sexta-feira, fevereiro 28, 2003

Era tanta saudade
É, pra matar
Eu fiquei até doente
Eu fiquei até doente

Se eu não mato a saudade
É, deixa estar
Saudade mata a gente
Saudade mata a gente

Quis saber o que é o desejo
De onde ele vem
Fui até o centro da terra
E é mais além
Procurei uma saída
O amor não tem
Estava ficando louco
Louco, louco de querer bem

Quis chegar até o limite
De uma paixão
Baldear o oceano
Com a minha mão
Encontrar o sal da vida
E a solidão
Esgotar o apetite
Todo o apetite do coração

Mas voltou a saudade
É, pra ficar
Ai, eu encarei de frente
Ai, eu encarei de frente
Se eu ficar na saudade
É, deixa estar
Saudade engole a gente
Saudade engole a gente

Ai, amor, miragem minha, minha linha do horizonte, é monte atrás de monte, é monte, a fonte nunca mais que seca
Ai, saudade, inda sou moço, aquele poço não tem fundo, é um mundo e dentro um mundo e dentro um mundo e dentro é um mundo que me leva


Tanta Saudade
Djavan - Chico Buarque







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Não ia, mas acabei fondo
Eu não ia viajar no Carnaval e blogar até a última ponta. Mas rolou uma fúria praiana e eu vou, sim. Espero que seja bom.
Até quarta-feira, galera. Não me esqueçam pensando nas camisinhas da Kelly Key.



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"Uma língua que não se abre para receber influências externas é uma língua estanque e tende à morte"
Roland Barthes, semiólogo, estudioso da linguagem. Com o latim aconteceu isso. E é por este motivo que eu falo o nandês, uso estrangeirismos, brinco com as palavras com a segurança de quem sabe que domina a língua portuguesa. Não tenho muitos talentos. Mas escrever eu sei que é um deles.




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Felicidade canina
Descendo as escadarias do meu prédio, avisto o weimaraner que sempre passeia por ali àquela hora e seu dono antipático. Sabe aqueles donos de cachorro que não gostam que o bicho brinque com os outros? Aqueles recalcados que queriam que os seus cães fossem bravos e não gostassem de estranhos? O sujeito parece ser assim. Mas hoje ele se ferrou. Não sei o que deu no cachorro. Quando eu ainda estava lá em cima, no primeiro degrau, o bicho me olhou. Eu olhei de volta. Ele olhava sucessivamente o dono e eu, descendo as escadas, até que uma hora ele começou a correr, correr na minha direção... Eu pensei que ele ia ser Joselito e passar direto por mim (até a Sassá faz isso pra me sacanear), mas não: ele parou na minha frente e abaixou a cabeça pedindo carinho. Eu disse "oi, weimaraner, tudo bem?" e ele foi embora. Dessa vez, o dono até falou comigo quando eu passei.



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Pessoas equivocadas
Bom humor à parte...
No banheiro da pizzaria, estou entrando na casinha para fazer o meu pipi sagrado quando uma mulher que estava lá comentou comigo:
- A descarga está quebrada. Isso é um absurdo!
Quase respondi: "Foda-se! Por que você fala comigo?".
Eu devo ter cara de simpática e as pessoas se equivocam pensando que eu vou sorrir. Não vou.



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Por que o meu dia foi legal
Hoje vou dormir alguns quilos mais leve e isso nada tem a ver com dieta. Tive um dia muito legal. Para começar, algo inusitado aconteceu no meu dia: o Filho do Mágico de Zoss apareceu lá no trabalho e eu resolvi interagir com o moleque. Confesso que nem sempre gostei de criança na vida, mas hoje estava bondosa. Fiz um favor para o Mágico e para mim mesma. Como aquela peste me fez bem! Foi uma canseira, mas no fim eu estava rindo de tudo e fazendo piada até de fratura exposta. Eu não brincava muito com criança porque sempre achava que as pessoas em volta iam achar as brincadeiras que eu fizesse bobas e tal. Mas aí eu realizei que criança gosta é dessa palhaçada mesmo, e ri quando você se finge de vampira e diz que está com medo do crucifixo dela, mas que a água que ela acaba de tacar em você não é benta, porque não queimou.

Etapa dois do dia: o chopp com os amigos
Assassinei a aula de dança do ventre e rumei para a casa de Pentel. Cheguei ainda contaminada pelo bom humor, mas o programa da noite não prometia tanto. Afinal, eram os amigos dela, não os meus. Mas não, tolo! Estavam lá Bruno e Bebel, que eu não via havia uns 200 anos, por aí. Só o comentário de Bebel ...
- Fernanda, você está tão magrinha! Come mais um pedaço de pizza!
... já teria valido a noite, mas ainda havia mais pessoas legais e conhecidas. Adoro gente conhecida.

Então é isso, galera, vou dormir depois deste post altamente bloguinho, estilo "oi, geeeente, hoje o meu dia foi tãaaao legal". Espero não me atracar com nenhuma sobremesa amanhã por ter sido elogiada hoje.




Comments: quarta-feira, fevereiro 26, 2003

Não estou assim lá muito inspirada. Os bichinhos no meu olho não querem me deixar pensar direito. Enfim, faço o que posso.



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Gorilaz
Nunita caminha em transe pelas ruas do Leblão, quando um veículo de médio porte passa por ela. O motorista olha para nossa heroína e diz:
- Barra, Barra!
Nunita prontamente propõe-se a explicar ao perdido da Zona Sul como se fazia para chegar à Barra. Ela é muito bondosa.
- Você pega a primeira à direita, vai reto, aí depois do segundo sinal você...
Nunita pára ante a expressão de assombro do motorista. Era uma van, lotação. Ele queria saber se ela IA para a Barra.
Mico igual, só o da mulher que, ontem, desesperada, gritou até que todos descessem do ônibus porque viu fumaça. Era um problema no motor e ela pensou que era um princípio de incêndio...



