sexta-feira, janeiro 31, 2003
Achei uma tarefa ótima pras minhas tardes transitivas de ócio: limpar mouse. Como eu NUNCA tinha feito isso em mais ou menos dois anos de uso do bichinho, vocês podem imaginar o quanto foi divertido. Tinha cabelo enrolado na bolinha, poeira, sujeira. Se eu demorasse mais uns três dias, encontrava um rato morto lá dentro.
Se bem que hoje eu trabalhei, ao menos na parte da tarde. Estou estafada, desacostumei dessa vida.
Por isso... dose dupla de Casa da Matriz hoje e amanhã para purgar toda essa intensa atividade laboral.
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Eu ainda te procuro
No claro, no escuro
Nos lugares seguros ou não
Eu ainda te procuro
Com olhos de águia
Com o faro agudo de cão
Eu ainda te procuro
De uma forma sobre - humana
Nas cartas da cigana
Ainda estás nas minhas mãos
E uma chance dessas não se perde assim
Já é hora de eu gostar mais de mim
Eu ainda te procuro
Porque és a minha cara
Um bem que não cortei pela raiz
Eu ainda te procuro
Pelo amor, pelo futuro
Me recuso a desistir de ser feliz.
Ainda Te Procuro - Ivan Lins
A vantagem de ser uma pessoa FM é quase diariamente descobrir uma música linda vagando por aí sem destino.
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quinta-feira, janeiro 30, 2003
Brincadeira de criança
Esse povo do meu trabalho está se superando. Hoje, quando cheguei, tinha uma camisinha com um líquido (!!!) dentro, um nozinho e tudo... em cima do meu teclado, cuidadosamente colocada sobre uma folha de papel ofício, até para que eu pudesse retirá-la dali com facilidade. Fiquei olhando estupefacta e, depois gentilmente perguntei:
- Que merda é essa?
E os meninos, lá, rindo. Eles pegaram uma camisinha, encheram com alguma coisa suspeita e deixaram lá, só para ver a minha reação quando chegasse. Ai, essas crianças... Amanhã, eles vão colocar uma na sala do Rato Morto, e, depois de amanhã, quem sabe do que serão capazes...
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Tá todo mundo louco, oba!
Trabalhar no andar da psiquiatria de um hospital de câncer é dose pra mamute. Pensem numa pessoa com câncer. Agora pensem numa pessoa com câncer E com problemas mentais. Derrota total. Até hoje, essa localização geográfica da minha sala não havia rendido nada. Os louquinhos estavam lá, sentadinhos, controlados, esperando a consulta enquanto eu passava, e pronto. Mas hoje não... estava eu me dirigindo para um dia super-excitante de trabalho, quando, ao passar pela Psiquiatria, um sujeito pergunta:
- É difícil conseguir uma bolsa igual a sua?
Como assim, Piral, quer dizer, como assim, Bial? Não, é só ir na loja comprar. Quer dizer, pra mim foi difícil porque, pra comprá-la, eu tenho que trabalhar de 9 às 18h, no andar da psiquiatria de um hospital de câncer cheio de loucos disfarçados de gente normal, muito piores que você. Aliás, lotado de gente chata, também, o que é mais horrendo que todos os loucos do mundo juntos.
Bah. Limitei-me a continuar andando. O que se pode esperar da evolução do tratamento de uma pessoa num setor cuja chefe há muito se contaminou com a maluquice e fica cantando ópera pelos corredores?
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quarta-feira, janeiro 29, 2003
Vai um suquinho de laranja?
Dançadinha, em uma dessas tardes modorrentas de janeiro, recebe uma ligação.
Dançadinha: - Alô, Comunicação.
Pessoa Estranha: - Alô, é o Dançadinha?
Dançadinha: - É.
Pessoa Estranha: - Aqui é a Louca da Triagem.
Oh, não, a Louca! Salve-se quem puder, run for you life! Mulheres, crianças e Dançadinha primeiro!
Dançadinha: - Ah... oi, Louca, tudo bem.
