sábado, novembro 30, 2002

Pentel para mim, ao me ligar às 11h40 e perceber a minha voz de seqüela total:
- A noite foi boa ontem, hein?
Boa... muito boa!



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Emoção de verdade
Emoção. Emoção é assistir uma palestra do presidente da associação de voluntários que cuida da ala infantil de um hospital de câncer.

"Então o menino disse para mim:
- Tio, eu já falei para a minha mãe... se eu ficar bom, ótimo, mas se eu morrer, ela ainda tem mais três para cuidar"

"Tenho no meu quarto um bichinho de pelúcia. Uma menina me deu, para que eu cuidasse dele depois que ela morresse"

As crianças são crianças, mas não são bobas: a maioria entende a situação pela qual está passando e muitas sabem que podem não conseguir vencer a doença.
Prefiro pensar que, em 70% dos casos, elas têm, sim, cura. Graças a Deus.
Mas não pude controlar a vontade de chorar ontem.



Comments: quinta-feira, novembro 28, 2002

Sigo em frente
Por essa estrada que a ti pertence
Cada sinal, mas forte estou
Te imaginando ao lado meu
A saudade
Que graça tem esse tormento que invade
Me maltratando o coração, uma voz
Tá difícil esperar
Pra que
Tanta espera, esse aperto
Venha me trazer teu beijo
Eu to pensando em você
Repare bem
Cada minuto é importante demais
Uma fração, mais um segundo se vai
E o teu abraço aonde está
Inconseqüente
Te procurei pela cidade e gritei
Acreditando que iria escutar
Uma reposta ao meu lamento
Pra que
Tanta espera, esse aperto
Venha me trazer teu beijo
Eu to pensado em você


Mais um lamento - Wilson Simoninha




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Eu sou mesmo a mais anti-social de todas. Eu não gosto de encontrar pessoas no ônibus. Explica-se: quando eu sento no ônibus, imediatamente eu saco o meu anda-homem e começo a ouvir minhas musiquinhas FM. Aquilo serve como anestésico até eu chegar no destino final e eu não noto nada: trânsito, gente chata, velhinhas do lado querendo sentar, estudantes barulhentos batucando... Mas, quando eu encontro algum Joselito, aí pronto: tem que sentar junto, tem que socializar, conversar, puxar papo, porque o silêncio é constrangedor.
Preciso providenciar logo os meus óculos de nariz e bigode para estas ocasiões. Ou aprimorar meu disfarce de banco para portadores de deficiência mental.



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Esperando por você
Ele vive nas sombras. Ele não mostra a sua face. Você pensa que ele não está lá, mas você se engana: ele está à sua espreita, aguardando magistralmente o melhor momento de dar o bote. E eis que aparece quando você menos espera. Ele é o abominável vendedor de vales-transporte caveira. Fuja. Fuja enquanto é tempo!



Comments: terça-feira, novembro 26, 2002



Esta coisa tosca é a foto que eu tirei da minha tatuagem de henna. Como vocês podem ver, são patinhas. Durante as duas semanas em que a tive (pois agora o desenho está sumindo) ouvi tooodo o tipo de piadas. Nunca pensei que fosse atrair tantos comentários. Penso até em fazer outra só para passar mais um tempo sendo notada. Pessoas estranhas me paravam na rua para perguntar se era de verdade, se era de henna, para ver de perto... Alguns episódios foram mais citáveis. Um exemplo: em um restaurante, uma mulher me chamou para perguntar se eram patas de um bichinho de verdade. Como assim, Bial?
- Ah, é que uma amiga minha tatuou a pata do gato dela. Ela colocou a patinha dele em uma tinta, carimbou num papel e levou para o tatuador.
Tem doido para tudo, minha filha. Não tenho culpa.
- Não, a minha é só um desenho.
- Ah, bom, estava me perguntando qual bicho poderia ser tão pequeno.
Seu cérebro.
Na Matriz, o engraçadinho disse:
- Alguém fez isso em você?
- Sim, o tatuador.
Dã.
Mas a melhor mesmo foi com um médico no trabalho. Ele disse:
- Você andou dormindo agarrada com um gato?
Ao que eu disse:
- Claro. Tem coisa melhor que dormir agarrada com um gato? Fala a verdade!
Ele ficou sem graaaça... será que acha realmente bom dormir agarrado com um gato e não quis me contar?
- Não sei, você que está dizendo... - esquivou-se ele.
Sei.