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Onde queres o ato eu sou o espírito, e onde queres ternura eu sou tesão
Onde queres o livre decassílabo, e onde buscas o anjo eu sou mulher
Onde queres prazer sou o que dói, e onde queres tortura, mansidão
Onde queres o lar, revolução, e onde queres bandido eu sou o herói

Eu queria querer-te e amar o amor, construírmos dulcíssima prisão
E encontrar a mais justa adequação, tudo métrica e rima e nunca dor
Mas a vida é real e de viés, e vê só que cilada o amor me armou
E te quero e não queres como sou, não te quero e não queres como és


Caetano Veloso



Comments: terça-feira, fevereiro 25, 2003

Juventude eterna
Passeando com a estagiária por uma unidade do INCA fora do local onde fica o escritório da comunicação, paro perto do quadro de avisos para conversar. De repente, a recepcionista sorri para ela e diz:
- Arrumou uma amiguinha?
E ela responde:
- Não... é a minha chefe!
Vou adiar o botox pra ano que vem.



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Mega gorda
Depois do almoço, eu e Ana Paula nos debruçamos na geladeira de picolés para cobiçá-los. Olhávamos só os de fruta, claro, totalmente permitidos nos Vigilantes dos Presos.
Eu: - Droga, não tem de maracujá.
Ana: - Come um de morango.
Eu: - Não, eu queria de maracujá mesmo. Ontem tinha...
Ana: - Olha, tem de cajá! Nossa, deve ser uma delícia! Quantas calorias será que tem?
Eu: - Come um desses, ele não é cremoso, então vale um ponto como os outros... ih, o de maracujá, tem aqui embaixo, oba!
Então ouvimos uma voz impaciente.
- Dá licença?
Era uma gorda com uns 30 quilos a mais que a gente, querendo abrir a geladeira e pegar alguma coisa.
- Claro...
Saímos da frente para ela pegar um Mega Trufa de Chocolate Branco.
Não sei se fico com pena ou inveja. Acho que pena, porque o meu de maracujá estava ótimo.



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Quando o papo é comida...
Tenho que confessar que também sou meio descontrol. Meu sonho é engravidar só pra que esses desejos sejam lícitos. Hoje, vendo a minha novelinha, quase babei na cama quando o Tony Ramos pediu ao garçom:
- Eu quero um carpaccio. De carne, com lasquinhas de queijo parmesão em cima.
E garçom arrematou:
- Com rúcula fica ótimo, senhor.
Siiim, eu também estou muito precisada desse carpaccio.



Comments: segunda-feira, fevereiro 24, 2003

Por que as pessoas engordam
Chorona Legal é daquelas gordas que dizem por aí que quase não comem, que não sabem por que engordam, que é tendência da família e todo esse arsenal de bobagens que essa gente sem noção diz. Quero ver se na Etiópia tem família de gordos.
Outro dia, num almoço com o diretor, o cardápio era temático, árabe. Chorona estava descontrol, eufórica! Não parava de repetir que aquela comida era leve, que podia comer tudo sem culpa. Arroz com lentilha, tabule, pasta de grão de bico... desde quando essa explosão de carboidratos é leve, Bial? Tabule parece leve, mas é mais calórico que arroz, pão... e o prato dela de tabule estava bem respetável. Ela comia repetindo que não sabia por que estava gorda. Surreal.
Outros "alimentos" que ela pode comer sem culpa, segundo ela, são as coisas do Mundo Verde. Pára tudo que REALMENTE a mulher pensa que, só porque as coisas são mais naturais, saudáveis, não engordam.
E o sorvetão que ela estava comendo outro dia dizendo que eram "fibras"?



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Onda de violência
É quase uma tsunami...



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Ondas televisivas
À tarde, com a televisão ligada tentando captar alguma notícia sobre as ações de violência no Rio, de repente me deparo com o seguinte texto em um desses programas dramáticos:
"mãe engravidei de um homem de você odeia"
A falta da vírgula me fez ler:
"mãe engravidou de um homem que você odeia"
Fiquei perdidinha. Que eu odeio? Como assim eu odeio? A mãe de quem?
Foi ridículo.



Comments: domingo, fevereiro 23, 2003

Ratos
A família de Rato Morto é sui generis. A prima dele ganhou uma cadelinha e, sem pestanejar, colocou o nome dela de "Presença de Anita". Uma homenagem à minissérie, mas não poderia ser assim simples, como colocar o nome de Anita, por exemplo. Fico imaginando que, se fosse hoje, "Presença" - como é chamada a bichinha pelos mais íntimos - seria batizada de A Casa das Sete Mulheres.



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Desculpem o meu sumiço por três dias. Não, eu não viajei sem avisar, vocês sabem que eu não faço isso... O caso é que eu estava lá fora, ocupada em ser (muito) feliz.



Comments: quinta-feira, fevereiro 20, 2003

Diálogo non sense
Thyrso recebe um maratonista que vai correr com uma camisa com o telefone de doações para o hospital.
Maratonista: - Puxa vida, estou cansado... Cheguei agora no Rio e vim logo para cá...
Thyrso: - Ah... veio correndo.
Maratonista: - Não, vim de carro mesmo.



Comments: quarta-feira, fevereiro 19, 2003

Dodói
Mel passa o Rodo leu em uma revista que os homens pensavam em outras mulheres enquanto transavam. Ficou tensa pensando no namorado, mas achou melhor não mexer naquilo.
O problema é que, dias depois, ela ainda pensava no que tinha lido. Aquilo não saía da cabeça dela, era uma obsessão. Ela TINHA que perguntar se ele pensavam em outras. Mesmo que ele mentisse, ela precisava ouvir que não. Então um dia, numa tarde romântica, o casal feliz caminhando pelo calçadão de Copacabana, ela solta a bomba:
- Lindo, você pensa em outras mulheres quando a gente está transando?
- O quê?
- É, você pensa em outras mulheres?
- Não, Mel... de onde você tirou isso?
- É que eu li numa revista que os homens fazem isso!
- Eu, hein... claro que não.
- Nem na Malu Mader?
- Não, Mel, pelo amor de Deus...
- Então da próxima vez que a gente transar eu quero que você me olhe bem nos olhos, não pode fechar os olhos, hein? E que fique dizendo "Mel, vc é linda, eu te amo, como você é linda, Mel Mel Mel".
- Você está ficando maluca.
Na próxima transa...
Em determinado momento, ele não está olhando pra ela e ela começa:
- Não, não! Você tem que me olhar, nada disso de não me olhar! Lembra daquilo que eu falei!
- Mel, que isso, que droga de revista é essa que você anda lendo?
Amigas doentes...



