço até o fim do Carnaval?".
- Tia, do que você está falando?!
- Ué, daquelas colchinhas ali que aquele moço está vendendo!
Então Pentel se vira e vê um homem do Norte, que vendia uma dessas colchas para cobrir camas, tipo mantas.
Pentel experimenta então um certo alívio.
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quarta-feira, agosto 07, 2002
Eu acredito em Scan Disk
Sabe que ontem o scan disk serviu pra alguma coisa? O meu outlook nao estava querendo puxar os e-mails, sempre dava erro. Eu já estava ficando desesperada quando tomei uma medida extrema: ler o aviso que aparecia. Dizia que tinha algum arquivo de inicialização do programa corrompido, que era para eu passar um scan disk. Passei, incrédula. E eis que apareceu exatamente um
erro em um arquivo do outlook! Corrigi e , tcharam! Voltou a funcionar. Que lindo!!!
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Ainda sobre jogos
Jogar com a minha irmã e o meu cunhado é a maior diversão. Uma clássica foi quando ela perguntou para ele, de novo em um desses jogos de perguntas e respostas:
- Qual é o nome do dispositivo que se abre e fecha para deixar passar a luz na máquina fotográfica?
Ela olha para ele com ternura, faz-lhe um carinho e diz, com voz melosa:
- Ah, neném, essa você sabe, né?
Ele nem pensa duas vezes:
- Hímen!
- QUEEEÊE???
Era diafragma.
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terça-feira, agosto 06, 2002
Papai Joselito
Eu triste voltando do final de semana na praia.
- Droga, acabou, amanhã já é segunda e começa tudo de novo...
Papai Joselito me consola:
- Ah, filha, mas você já pode começar a ficar animadinha. Afinal, suas férias são em setembro.
- É... só que ainda falta um mês.
- Mas vai passar rápido, você vai ver!
Que meigo, que doçura de pai. Estou emocionada.
- Mais rápido que este mês, só mesmo o mês que vem. Esse vai passar voando, você não vai nem ver.
Desagradável.
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segunda-feira, agosto 05, 2002
Mais uma do filho do Mágico
A expectativa era a de que algum jornal publicasse a foto do filho do Mágico, já que ele era das poucas crianças presentes à coletiva de imprensa com o Ronaldinho (o outro guri era o fofo Ronald). Então o Mágico disse ao filhote:
- Filhote, é capaz de algum jornal colocar a sua foto amanhã.
- É, pai?
- É. Só que pode ser que escrevam que você é paciente daqui.
A criança pensa.
- Papai, eu tenho câncer?
Ah, que judiação.
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domingo, agosto 04, 2002
Jogatina
Ir para a casa de praia no frio é a maior curtição. Fora o fondue na noite de sexta, teve as quase três horas que passamos jogando QI, um jogo de perguntas e respostas feito Master. A partida era interminável. A impressão era a de que jogávamos não uns contra os outros, mas nós três contra aquele jogo maldito. Depois de duas horas, a gente queria que alguém ganhasse. Qualquer um.
Quando eu resolvi que ia ganhar o jogo, passei a responder perguntas impossíveis.
- Qual a capital da Ucrânia?
Hummm...
Enquanto eu pensava, minha irmã Pentel cantava:
- "Adeus amor eu vou par..."
- Acho que é Kiev!
Ela me olhou com cara de espanto. Depois disso, ainda acertei em que se inspiraram os orientais para criarem o Sumô (em luta de ursos), o que usaram para criar as medidas dos números de calçados (grãos de cevada), as três únicas exceções do Vale-Tudo (mordida, dedo no olho e puxão de cabelo) etc etc... Sem múltipla escolha, na lata.
Ganhei, né? Todos ficamos felizes.
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Pokemon 10, Playboy 0
O filhote de Mágico de Zoss esteve no INCA na sexta-feira. Dançadinha tentava distraí-lo mostrando umas fotos no computador. Passei por perto justamente na hora em que ele mostrava ao garoto a foto de uma mulher semi-nua.
- Que isso, Dançadinha! Mostrando essas fotos para a criança!
O Mágico interveio:
- Outro dia, ele quis porque quis que eu comprasse uma Playboy para ele ver o que tinha dentro.
- E aí, o que você fez?
- Disse a ele que não ia comprar, ia mostrar a versão na internet.
- E você deixou ele ver?
- Deixei. Quando eu mostrei, ele ficou olhando, olhando... e eu disse: "Viu, filho, na Playboy, só tem essas coisas. Agora você escolhe... você quer que eu compre essa revista ou a do Pokemon?"
O garoto não teve dúvidas.
- Pokemon!
Psicologia do Mágico.
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sexta-feira, agosto 02, 2002
Fica a pergunta:
Por que os outdoors de candidatos a presidente são todos iguais? Sempre a cara do sujeito de um lado do outdoor e um fundo verde-amarelo? É pra não haver concorrência desleal? Porque todos são amigos e não querem se prejudicar? Ah, vivemos em um país tão bacana!
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quinta-feira, agosto 01, 2002
Biscoitos mágicos
O Mágico de Zoss outro dia apareceu com uns biscoitos suíços deliciosos, que ele mesmo tinha feito. Muito chique, esse nosso premiado. Então ele prometeu a receita para a Suave Veneno. Hoje, Suave encontra em sua mesa uma página de revista com as fotos dos biscoitos estampadas. Eu noto e digo:
- Nossa, não são aqueles biscoitos do Mágico?
- Sim, deve ser a receita!
Quando ela vê o verso da folha, porém, tem uma supresa (o Mágico gosta de surpresas): as receitas estão escritas em... alemão. Ah, Mágico, muito obrigada, Joselito, foi muito útil!
Sensibilizado, ele traduziu e mandou para o e-mail de Suave.
- Fernanda, olha, o Mágico mandou a receita do biscoito! Não é difícil! Veja só: "bata claras em neve, junte com as amêndoas, a farinha de trigo e o chocolate derretido, amasse tudo com um rolo compressor e..."
- Rolo compressor???
Não seria rolo de macarrão? Se for mesmo um rolo compressor, e conseguirmos um para usar, acho que o biscoito não vai ficar muito bom.
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Lá no inferno, além de Noite do Prazer, do Claudio Zoli, deve tocar também Que nem Maré, do Jorge Vercilo.
É por isso que eu me esforço pra ser uma menina boazinha.
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