Comments: domingo, novembro 24, 2002

(CONTINUAÇÃO)

"Na escuridão e aperto daquele lugar, só o que ela podia fazer era esperar. Mas esperar pelo que? Quando ela poderia saber que estaria a salvo para descer? Quão paciente seria ele? Quanto ele esperaria por ela?
Subitamente, começou a tossir. A princípio, pensou que alguma poeira esquecida no fundo do armário poderia ter ido parar em sua garganta. No segundo seguinte, apavorada, compreendeu o que estava acontecendo, porque o cheiro de fumaça tornou-se evidente. O homem havia colocado fogo em alguma coisa. Talvez fogo na casa! Não! Preferia morrer nas garras daquele maluco que morrer queimada, sairia dali imediatamente. Ele havia conseguido a forma perfeita para fazê-la se entregar.
Empurrou a porta do armário. Não abriu. Fez mais força. Esmurrou. Nada. A porta estava travada, ele havia trancado. Ela não se lembrara de levar a chave, mas nunca poderia imaginar que ele iria querer trancá-la lá dentro. Aliás, teria sido difícil imaginar qualquer coisa. Estava lidando com um bandido, nunca pensou que um dia precisasse passar por aquilo. Sentiu uma desolação imensa. Lembrou-se da mãe. Chamou por ela. Sua tosse misturou-se com lágrimas. Iria morrer da pior forma, presa em um armário em chamas.

Nunca mais ouviu-se falar do homem que entrou em um apartamento e colocou fogo com uma moça presa dentro do armário. O zelador descreveu o rapaz bonitão – que ficou conhecido como “o assassino do sexto andar” pelos moradores do prédio – à polícia, mas nunca conseguiram encontrá-lo. Todos no condomínio tornarem-se tensos de uma hora para outra, as mulheres evitavam entrar ou sair sozinhas de suas casas à noite – embora todos soubessem que o crime acontecera durante ainda dia claro, às 7 horas da noite em horário de verão.

O capitão Motta ajeitou as costas na cadeira. O batalhão havia sido um tédio em seu último plantão – nenhuma ocorrência. Em duas horas, ele iria para casa, para o fim de semana, e ansiava por isso. Não gostava de ficar à toa ali, não havia escolhido ser oficial do corpo de bombeiros para passar o dia jogando paciência no computador e conversa fora com a equipe. Lamentava a monotonia, mas bem que aquele incêndio poderia ter esperado o outro plantão. Era sempre assim: ele detestava dias parados, mas quando algo acontecia, preferia não interromper o nada que estava fazendo.
Teve um minuto para parar de pensar nisso e rumar para o local do incêndio. Era um prédio antigo de classe média com vários apartamentos. Quando chegou, foi logo informado pelo porteiro de que o fogo já havia sido controlado. Soltou um muxoxo. Quanta correria à toa. Não devia, mas perguntou assim mesmo:
- E por que então o Corpo de Bombeiros foi acionado com tanta urgência?
Quem respondeu foi o síndico, que chegava um tanto transtornado após ter liderado o mutirão com extintores de incêndio para conter o fogo.
- Porque a moradora está desaparecida.

Em poucos minutos, o capitão tinha a história. O porteiro estava certo de que a garota passara pela portaria por volta das 19h.
- Ela tem carro, moço, mas o apartamento dela não tem vaga na garagem, por isso, ela pára num estacionamento aqui perto, então, eu vi quando ela passou por aqui, tenho certeza.
Essa parte ele já tinha entendido.
- Não há possibilidade da moça estar em algum apartamento do prédio? Em algum local?
O síndico tomou a palavra.
- Já vasculhamos tudo, interfonamos para todos os apartamentos. Se o Sr. Severino a não tivesse visto entrar, ninguém saberia que ela está aqui. Ela é sozinha.
Motta sentiu um calafrio. Já havia tido oportunidade de encontrar 10 dias depois da morte o corpo de um homem que vivia sozinho e tinha sofrido um enfarte. Não queria passar por aquilo novamente.
- Por favor, leve-me até o apartamento.