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Sou um animal sentimental
Me apego facilmente ao que desperta o meu desejo
Tente me obrigar a fazer o que não quero
E você vai logo ver o que acontece
Acho que entendo o que você quis me dizer
Mas existem outras coisas

Consegui meu equilíbrio cortejando a insanidade,
Tudo está perdido mas existem possibilidades,
Tínhamos a idéia, você mudou os planos
Tínhamos um plano, você mudou de idéia

Já passou, já passou - quem sabe outro dia
Antes eu sonhava, agora já não durmo
Quando foi que competimos pela primeira vez?
O que ninguém percebe é o que todo mundo sabe
Não entendo terrorismo, falávamos de amizade

Não estou mais interessado no que sinto
Não acredito em nada além do que duvido
Você espera respostas que eu não tenho
Mas não vou brigar por causa disso
Até penso duas vezes se você quiser ficar
Minha laranjeira verde, porque está tão prateada?
Foi da lua desta noite, do sereno da madrugada
Tenho um sorriso bobo, parecido com soluço
Enquanto o caos segue em frente
Com toda a calma do mundo


Sereníssima - Renato Russo




Comments: terça-feira, fevereiro 18, 2003

Não peça que Papai do Céu pode ouvir
Cristiane Torloni, na primeiríssima cena de Mulheres Apaixonadas, descreve o clássico sentimento da mulher que vive um relacionamento morno:
"Sou feliz sem felicidade. Eu queria me sentir insegura às vezes, chorar um pouco, sofrer, levar uns bons tapas na cara, pra depois fazer as pazes. Minha vida é uma valsa, queria que fosse um bolero."
Entendo, Cristiane, entendo... Cuidado só com o que você está pedindo, porque emoção demais também enche o saco.



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Grande Chefe conta que pediram alguém da Comunicação para participar de um grupo de trabalho.
- Eles fizeram uma recomendação, que fosse alguém "top de linha". Não pude deixar barato: disse que na minha equipe todo mundo é top de linha.
Fato é que a escolhida fui eu.
Além de mega pop e blog star, agora sou top de linha.



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Questão de gosto
O casal de meia idade estava junto há muitos anos. 30 anos, mais precisamente.
Certa noite, em um jantar oferecido a uns amigos, a mulher resolve implicar com o marido porque ele juntava várias comidas no prato que não combinavam (feito maionese com farofa, melancia com coca-cola, caqui com ovo, essas coisas):
- Credo! Que mau gosto!
Ele então resmunga entredentes:
- Há 30 anos eu tenho mau gosto.



Comments: segunda-feira, fevereiro 17, 2003

Mais telefonemas bizarros
- Alô.
- Alô? É da Comunicação?
- Sim...
- Aqui quem está falando é a Enfermeira Padrão, tudo bem?
...
- Sabe o que é? Vocês que estão mais atualizados que eu sobre as mudanças recentes da Língua Portuguesa...
Serviço de Cultura Geral, pois não?
- ... podem me dizer que letras saíram do alfabeto?
Letras? Alfabeto? Saíram letras do alfabeto? Estou terrivelmente desatualizada!
- Olha... infelizmente eu não sei do que você está falando.
- Aquelas letras... tipo Y, W... não saíram do alfabeto?
Ai...meu... Deus.
- Anh... se você está falando das letras K, Y e W... elas não fazem realmente parte do alfabeto em português... mas isso há MUITO tempo.
Todos vocês já aprenderam assim, né?
- Isso, isso... obrigada, era isso que eu queria saber!
Faltou dizer pra ela que cafèzinho perdeu o acento grave e pharmácia já não se escreve mais com ph.



Comments: domingo, fevereiro 16, 2003

Sem querer
Por te querer
Transpiro desejo, te quero demais
Cada vez fica mais

Por querer
Em te querer
Projeto calado teus beijos roubar
Nunca mais devolver

Cada beijo que eu roubei
Fez um bem pra mim
Meu amor, eu te dou dez
Mais um

Dez com louvor
Mais um
Um novo amor
Te dou
Dez com louvor
Mais um
Um novo amor


Dez mais um amor - Música: Ed Motta / Letra: Ronaldo Bastos




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Eu visto 41
Liquidação da Index. Oba! A Index é uma loja no Centro da Cidade de gente mudernosa: vende Adidas, Puma, Triton etc e tal. Adorei o lugar! Tinha uma calça linda da Doc Dog com uns cachorrinhos bordados que era a minha cara. Saquei a 42 e tive uma supresa: ficou larga. Tolos, eu emagreci, apesar de nos últimos dias ter engordado um pouquinho. Então... vamos à 40.... que fica apertada. Maldição! Não rola assim uma 41?



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Eu visto 38
É, na verdade eu visto 38, porque vi uma saia linda na Novamente e a vendedora disse que aquela era a única que eles tinham. O tamanho? 38. Ela disse para eu experimentar assim mesmo, que ela achava que dava em mim. Quá quá quá. Essas mulheres pra trabalhar em loja devem fazer um curso de sadismo, no qual uma das lições é: "Dizer sempre que um número menor cabe na cliente só para ver a cara de frustração dela depois".
Mas não é que cabeu? Trouxe meu mimo 38 pra casa!