O lugar estava quase totalmente destruído. As paredes escuras, os móveis queimados. Motta procurou vestígios dela em meio às cinzas. Nada. Não havia muito o que procurar: um quarto, uma sala, cozinha, banheiro. Olhou pela janela do quarto. Não, ela não havia se jogado, afinal, alguém teria visto o corpo. Seria uma hipótese, já que, sob o pânico intenso da iminência de uma morte por queimadura, as pessoas cometem mesmo este tipo de loucura. O que o medo não era capaz de fazer com as pessoas...
Só não havia olhado embaixo da cama. Mas para quê ela iria se enfiar debaixo da cama? A cama... repentinamente, Motta reparou que o que havia sobrado da cama estava encostado no armário. Por quê?
Mais tarde, ele não saberia precisar o que o levou a conseguir uma escada e verificar o armário. Seu lado religioso diria que foi um milagre, seu lado cético, o faro adquirido por 10 anos de profissão. Fosse como fosse, não saberia também descrever se realmente ficara surpreso ao descobrir a jovem moradora do apartamento encolhida no fundo do compartimento, insconsciente, provavelmente com alguns danos respiratórios e nos órgãos internos causados pela fumaça e pelo calor. Ela estivera por alguns longos minutos em um forno, protegida pelas paredes de cimento de um armário estranho. Mas sobreviveria."

(Fim do conto "Aquela sexta", por Fernanda Rena, escrito entre 2 e 22 de novembro de 2002)



Comments: sábado, novembro 23, 2002

Já sei namorar
Já sei beijar de língua
Agora, só me resta sonhar
Já sei onde ir
Já sei onde ficar
Agora, só me falta sair


E eu já sei o que pedir no polêmico amigo oculto da empresa.



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Pão de mel com doce de leite
Santo remédio. É capaz de pôr fim a uma briga de família.



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Diante de todos os sambas e músicas nacionais mudernosas da Matriz, bom mesmo foi quando começou o bom e velho set de músicas batidas dos anos 80: Capital Inicial, Plebe Rude, Legião Urbana, Metrô, Paralamas e mais algumas coisas que a Sol que tomei e a fumaça que aspirei me fizeram esquecer. Sim, músicas conhecidas! Dancei loucamente aquela obviedade cativante.
Preciso ir a mais umas 4 ou 5 sextas-feiras na Matriz pra me acostumar com as outras músicas.



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Cunhado sem loção
Outro dia, na praia, apareceu um vendedor de um produto bizarro: sândalo. Sândalo! O negócio vinha embalado em redinhas, como aquelas de laranja, e tinha a aparência de um monte de palha cheirosa. Eu fiquei meio abobada porque nunca tinha visto sândalo. Ainda mais na praia.
Meu cunhado chamou o cara. Ele deve ter ficado exultante - há semanas ele devia estar perambilando por ali sem que ninguém lhe desse atenção.
O negócio tinha um cheiro fortíssimo. O homem pôs-se a explicar as magníficas propriedades do sândalo.
- Pode colocar no armário, para perfumar as roupas, ou o ambiente bla bla bla...
Meu cunhado disse:
- Quero dois.
Nessa hora, o cara deve ter sentido uma emoção quase insuportável: uma venda!
Minha mãe, lá no seu canto, comentou, meio que para si mesma:
- O cheiro é muito forte.
E o vendedor, temendo a perda da venda, diz:
- Mas isso é porque tem muitos aqui. Quando é um só, o cheiro fica mais fraco.
Ao que meu cunhado intervém:
- Anh? Peraí... quer dizer que o cheiro não é esse, fica mais fraco?
- É!
- Então não quero mais!
Não! O homem fez uma cara de uma desolação tão absoluta, que eu disse:
- Não, João, não faz isso! Compra do cara!
Pelo amor de Deus!
Então meu cunhado deu um sorrisinho sacana.
- he he he
Joselito.
Mas pelo menos ele arrematou os sândalos.



Comments: quinta-feira, novembro 21, 2002

Roubaram a minha chefe...
... e colocaram no lugar uma pessoa compreensiva e amável. Eu tinha dito a ela há uns dias que hoje ia precisar ir no médico (meu oftamologista que fica láaaa em Nova Iguaçu, na roça, praticamente um pajé) e que tinha que sair às 16h30. Mesmo tendo avisado antes, hoje fiquei com medo dela ter esquecido e demonstrar estranheza (16h30, afinal, é sair 1h30 mais cedo). Fui falar com ela de novo.
- Grande Chefe, como eu havia lhe dito, hoje vou precisar sair às 16h30.
- 16h30, tão tarde? E vai dar tempo de você chegar lá?
Beleuza Creuza! Quase respondi:
- Opa, já que é assim, vou agora mesmo!