Comments: sábado, fevereiro 15, 2003

Mais uma da série "tenho medo de ir trabalhar"
Trim.
- Alô.
- Boa tarde. Estou ligando para saber se vocês têm um laerhaoshwwo oahsjwwjhswpaoak.
- Anh? Como?
- Eu estou ligando... para saber... se vocês têm um jaoiaodjaoaem aidneisaao ueussaak!!
Não era possível. O sujeito começava falando um português perfeito, sem nem sotaque... e depois emendava em uma língua estranha. Totalmente estranha! Porque, por mais que você não fale, percebe quando é uma dessas coisas feito alemão, francês... e não era. Nem japonês, porque japonês eu acho que reconheceria.
- Olha... eu não estou conseguindo entender...
- Não é possivel... eu só quero saber se vocês têm um juauahdpwakak dsuiajhaaiaai...
Olhei desesperada para Suave Veneno à minha frente. Ela olhou de volta com uma expressão inquisitiva e eu apenas estendi o fone para ela. Ela fala...
- Alô.... ah, sim... pois não... não... OK, então, obrigada.
Apavorei. Se Suave tinha entendido o que o cara tinha dito, então, será que havia algo errado comigo? Tive medo que ela começasse a falar comigo em uma língua estranha. Que, de repente, eu não conseguisse mais entender ninguém!!!
- Suave, você entendeu o que ele disse?
- Eu não! Mas fui educada e desliguei o telefone.
Graças a Deus.



Comments: sexta-feira, fevereiro 14, 2003

Da série "musiquinha romântica do dia"

Oi, quanta saudade!
Tua voz é a melhor coisa da cidade
Oi, tudo bem
Oi, estava esperando
Pra contar que sonhei com você me ninando
Oi, foi demais...foi...

É tão bom ter alguém que te telefone
Só pra saber como foi o dia
É uma luz, é uma coisa que não tem nome
É minha paz, minha alegria
Oi, vê se vem pois...

Eu preciso de você do meu lado
Bem melhor quando você
Está por perto, perto...


Você por perto - Jair Oliveira

Que foi, galera? Pelo menos dessa vez não é Ivan Lins...



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Ninguém nunca me dá nada!
Pobre Rato Morto. Vindo diretamente da Zosslávia, reino agregado da Comunicação no qual ele trabalha, ele passou a cobiçar a profusão de brindes de início do ano que ostentávamos em nossas mesas.
Bloquinhos, canetas, bolinhas anti-stress, porta-bilhetes, calendários...
Verdadeiros tesouros que não chegam até ele.
- Ninguém nunca me dá nada...
Diante do choro, resolvi catar a primeira coisa em minha mesa que eu tivesse que pudesse dar.
Vejamos...
Porta-papel... Mônica... caneca...pokemón... porta-lápis... bonequinho do Mister M... pin do Outback...
Pin do Outback. Há brinde mais idiota e mais cobiçado que pin? Não. Dei o mimo pra ele. O rapaz ficou comovido, mas disse que o mais legal do presente era a embalagem, uma coisa de papelão simples. Tá. Se ele ficou feliz...
Então, logo depois disso, abri a gaveta e me deparei com um mouse pad da Globo.com.
Um mouse pad horrível, que travou o meu mouse. Não tive dúvidas, repassei para o Rato.
Aí ele ficou MUITO FELIZ.
- Um mouse pad... um mouse pad lindo...
Melhor que isso, só um pêlo do Lobo.



Comments: quinta-feira, fevereiro 13, 2003

Silviço
A revista Criativa deste mês vem com um anexo chamado Guia de Manicure: Todos os segredos das profissionais para cuidar das unhas em casa!. Sintam só um dos "segredinhos":

Como manter o esmalte bonito por mais tempo
Todo o cuidado é pouco quando for abrir latas e vasilhas


Não! Jura, Pedro Bó?




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Frase no elevador

"Está 41 graus na Praça... é uma vergonha isso!"

É mesmo... as autoridades precisavam tomar alguma providência contra esse calor. Um fax pra São Pedro, sei lá...



Comments: quarta-feira, fevereiro 12, 2003

Veneno
O Rei Momo e a Rainha do Carnaval 2003 foram doar sangue hoje lá no Hospital. Para fazer um barulho na imprensa e incentivar as pessoas a fazerem o mesmo (doações, não barulho, até porque no Hospital não pode barulho). Foram alguns dias de negociações com a RioTur para conseguirmos levá-los até lá. Então, chegado o grande dia, eis que Thyrso choca-se com um obstáculo quase intransponível, uma fortaleza inexpugnável... a funcionária pública. A velhinha estava lá, sentada no seu posto, obviamente, sem querer ser importunada por ninguém que lhe desse trabalho de qualquer espécie. Ao olhar a trupe, ela já reagiu:
- Ihhhh, vocês chegaram muito cedo... ainda não tem ninguém aqui.
Thyrso contemporiza:
- Ah, sim... bom... mas enquanto isso, vamos preencher a fichinha de doação, então...
- Ihhhhhhhh, mas a recepcionista que faz isso não veio hoje.
Thyso sorri amarelo.
- Anh... e quando ela não vem, quem preenche a ficha?
A velhinha, com um muxoxo.
- Eu.
...
- Carteira de identidade, por favor.
Sua Majestade o Momo, que nao deve ser assim muito esperto, não levou documento.
- Ihhhhhhhhhhhhhhhhhhhh, não vai poder doar, não.
Thyrso sua frio. Imprensa convidada, o circo todo armado... e o cara não vai poder doar por causa do documento?
- Ah, mas deixa ele doar assim mesmo, depois a gente pega do documento dele com a RioTur (RioTur, entendeu? Ele é importante).
- Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh, não, eu só cumpro ordens, sem documento, sem doação.
Ai, meus sais. Thyrso consegue a proeza finalmente depois de falar com o chefe máximo da Hemoterapia, que chegou dizendo "ele doa sim". Então tá.
Mais tarde, ele conta essa história na sala. Arremata dizendo que o tal chefe salvador lamenta a presença da funcionária indolente, mas não pode despedi-la porque ela é funcionária pública.
LuIcia dispara:
- Então, dá um veneno para ela.
!!!
- Veneno?
- É, não pode demitir, dá um veneno.
Ah, bom.



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Thyrso e a Rainha do Carnaval
Angel Mix, namorada de Thyrso, liga para a Comunicação procurando por ele. LuIcia diz:
- Ele não está..
- Ah, é! Ele está lá na visita do Rei Momo, né?
- É... e da Rainha do Carnaval tb!
- Ah, a gorda tb veio?
Gorda? A mulher tem o maior corpão.... mas deixem a pobre Angel pensar assim. O que os olhos não vêem...