Comments: quarta-feira, novembro 20, 2002

A tarde foi passada na praia, com a Ana 3x4colorido Paula, que teve pena da minha carência e resolveu me chamar pra passear. Constatamos que as mulheres gordas e sem noção estão em alta. Gordas sim, mas com namorados grandes e bonitos. Nós, lindas e sozinhas. Comi um pão de mel com doce de leite para comemorar a descoberta.



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Brincadeira de criança
Outro dia, lembrei com a minha irmã de uma brincadeira que a gente fazia quando era criança, uma coisa muito idiota. Você pegava uma caneta e pedia para escrever na mão da pessoa. Era para ser um jogo. Desenhava-se um lago, com umas plantas em volta, um rabisco que era um caçador... e o texto era assim:
- O caçador precisa atravessar este lago. Não dá para contornar porque tem mato em volta com animais selvagens. Tem piranhas no lago. Não tem barco disponível.
E por aí ia. A cada solução que dessem, mais uma coisa era desenhada jogando por terra a sugestão. No fim, a gente pegava a caneta e dizia:
- Esse caso não tem solução, só queria mesmo rabiscar a sua mão.
E segurava a mão da pessoa rabiscando.
Quando a gente lembrou disso, eu ria tanto que não conseguia falar. Que coisa imbecil! E tinham vários outros de que não me lembro agora.



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Há poucas coisas piores que...
... quando você está de mau humor, alguém chegar e cumprimentar você efusivamente, sorrindo, feliz e cantante:
- BOOOM DIA!
Morra e apodreça, pessoa horrível.



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História...interrompida!
Começar a ler um livro e não terminar é a maior sacanagem. Você deixa o personagem numa roubada. Pentel estava lendo Ensaio Sobre a Cegueira, do Saramago, e não conseguiu continuar - isso para mim é um mistério, pois este é um dos meus livros preferidos, li de um gole só. Ela parou justamente na parte em que o pessoal está em um manicômio, todos cegos, na maior vida ruim do mundo.
Mas sacanagem mesmo é quando o autor da história é você. Aí você fica pensando que tem uma garota presa dentro de um armário em condições terríveis porque (ops, essa parte eu ainda não posso dizer porque ainda não contei pra vocês he he he). Bom, este conto vou terminar e a moça vai sair de lá (viva, pelo que estou vendo). Mas tem umas histórias que estão arquivadas para sempre. Tem outra garota que está presa em um mundo paralelo porque passou por um portal que se abriu no box do banheiro dela. Uma espécie de Caverna do Dragão, só que sem os amigos, Uni e Mestre dos Magos. Ela, coitada, provavelmente nunca vai voltar de lá.



Comments: domingo, novembro 17, 2002

O que leva pessoas a saírem de casa, se arrumarem e pararem na porta de um barzinho para ficar na rua tomando latas de cerveja compradas de ambulantes? Tem tanta gente fazendo a mesma coisa que eu quase chego à conclusão de que eu sou a chata ou que já passei da idade. Ainda bem. Ainda bem que a minha idade e independência me permitem aceitar o convite dos amigos pra sair, chegar no lugar, ver que é roubada e pegar um táxi uma hora depois pra ir pra casa, sem ter que depender de carona.



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Deu certo
Hoje apareceu uma busca no blog por "feriados de 2003".
Eu sou mesmo uma moça de visão.
E agora sou odiada por uma pessoa que queria saber que dias ela não iria trabalhar ano que vem.



Comments: sábado, novembro 16, 2002

Há dois rumos possíveis para a história que eu venho escrevendo e postando para vocês.
1 - A mocinha vive.
2 - A mocinha morre.
Simples assim.
Já que eu não consigo me decidir, que seja por maioria de votos, então.
Espero aqui nos comentários a opinião de vocês.



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(CONTINUAÇÃO)

"Foi apenas o tempo de correr até o quarto e trancar a porta. Em uma fração de segundos, soube que tinha que ser rápida, que não podia pensar. E não pensou mesmo. No quarto, com a porta fechada, arfou. Não sabia o que fazer em seguida. Não sabia o que estava acontecendo, nem se estava acontecendo realmente. Havia um homem com um arma na sala de sua casa. Ela morava sozinha, ninguém ia chegar, ninguém poderia imaginar que estaria em perigo. Esperava que o bandido roubasse o que encontrasse na sala e na cozinha e fosse embora. Para seu terror, não foi isso que aconteceu. Ele começou a esmurrar a porta, dizendo:
- Eu vou arrombar! Eu vou matar você!
Ele não gritava, falava numa altura tal que ela ouvisse, mas não chamava a atenção de ninguém. Ia mesmo arrombar, era só uma questão de tempo. A porta de seu quarto certamente não havia sido projetada à prova de psicopatas. O bandido ficou um tempo quieto e ela ficou ainda mais apavorada. Sua cabeça começou a trabalhar as hipóteses. A arma que ele trazia devia estar descarregada, ou ele já teria arrebentado a fechadura com um tiro. Ele devia ter ido buscar alguma coisa que lhe permitisse derrubar a porta do quarto. E ela viu que tinha razão quando, apenas um minuto depois, ele começou a bater com algo que produzia um estrondo horrível e fazia a porta tremer toda. A essa altura, ela notou que tinha que fazer alguma coisa. Mas o que? Não havia tempo para ligar para a polícia. Até ela explicar o que estava acontecendo, ele já teria entrado.
Então ela teve uma idéia.
No seu quarto, havia um armário embutido. A parte de cima dele era extremamente funda, porque avançava para o corredor, de modo que acima do teto do corredor ainda era armário. Então ela arrastou a cama, subiu nela, deu graças a Deus de não guardar muitas tralhas ali e enfiou-se com muita dificuldade dentro do armário, fechando a porta por dentro.
A operação durou tanto tempo quanto ele levou para conseguir fazer a porta em pedaços e entrar no quarto.

Ao entrar, ele não conseguia entender. Onde estaria ela? Olhou pela janela. Será que ela teria sido louca o suficiente para se jogar? Sorriu internamente, pensando que, se ela realmente tivesse feito isso, seria sob um pânico imenso. Olhou para baixo. Não havia um corpo no chão. Não, ela não tinha se jogado, ele (ainda) não havia provocado tanto pavor nela assim. Se ela não tinha se jogado, ele mesmo teria que matá-la. Mas teria que encontrá-la primeiro.
Olhou embaixo da cama. Ela não seria tão primária a ponto de se esconder ali, seria? Não. Mas havia sido boba o suficiente para achar que ele não notaria que ela tinha tirado a cama do lugar. Sorriu. O que o medo não era capaz de fazer com as pessoas. Já ia subir e tirá-la de dentro do armário, quando teve uma idéia melhor. "
(CONTINUA...)



Comments: sexta-feira, novembro 15, 2002

Amigos que querem aumentar o número de acessos dos seus blogs: encontrei o assunto preferido dos navegantes. Em um só dia, tive uns 5 ou 6 acessos provenientes de buscas por "feriado", "segunda zumbi feriado", "dia da consciência negra" etc.
Para capitalizar mais alguns incautos, aí vão algumas palavras-chave:
"carnaval 2003"
"feriado de 20 de janeiro"
"semana santa"
"feriados de 2003"
"feriados-que-caem-na-segunda-ou-na-sexta"
"que dias eu não vou trabalhar ano que vem"
"quando finalmente vou descansar?"
"quero a minha mãe"



Comments: terça-feira, novembro 12, 2002

Feriadão
O Rio de Janeiro tem um feriado municipal - este ano, se não me engano, será estadual - no dia 20 de novembro, o Dia da Consciência Negra, mais conhecido como dia do Zumbi (o Zumbi dos Palmares).
Tudo isso eu disse para contar uma pior da semana que Thyrso mandou.
Thyrso: - Estão dizendo no gabinete que o feriado do Zumbi vai ser antecipado para segunda, dia 18.
Eu: - Não, isso é só boato.
Thyrso: - É... só ZUMBIdo.
Urgh.



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CONTINUAÇÃO...