Comments: terça-feira, fevereiro 11, 2003

Chiquinha: - Chaves, quer brincar de casinha comigo?
Chaves: - Não!
Chiquinha: - Nem se tiver comida?
Chaves: - Não.
Chiquinha: - Que pena, eu ia dar um sanduíche de presunto para a minha boneca e pensei que talvez você quisesse um pouco.
(Chaves olha hipnotizado para o sanduíche.)
Chiquinha: - Você quer?
Chaves: - Você vai me dar?
Chiquinha: - Primeiro me diga se você quer.
Chaves: - Como é que eu vou dizer se eu quero se você não diz se vai me dar?
Chiquinha: - E como é que eu vou dizer se vou dar se não sei se você quer?
Chaves: - É que eu sempre digo "quero" e você diz "então compra".
Chiquinha: - Chaves, você quer o sanduíche, sim ou não?
Chaves: - Não!
Chiquinha: - Ah, que pena, porque estava pensando em lhe dar...
Chaves: - Quero!
Chiquinha: - Então compra!
...
Chiquinha: - Tá bom, Chaves, eu lhe dou metade do meu sanduíche com uma condição.
Chaves: - Qual?
Chiquinha: - Que se case comigo.



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Urubu
Boneca de Pano entrou na minha sala ontem e perguntou se eu já tinha ido ao médico ver o lance da minha voz, ou melhor, da minha falta de voz, já que desde sábado estou afônica (ou disfônica, como escreveu o médico):
- Fernanda, você está se alimentando direito? Olha que com essa coisa de emagrecer você deve estar deixando de comer... você está pálida, abatida, assim uma virose se instala e...
Cruzes! Vira essa boca pra lá!
Senti-me à beira da morte e nem fui trabalhar hoje.



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Por que eu amo o meu pai
Acordei com crise de laringite. Naturalmente, não queria comer nada. De repente, meu pai chega da rua cantarolando...
- Jingo Bells, jingo bells... já chegou o natal!
Anh?
Era ele com um panetone pra mim.
Ho ho ho. Como eu fico feliz com comida!



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Por que eu amo a Sassá
Quando chega a hora dela dormir, aquela mesma hora todos os dias, é sagrado: ela não quer saber de mais nada, vai para a sua casinha, deita em sua almofada e fica esperando alguém dar a comida. Ou, se estiver mais afoita, chora e reclama mesmo o rango. Mas ontem a bichinha não correu para o seu canto. Do meu quarto, escutei meu pai falando:
- Vem, Samantha... vamos dormir. ... Samantha? Onde você vai?
Então ela entra correndo no meu quarto, pula em cima da cama e encosta a cabeça na minha barriga. Comer e dormir não estava sendo tão importante assim.
Linda, ela sempre percebe quando eu estou doente...



Comments: segunda-feira, fevereiro 10, 2003

A internet parece TV a cabo: tantas opções, nada que preste.



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Cerimônia do chá
O casal chega à pizzaria. Ela senta-se serelepe. Ele um pouco mais contido.
Ela pega o cardápio e despeja, com uma voz cantada:
- Ahhhh, acho que vou querer um chá!
Um chá? Eles tinham acabado de chegar... O rapaz apenas desviou o olhar do cardápio, olhou para ela, e voltou a olhar o cardápio em seguida.
Chega o garçom.
- Já escolheram bebida?
- Ah, sim! Eu quero um chá, por favor.
O garçom olha com uma expressão atordoada.
- Chá? Mas agora ou depois?
- Uéeeee... agora! Você recomenda depois?
Não, anta, não é que ele recomende depois, é que chá se toma no fim de tudo. É assim que as coisas são, nao subverta a ordem natural delas.
- Não.. tudo bem...
- Você tem chá de que?
- Temos camomila, limão e preto.
Algo parece processar-se no cérebro (sic) da criatura.
- Camomila... limão... preto...
loading...
- Peraí... o chá aqui é quente?
!!!
- Sim...
- Ahh...
- Anhnn... então a senhora queria um chá gelado? Ice Tea?
- Éeeeee! Tem?
- Tem, sim...
- De quê?
- Pêssego, limão...
- Ah, então eu vou querer uma água mineral.
E o namorado (noivo? marido? infeliz da vez?) lá, impassível...



Comments:

Vieste a hora e a tempo
Soltando meus barcos
E velas ao vento
Vieste me dando o alento
Me olhando por dentro
Velando por mim
Vieste de olhos fechados
Num dia marcado
Sagrado pra mim
Vieste com a cara e a coragem
Com malas, viagens
Pra dentro de mim
Meu amor...


Ai, ai... ultimamente estou tão Ivan Lins...




Comments: domingo, fevereiro 09, 2003

Parabéns pra vc chocho (a pedidos)
Pessoas que a vida trata bem jantam em um restaurante italiano no Leblon. Notem bem estas 4 palavras. Restaurante. Italiano. No. Leblon. Entenderam? Significa que, por mais que me tenham dito, antes de ir para lá, que não era um lugar caro, o cafofo era chique. Porque mesmo os lugares baratos num bairro assim não custam menos de 40 reais por pessoa e não são menos elegantes que o mais picão da Tijuca.
Esclarecido isso...
A mesa em frente é abordada por um garçom, que traz uma delicada e minúscula sobremesa com uma vela em cima. Eu penso:
"Sim, é aniversário de alguém! Vai começar aquela batucada, pessoas gritando, urrando, girando e dançando o ' parabéns para você', alucinadamente, como loucas... "
Então, aquele grupo muito educado entoa um canto simples, quase imperceptível.
- Parabéns pra você. Nesta data querida. Muitas felicidades. Muitos anos de vida... ê.
Chocho.
Cadê a batucada? A barulhada infernal? E aquela sobremesa? Onde está a torta de chocolate gigante produzida em escala industrial com várias velas em cima?
Não há nada disso. Quem nasceu pra repolho, nunca chega a couve-flor mesmo.



Comments:

Já me apaixonei
Pela nova novela das 8, antes mesmo dela começar.
É Manoel Carlos e tem José Mayer. Precisa de mais alguma coisa?




Comments: sábado, fevereiro 08, 2003

Socorro, estou virando um blogueira freak. Entrei em crise de abstinência no restaurante na hora do almoço e implorei por um pedaço de papel e uma caneta para escrever as cinco ou seis idéias de posts que borbulharam na minha cabeça totalmente fora de hora. Preciso parar com isso... e andar com a minha própria caneta e papel para anotar tudo! Descontrol!!!



Comments:

Criados indolentes
17h. Após duas horas na churrascaria, cinco pessoas dopadas de sono esperam ansiosamente o estacioneiro aparecer com o carro para que púdessemos rumar para casa. Aliás, naquele momento, tudo que elas queriam era, pelo menos, sentar-se novamente. Cinco, dez, quinze minutos e nada... todos recostados uns nos outros, quase entrando em transe, quando aparece o tiozinho manobrista, meio esbaforido, e pergunta ao Cunhado sem Loção:
- Qual a placa do seu carro mesmo?
Cunhado olha com cara de ratos mortos e responde:
- Estava no papel que eu te dei.
O papel do estacionamento. Se vira aí pra achar o carro, se você perdeu o papel, adivinhe o número da placa.
Um brilho estranho nos olhos insanos do Cunhado fez com que o cara recitasse a placa no minuto seguinte e aparecesse rapidamente com o trambolhinho.



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Deus salve os taxistas
Eu, como uma mulher independente-que-trabalha-mas-não-quer-dirigir-e-não-tem-namorado-com-carro, tenho que me deslocar por aí de táxi. Normal, mas procuro não pensar que, de fato, é perigoso ficar andando por aí sozinha pela madrugada afora. Rezo antes de sair de casa e entrego pra Deus.
Fiquei comovida ontem com o motorista que me deixou aqui, às 4h40 da manhã. Ele ficou esperando até que o porteiro abrisse a porta e eu tivesse entrado para, aí sim, arrancar com o carro.
Bacana. Se o meu pensamento é forte como dizem, esse homem vai ter muita sorte na vida daqui pra frente.



Comments: sexta-feira, fevereiro 07, 2003

Ele é o bom, é o bom demais
O Médico das Estrelas baixou em nossa sala, vaporoso como sempre. Após o "bom dia" necessário à boa educação, voltei ao que estava fazendo, olhos fixos no monitor, para que ele não puxasse papo. Pinky deu mole e foi abordada pelo Médico:
- Oi, tudo bem? Você vai à festa da novela?
Pobre Pinky.
- Anh... festa? Novela? Quem sou? Onde estou? É bonito aqui?
- É! De lançamento da nova novela das 20h, Mulheres Apaixonadas.
Por que ela iria?
- Não, eu não vou. E você?
- Ah, eu também não vou, não. Sabe como é, essas festas são uma chatice. A festa não é para nós, que somos convidados, e sim para a Imprensa.
...
Ele continua:
- Os atores detestam. A Carolina (Dieckmann) é a que mais reclama, porque o marido dela não gosta.
Nossa, como o Médico das Estrelas é bem relacionado! Ele é convidado pras festas! Ele conhece os atores! Ah, so sexy!
Ora, faça-me o favor.



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Fofos
Quando cheguei ao trabalho, tinha um e-mail do Thyrso:
"Dá uma olhada nesses filhotes", com um link para a página do Mercado Livre que vende cachorros.

Ele certamente não esperava que, com isso, eu fosse passar O DIA TODO vendo 170 filhotes de cachorro. Um por um.



Comments: quinta-feira, fevereiro 06, 2003

Feliz aniversário
Ultimamente, ando pesadelando muito. Essa noite, pesadelei que todos tinham esquecido o meu aniversário, inclusive meus pais. O dia em que meus pais esquecerem meu aniversário será o fim da feira.
Eu tinha acordado pra vir trabalhar e eles estavam lá, levando uma vida normal. Ninguém lembrou. De repente, toca a campainha e era o JMonstro e o Beto, os únicos que lembraram. Tinham ido cedo à minha casa (isso sim é estranho), porque não poderiam ir à noite. Minha mãe achou esquisito eles lá tão cedo e perguntou o que estava acontecendo, até que viu os presentes e realizou que era meu aniversário.
Mais tarde, ela liga pro meu trabalho (onde, de forma humilhante, só Pinky tinha se lembrado) e pergunta o que eu queria pra de noite, pro bolinho que a gente sempre faz no dia. Eu vociferei:
- Ô, mãe, deixa de ser cara-de-pau! Esquece meu aniversário e agora quer me conquistar com essas comidas!
Ah, desaforo.



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Dons
Papai do Céu quando me fez colocou vários talentos, que eu sou uma pessoa muito dadivosa. Mas esqueceu de um: o dom da oratória. Acho que Ele pensou que eu não fosse precisar. Bom, ao menos eu sou normal. De acordo com estudos feitos em Massachussets Texas Ohio o segundo medo das pessoas é a morte. O primeiro é falar em público. Significa que as pessoas preferem morrer que falar em público.
Estava para morrer de ter que apresentar a ouvidoria à diretoria do hospital. Mas lá fui eu, com meu vestido tigrão especial para solenidades/inaugurações/cerimônias de posse/congressos/formaturas. Ao final da apresentação, constatei... MATEI A PAU. O poder, a glória. Elogios, felicitações no final. Ah, o doce gosto do sucesso. OK, mas eu não quero mais brincar disso não, tá?
Tá, pícara sonhadora. Desde quando você escolhe do que vai brincar no trabalho? Semana que vem, estarei fazendo a mesma apresentação a um grupo mais importante, e, conseqüentemente, mais chato: a diretoria de todo o instituto.
Vou te contar, viu? Eu coloquei purgante no vinho da Santa Ceia.



Comments: quarta-feira, fevereiro 05, 2003

Ligação de doido
Cara... depois vcs me perguntam por que eu sou assim...
Tarde que não passa. O telefone toca e eu atendo pra distrair.
- Alô.
- Alooow! Booooooa tarde!
- Anh... Boa tarde.
- Éeeeeeeeeeeeeeeeee.... anhhhnnnnnnnnnnnnnnn.... éeeeeeeeeeeeeeeeeeee....................
Segundos intermináveis.
- É que.... ai meu Deus... e agora, que eu esqueci? É que a Fernanda... a Fernanda... deixou um recado....a Fernanda...
Eu já chocada. Aquela louca parecia estar querendo alguma coisa comigo!
- Fernanda sou eu.
- AAAAHHH! Então! Então é com você mesma! Eu sabia! Sabia que tinha tomado chá de carqueja, não de queijo!
Daqui a pouco eu vou ter medo de ir trabalhar, sério.