"- Algum problema?
Olhou para cima, para de onde vinha a voz. Quase assustou-se. Um homem de uns 30 anos, de uma beleza incontestável, estava parado perto dela, e, pelo visto, interessando-se pela sua situação. Não dizem que quando Deus fecha uma porta abre uma janela?
- A porta está presa, algo está entre o vão e o chão.
Ele tenta empurrar a porta.
- Verdade, a coisa aqui está complicada... como será que isso foi acontecer?
Era muito bom falar com alguém. Ela já se sentia um pouco mais calma.
- Não sei. Alguma coisa deve ter caído no chão com o vento e, na hora que eu empurrei a porta, encaixou aí. Não tenho idéia de como vou fazer para abrir.
Nem sei se quero. Por que você não me convida pra tomar um chopp enquanto resolvemos esta questão indissolúvel?
- Isto está com cara daquelas coisas que se resolvem com jeito, e não com força. Vamos tentar...
De fato, após umas quatro ou cinco tentativas, a porta cedeu. Ela não havia tido condições de raciocinar daquela forma, mas era óbvio que o deus grego tinha razão quanto ao “jeito”. No entanto, a questão agora era não desperdiçar a sexta-feira, e nem a chance que havia aterrisado no seu colo.
- Obrigada, eu acho que entrei em pânico e não pensei direito... Você é morador novo?
- Não, estou só de passagem, vim visitar um amigo.
- Ah... e você aceita entrar e tomar alguma coisa comigo?
Eles ainda estavam diante da porta aberta.
- Claro, por que não?
Ele sorriu e ela não podia acreditar em sua sorte. Abaixou-se e resgatou do chão o porta-retratos com o 3x4 do pai que havia caído da mesinha.
- O pivô da confusão.
Ele, de novo, acompanhou seu sorriso.
- Sente-se. Você toma uma cerveja comigo?
Diante da resposta afirmativa, ela foi até a cozinha e tirou duas latas de cerveja da geladeira.
- Olha que engraçado, a gente ainda não se apresent...
Ela parou congelada na prota da sala. Os pés, por um segundo, pareciam estar grudados no chão, ao mesmo tempo que as pernas pareciam querer falhar. O homem estava com uma arma na mão. E apontava para ela."

(CONTINUA...)



Comments: segunda-feira, novembro 11, 2002

A foto da tatuagem eu prometo ainda para essa semana.
Só não vale reagirem como Miss Coco Anão:
- Ah, eu esperava mais!
Joselita.



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Quero uma personal terapeuta/psicológa/analista Tabajara para ficar sempre ao meu lado dizendo se eu estou tomando ou não a decisão correta. Alguém tem uma para me arrumar?



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Namoro teen
Cena da novela O Beijo do Vampiro.
Os personagens dos atores mirins Cecília Dassi e Kayki Brito, na novela com 13 anos, começam a namorar.
Papai Joselito observa:
- Olha só, incentivando as crianças a começarem namorar cedo.
E precisa de incentivo, papai?



Comments: sábado, novembro 09, 2002

Estou apaixonada.
Pela minha tatuagem de henna.
Pena que é uma paixão efêmera, que só vai durar uma semana.
Tem tão a ver comigo que, pela primeira vez na vida, considerei a hipótese de fazer uma definitiva. Paixão para todo o sempre.
Se bem que o pra sempre sempre acaba.



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"A diferença entre aquela sexta e a da semana passada não era apenas a chuva. Se bem que, pensando bem, o tempo até poderia refletir seu espírito se fosse comparar os dois dias. Na semana que passou, havia sol, céu azul. Tudo parecia um pouco mais colorido à luz solar e ela parecia mais bonita. Naquele dia, no entanto, não havia motivos para sorrir. A sandália que havia colocado não combinava com a água que caía, deixava seus pés molhados e o humor, péssimo.
Pensava nele. Pensava em no quanto ele reservava atenção para outras pessoas, em especial para seus amigos (e amigas) e tão pouco sobrava para ela. Na verdade, precisava colocar de vez na cabeça a idéia de que, para ela, ele só reservaria isso mesmo: alguns sorrisos quando tentava seduzi-la. Nas outras ocasiões, mostraria-se preocupado, atencioso, gentil, apenas com aqueles poucos escolhidos que eram definidos por ele como pessoas interessantes. Grupo do qual, definitivamente, ela não fazia parte.
Pensava sobre isso enquanto abria a porta de casa. Da casa para o trabalho, do trabalho para casa. Havia dirigido remoendo a frustração de estar sozinha em mais um final de semana, querendo tanto alguém que, ela sabia, também estava sozinho. Nada fazia muito sentido, mas, pelo menos naquele momento, uma coisa a confortava – iria entrar, tomar um banho e dormir. Nem ligaria a TV, desligaria o telefone e apagaria a si mesma antes das nove. Assim, a noite passaria mais rápido e, quem sabe, o fim de semana.
Isso se ela conseguisse entrar.
Alguma coisa havia se instalado no vão entre a porta e o chão, impedindo a porta de se mover mais que uns 10 centímetros.
- Não, não, não...
Ela se abaixou e tentou enfiar um papel embaixo da porta, um espelho, coisas de pequeno porte que havia na sua bolsa, mas o objeto, seja lá o que fosse, estava irredutível. Encostou a cabeça e teve vontade de chorar. Por não conseguir entrar em casa. Pelo péssimo desempenho em conduzir sua paixão."

CONTINUA....



Comments: quarta-feira, novembro 06, 2002

Questões indissolúveis de amigo oculto
Por que diabos sortear já um amigo oculto que só vai ser comemorado no dia 20 de dezembro, daqui a mais de um mês? Deve ser pra estimular as pessoas a fazerem as compras de natal mais cedo. Uma campanha interna do departamento.
Por que defender debaixo de porrada que seja permitido pedir presentes de no máximo 25 e não de 30 reais? Não que 5 reais não façam diferença, mas daí a transformar a brincadeira em jogo de guerra por conta disso é outra história...
O ser humano é esquisito. Principalmente quando o ser humano é Pinky.



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Insensatez
LuIcia vem perguntar a mim e a Suave Veneno se deve convidar a Rainha da Sucata para o aniversário do filho dela.
- Meninas... hoje no almoço eu quase chamei a Rainha para a festa. Mas depois eu pensei que talvez não tivesse nada a ver... o que vocês acham?
Eu, de pronto, disparei:
- Acho péssimo! Essa mulher é detestável!
Suave Veneno que, apesar do apelido, é uma pessoa boa e ponderada, deu o conselho certo:
- Olha, LuIcia... a mãe é você... se você sentir vontade de convidar, convida...
Ah! Como Suave Veneno é sensata! Como é justa, eu devia aprender com ela a dar este tipo de opiniã...
Suave continua:
- ... mas que ia ser uma chatice ela lá, isso ia!
Nem a temperança de Suave resiste à falsa simpatia da Rainha da Sucata.



Comments: terça-feira, novembro 05, 2002

Folheei hoje a revista de moda Estilo. Muito boa, fiquei apaixonada. Só tem um problema: mostra um monte de coisas bonitas, que você fica morrendo de vontade de ter e não pode. Feito o Reynaldo Gianechini, por exemplo.



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0800-sabemos tudo
Para quem duvida de que ligam para uma área de Comunicação para qualquer coisa...
O telefone toca.
- Comunicação, boa tarde.
- Oi, você podia me dizer a hora certa?
Sem noção. Pior que isso, só quando eu trabalhava na Folha Dirigida e telefonavam pra saber se tinham passado no vestibular, pra perguntar data e hora de prova... compra o jornal, pô! Gente esquisita.



Comments: segunda-feira, novembro 04, 2002

E não é que o André Gonçalves vai ser pai de novo? Benza Deus! O gato é "bateu, valeu".



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Chocolate crocante
Minha mãe, como toda mãe que se preza, não bate bem.
Imagina que o meu tio veio aqui e fez a gentileza de me trazer um pote de sorvete. Então a minha mãe veio me acordar (eu estava dando aquele dormidão da tarde) para que eu fosse agradecer. Ela queria mesmo que eu tomasse um pouco do sorvete antes dele ir embora, mas não deu: na hora que eu consegui me levantar, ele estava indo, então só pude cumprimentá-lo.
Nem vi do que era o sorvete, mas imaginei que seria de flocos. Flocos é um sorvete de que não gosto muito, acho sem-graça, mas é um sabor default. Repara que sempre que compram sorvete e não sabem bem do que as pessoas gostam, compram de flocos, pra não errar. Conformei-me, devia ser flocos. Sempre era flocos.
Mais tarde, minha mãe estava saindo pra missa e eu lembrei de perguntar:
- Mãe, do que é o sorvete?
E ela:
- Chocolate crocante.
Caraca! Chocolate! E crocante! Minha boca encheu d'água, meus olhinhos brilharam e meu domingo ficou mais feliz.
Só que...
Quando eu abri o pote, constatei que o sorvete era de... flocos!
Pooooô!
- Mãe! Do que você falou mesmo que era o sorvete?
Papai Joselito, uma pessoa racional, interveio:
- Ué, não é de flocos?
E ela:
- Não é chocolate crocante?
- Nãaao, mãe, de onde você tirou isso, pelo amor de Deus?
- Aquele chocolate que tem no meio não é crocante?
Grrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr!
Falta um parafuso, cara.