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Várias notas de 10
Fui eu toda pimpona ao banco tirar o dinheiro que devia ao meu pai. 100 reais. Mas eu estava feliz. Afinal, iria tirar todo aquele dinheiro e estava cagando pro que a máquina ia cuspir. Podia mandar um notão de 100 na minha mão que eu estaria satisfeita. Não era mesmo para mim (quem está me chamando de egoísta aí?).
Digitei lá. 100 reais. Espalmei as mãos para receber o dinheiro. A máquina trabalha, trabalha... e lança 10 NOTAS DE 10.
Argh! Nem uma nota de 50!
Quase fiquei com o dinheiro e tirei outro para o meu pai, só para aproveitar a raridade.
Pensando bem, deveria ter feito mesmo isso.



Comments: terça-feira, fevereiro 04, 2003


Tudo de bom que você me fizer
Faz minha rima ficar mais rara
O que você faz me ajuda a cantar
Põe um sorriso na minha cara

Meu amor, você me dá sorte
Meu amor, você me dá sorte
Meu amor, você me dá sorte na vida

Quando te vejo não saio do tom
Mas meu desejo já se repara
Me dá um beijo com tudo de bom
E acende a noite na Guanabara

Meu amor, você me dá sorte
Meu amor, você me dá sorte
Meu amor, você me dá sorte de cara


Sorte - Celso Fonseca/Ronaldo Bastos/Carlos Coutinho



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Banho de espuma, é muito legal
Ah! Nada como o banho que acabei de tomar com o super sabonete líquido de pitanga que ganhei de Natal da Grande Chefe. Ótima idéia dela dar isso de presente, só não superou a caixa de bombons da Kopenhangen que eu dei para ela. Agora... junto com esse sabonete, vieram uns sais de banho. Pergunto... o que eu vou fazer com essa merda? Não tenho banheira em casa. Em motel eu não entro porque é pecado. Então... o que eu faço com isso (sejam educados)? Depois ainda me perguntam porque eu reciclo presentes. Está pedindo para ser reciclado, até a embalagem eu guardei.



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Memórias de Papai Joselito
Quando eu tinha uns 10 anos, lançaram o meu sonho de consumo. O Snifão. Para a galera de menos de 20 anos, explica-se: era um cachorro de pano, e-lor-me. Cobicei aquilo durante todo um ano e no Natal (estou tão natalina hoje) eu SABIA que ia ganhar um. Era a única coisa que eu queria.
No Natal, pois, chega o grande momentum da entrega de presentes. A nossa festa, na minha infância, era feita com a família toda reunida, tios, primos... Estavam lá todas as caixas juntas, em volta da árvore, e eu já tinha fuçado e descoberto uma que era a do Snifão. Era típica pelo formato e tamanho.
Só havia uma caixa. Só uma pessoa iria ganhar o Snifão. E essa pessoa era eu.
Só que aí... de repente, não mais que de repente... minha tia saca a tal caixa e entrega para a MINHA PRIMA. Não! Não havia outro. Era impossível, mas eu ia ficar sem o meu cão...
Já estava quase calculando quantos dólares eu iria gastar em análise dali a 10 anos, quando meu pai aparece, todo sorridente, puxando uma guia com uma coleira. Na coleira, o snifão. O meu, que estava escondido em algum lugar da casa.
Jooooo...
Somente no ano passado, 16 anos depois, minha mãe me contou que, naquele ano, rolou um efeito turboman com o Snifão e o troço sumiu das prateleiras. Meus pais foram ouviram falar que tinha um em Nova Iguaçu, e perderam a formatura da afilhada por terem ido esbaforidos lá pegar antes que acabasse.
Ou seja, quase que REALMENTE eu viro uma maníaca depressiva para sempre pelo trauma.



Comments: segunda-feira, fevereiro 03, 2003

La ra ri ra ri
Cheguei hoje no trabalho num bom humor insuportável. Todos estavam com as caras habituais de segunda-feira. Pinky, Thyrso, Dançadinha, todos reunidos cabisbaixos. E eu entrei na sala que nem uma pluma. Como tantas vezes Pinky fez e eu quis matá-la.
- Bom dia, gente!
As respostas foram os susurros ininteligíveis habituais de segunda de manhã.
Mas eu não iria me deixar abater tão fácil.
- De novo... BOOOOM DIA, GENTE! Tudo beeem? Vejam como o dia está lindo, o sol brilha, pássaros cantam...
Thyrso me olhou em pânico.
- Ih, Fernanda assim... numa segunda??? Tem alguma coisa estranha...
Ele tem toda a razão. Protejam-se! Eu de bom humor posso ser muito pior! Reparem só na quantidade de posts de hoje.



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Medo
Hoje tive um pesadelo horrível. Eu estava em casa, quieta, no sossego do meu lar... quando me aparece a minha cabeleireira. DENTRO DA MINHA CASA, do nada. Aparece pelo espelho, feito um fantasma coisa-ruim. Ela diz:
- Nossa, Fernanda, o seu cabelo está hor-rí-vel! Mal cuidado! Precisa dar um corte! Deixa eu cortar!
Ficou acertado que ela ia apenas aparar as pontas... Tola... quando ela terminou... o meu cabelo estava curto e todo espetado! Eu fiquei apavorada olhando no espelho, sem acreditar que eu mesma tinha deixado ela fazer aquilo.

Eu, hein. Mas acho que já sei o que é. Devo estar cismada porque há um ano e 4 meses eu não piso no salão pra fazer nada no cabelo. Nenhuma mulher normal faz isso. Bom... eu não sou muito normal, mesmo.