Comments: domingo, novembro 03, 2002

Então eu sou acordada às 10h20 da madrugada pelo meu amigo japonês apenas para ouvi-lo dizer que, mesmo trabalhando em linha de montagem de fábrica, ele precisa juntar apenas dois meses para comprar um carro. Que compra um celular de um modelo do ano passado por menos de 1 dólar. Que não existe essa coisa de parcelar uma televisão em milhões de vezes: qualquer um que queira uma uma eletro-eletrônico simplesmente vai lá e compra. É claro que para isso você precisa estar empregado, o desemprego lá também existe, e como. A diferença é que, quando as pessoas têm trabalho, ganham uma quantia tal que conseguem sobreviver bem. Então tá, né.



Comments:

Cronicar e blogar
Aproveitando a semana em que o genial Carlos Drummond de Andrade completaria 100 anos (ele nasceu em 31 de outubro de 1902), transcrevo um trecho de uma das suas crônicas:
Os escritores se queixam de que não podem, não conseguem escrever. A vida cotidiana furta-lhes a concentração e, quando se concentram, o doloroso ofício das palavras expõe-lhes todo o arsenal de cilícios. O escritor desejaria escrever em horas insólitas, em um tempo fora do tempo, e nas horas (...) possíveis quer fugir a essa obrigação.
Dezenas de anos depois, eu me sinto como o mestre, mesmo que a comparação possa parecer um tanto ousada: quando estou no trabalho, na rua, os posts me vêm à cabeça, fico nervosa, agoniada, querendo logo sentar e escrevê-los. Quando estou em casa, em frente ao computador, tudo desaparece e só me vem a preguiça.
Ainda assim, quanto mais a gente escreve, mais quer escrever.



Comments: sábado, novembro 02, 2002

Outubro, o mês que nunca chegaria, acabou chegando. Não só outubro, como novembro. E, assim como eles, também chegou aqui o lendário DVD DO GLOBO.
Quem instalou e conectou o bichinho foi Papai Joselito, mas só a mamãe aqui conseguiu colocá-lo para funcionar, depois de uma rápida olhada no manual e uma exclamação de "Ahh!!! Já sei!!!".
Eu não sou burra não.
Amanhã, vai ter sessão de Matrix, o DVD que aguarda desde o meu aniversário para ser reproduzido.



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175 milhões de campeões
Na época da Copa, ouvi de algumas pessoas que o fato do Brasil ter vencido atrapalharia o processo eleitoral. Que o povo, embriagado pela vitória, passaria a apoiar o partido da situação. Que sempre foi assim, o futebol sempre tinha sido utilizado como manipulador de massas. Então, não haveria motivos para comemorar, certo? Errado. O povo brasileiro mostrou que está maduro o suficiente para vibrar com a Copa do Mundo e, nas eleições, votar no candidato que mais inspira confiança. Pode ser que tenha influenciado sim, mas no bom sentido. Talvez o povo, embriagado pela alegria do campeonato, tenha se sentido mais forte para ter esperança, e não medo, de vencer. De ser feliz.
Por isso, na próxima Copa, espero que todos possamos comemorar em paz, incluindo, quem sabe, aqueles que criticaram a nossa alegria. Eles, que poderiam ter tido dois momentos emocionantes no ano, como milhares de brasileiros tiveram: a vitória no esporte e na democracia.



Comments: sexta-feira, novembro 01, 2002

Mundo cheddar
Corrida desesperada pelo Rio Sul. Eram quase 22h, hora em que as lojas fecham. E eu estava muito precisada de um queijo quente do Mc Donald's. Nem olhava para os lados, apenas corria. Quando cheguei no local, nem acreditei: estava aberto! As mocinhas atrás do balcão, sorridentes mesmo a 3 minutos da hora do término do expediente, compunham um cenário comovente. Encostei triunfante num caixa e fiz o meu pedido:
- Um queijo quente, por favor.
Ao que a mocinha argumentou:
- Olha, você não quer levar o cheeseburguer? É mais barato!
- NÃO.
O meu pavor de que ela estivesse falando aquilo porque eles não estavam mais fazendo os queijos quentes àquela hora me fez ser mais enfática que deveria. A pobre me olhou meio assustada e disse:
- Está bem...
O dia termina bem quando tem Mc Donald's.



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    When you came in the air went out/ And every shadow filled up with doubt/ I don't know who you think you are/ But before the night is through/ I wanna do bad things with you/ I'm the kind to sit up in his room/ Heart sick an' eyes filled up with blue/ I don't know what you've done to me/ But I know this much is true:/ I wanna do bad things with you... ("Bad things" - True Blood)


    .:Cabeças que eu conheço:.

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    Edmont Hotel (NY), quarto 1222
    Bia Badaud
    Crônicas de Pooh





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