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O maior pão
Noiva do Quevedo fez aniversário. Ela foi toda pimpona na loja comprar sanduíche a metro e perguntou para o pãozeiro:
- Moço, quanto está um sanduíche de 50 m?
!!!
- Anh... 50m??? Pra quantas pessoas é?
Não sei o que é pior: a lesação da Noiva de pedir um pão de 50m ou a do cara de ter acreditado nela...



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Ecologicamente correta
Eu tenho uma compulsão. Eu, Fernanda, 26 anos, tenho uma compulsão e confesso. Reciclar presentes. É mais forte do que eu. Recebo um presente de que não gosto e pronto, já vou logo pensando em guardá-lo para alguma ocasião em que tenha que presentear alguém. No fundo, me sinto fazendo o bem para a pessoa que me deu, porque a tranqueira sem a menor utilidade será útil, afinal, em alguma data vindoura. Essas coisas que eu tenho guardadas já me salvaram muitas vezes de chegar de mãos abanando em aniversários. É bonito ganhar uma coisa e, dois anos depois, descobrir que ela será o presente novo de alguém. É comovente.
Quem recebe presente meu tem que desconfiar. Quem me dá presente, também.
Eu reciclo.



Comments: domingo, fevereiro 02, 2003

Família Joselita
A conversa era sobre um amigo meu que atualmente mora no Japão. Falávamos do nível de vida do povo lá, eu discorria um pouco sobre a facilidade que eles têm, de comprar coisas, adquirir serviços (isso sempre me impressiona). Meu tio disse que lá eles ganham bem, ao que minha tia ponderou:
- É... mas o serviço que os estrangeiros fazem lá são coisas que os japoneses mesmo não fazem.
Como se o que ela disse tivesse feito todo o sentido, meu tio exclamou:
- Mas isso é claro!
Houve um silêncio na mesa, para que ele explicasse por que concordou tão efusivamente.
- Claro! Mas isso em todo o lugar! O serviço que eu faço, por exemplo, você não faz.
...
- Ué, por quê?
- Porque, se eu já fiz, já está feito, pra que você vai fazer? ha ha ha
Titio Joselito.



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Carma
Meu destino é conviver com gente enrolada. Quando eu nasci, Alah pendurou no meu pescoço a sentença da minha vida: "Fernanda, virginiana com ascendente e lua em câncer, futura jornalista, blogueira. Conviverá com pessoas enroladas por toda a eternidade".
Que sorte triste a minha.
Ontem, Matriz. Ligo à tarde para Minnie Nome Triplo para combinar o horário. Ela diz que vai chegar lá às 22h40, cedíssimo, pra conseguir pegar um lugar para sentar, porque estava resfriada. Adorei, não gosto de sair de casa tarde.
Por que só eu, em todo o mundo, levo a sério os horários que eu marco?
Porque na sentença de Alah, também tinha: "Serás a única pessoa pontual do universo".
Calculei nos mínimos detalhes o horário em que eu deveria começar a me arrumar para estar lá às 22h40. Só para garantir, pedi que Minnie me ligasse quando estivesse saindo, o que deveria ser umas 22h.
Às 23h30, ela ainda estava em casa, na Ilha, a 40 minutos da Matriz.
- Fê, sabe o que é? É que eu ainda estou aqui esperando que um amigo meu chegue para que todos possam sair juntos.
Esse povo nasceu grudado???
Se eu não fosse mega pop e tivesse outra companhia (melhor) pra Matriz, teria até desistido de sair de casa.



Comments: sábado, fevereiro 01, 2003

Irrelevante
Ontem cheguei às seis da manhã em casa. Estou dizendo isso porque pra mim não é comum. Tá, eu sei que vocês, os reis da noite, chegam de manhã todo final de semana, mas eu não, então aturem a minha historinha. Cheguei às 6 da manhã. Como eu tinha trabalhado o dia inteiro e faltavam apenas duas horas para eu completar um 24h acordada, eu estava MUITO cansada. E tinha bebido um pouquinho... aí, cheguei, tirei a sandália, fiz carinho na Sassá e avistei a minha cama. Tão linda, me chamando... Tinha um monte de coisas em cima dela, mal tinha espaço para eu deitar, obviamente ainda não estava arrumada... então eu deitei "só um pouquinho", ainda com a roupa com que saí, com as lentes de contato, cordões, brincos, sem escovar os dentes (bleh).
Acordei às 7h45 com o meu despertador, que eu tinha esquecido (lógico) de desativar, tocando. Uma música velha do Ace of Base (!!!). O sol que entrava pela janela e batia nas minhas pernas também me incomodava. Levantei, desliguei o som e - juro - não entendi nada. Fiquei de pé, olhando em volta feito boba, tentando compreender por que diabos aquela música estava tocando. Eu tinha esquecido de que não tinha dormido da forma convencional. De repente olhei a cama e pra mim mesma e vi que estava com a roupa que saí. "Merda! Estou de lente, meus olhos vão colar, não escovei os dentes, meus dentes vão cair! Esqueci de tomar o remédio, vou morrer de crise de rinite! Dormi a noite toda assim!".
Noite? Que noite? Desmaiei só por 1h45. Esqueci também que cheguei às 6h. Esqueci tudo.

Solidão? Está brincando, né? Eu não disse que era mega power pop? Ninguém acreditou.



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Money, dinheiro
Fim de expediente. Hora de ir ao banco tirar a fortuna para o fim de semana. Como eu sou mais esperta que a maioria dos ursos, tiro meu dinheirinho de 40 em 40 reais. Por quê? Porque, tolos... se eu tirar mais que isso, vem uma NOTA DE 50. E ter uma nota dessas é quase como não ter nada. Ninguém quer. Ninguém troca. Ao estendê-la para pagar qualquer coisa, até mesmo se for 49 reais, as pessoas olham para você com desprezo, como se você fosse o último dos párias. A escória da humanidade. Pertencente ao vale dos leprosos.
Então, eu tiro meu dinheiro de 40 em 40 reais, só que agora... há outra nota maldita. A NOTA DE 20 REAIS.
Eles não vão parar nunca mais? Saco esse país que toda hora inventa uma moeda, uma nota... legal mesmo é o dinheiro do Iraque, com a cara do Saddam Hussein estampada.



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Fernanda Rena, jornalista, 35 anos

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