Louca: - Tudo. Sabe, estou ligando porque a gente teve uma idéia aqui...
O rosto de Dançadinha adquire subitamente uma cor arroxeada. Uma idéia. A Louca teve um idéia. Por que ninguém teve a idéia de colocá-la numa camisa de força?
A Louca estava falando:
- Por que vocês não fazem um concurso de peças de teatro?
Por quê???
Dançadinha: - Anh... um concurso?
Louca: - É! A gente queria fazer uma peça ... mas, sabe... ninguém tem tempo de organizar... cada um tem as suas funções aqui.
E você deve estar coçando aí, ela só pode ter pensado.
Dançadinha: - Mas, Louca...
Ela não ouve:
Louca: - Vocês podiam chamar um diretor de teatro para ajudar! Para nos dirigir!
Ele merece. Deve ter atirado a primeira pedra em alguma mulher adúltera.
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A pior da semana
Thyrso também atendeu um telefonema bizarro. No caso dele, de uma das chefes do hospital:
- Eu recebi um e-mail de uma moça... dizendo que é estagiária nova de vocês. Ela pede no e-mail para mandar um material para ela ... só que ela não diz qual o e-mail dela! Como eu vou responder se não sei o e-mail dela???
Thyrso mantém a calma.
- Dá um reply que vai para o endereço dela.
Oh, admirável mundo novo do e-mail!
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Silêncio. Estou blogando.
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Deixe estar, vai passar
Com sorte, tudo, tudo vai ser breve
Essa angústia no seu peito
E no meio
Essa falta ardendo em minha pele
Porque nós dois nos cruzamos com pressa demais
E foi tudo intenso e veloz
Nos amamos, meu bem, só que em pistas opostas
E tão sós
Deixe estar, vai sarar
Com sorte, quase sem deixar saudades
O repente do mergulho
Bem no meio
Da represa da felicidade
Mas se você resistir, e teimar e fugir
Não se assuste se tudo enguiçar
A engrenagem do amor pode ser traiçoeira
E vingar
(Deixe Estar - Marina Lima e Antonio Cícero)
Passa... não passa? Tudo passa... até a uva passa. Oh oh oh, que piada sensacional. Estou hilariante hoje.
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segunda-feira, janeiro 27, 2003
Que merda
Mel passa o Rodo tem um problema. Mel passa o Rodo só sai de casa se tomar banho. E lavar a cabeça.
Mas um dia ia faltar água no prédio dela e sua mamãe joselita não a avisou disso. Esperou estar quase na hora dela sair para dizer calmamente:
- Ah, sim, está faltando água.
- O QUEEEEEEEÊ??
Mel passou umas três horas gritando impropérios para a mãe, que, a esta altura, já tinha medo de que ela, no seu furor uterino, demolisse a casa. Mas Mel usou suas energias e força da sua fúria para encher, com muita dificuldade, gota por gota, um balde com um restinho de água que tinha sobrado. Ela deixou o balde no banheiro e foi até o quarto pegar a roupa para tomar o bendito banho.
Mas eis que... ao estar no quarto remexendo seu armário em busca do que vestir... Mel ouve um som peculiar de água caindo no banheiro: tcháaaaaa!
Ela sentiu um arrepio percorrer a base da sua espinha e gritou, apavorada:
- QUE BARULHO FOI ESSE?!
E, ao chegar no banheiro, a constatação: o irmão adolescente, que nem tem muito o hábito de puxar a descarga, mesmo quando faz o número dois, deve ter achado bacana aquela balde ali, tão à mão, e chóó, tacou toda a água conseguida com tanto esforço, a última água da casa... na privada.
- Nãaaaaaao! Que droga! Nem quando tem água você puxa a descarga, estou cansada de ver a sua merda, e logo hoje você resolve que tem que usar a minha água?!
O rapaz, acuado:
- Era sua? E-eu não sabia!
Mel anda como louca pela casa:
- E agora? E agora? Como vou fazer para tomar o meu banho? Não vou poder sair de casa, EU PRECISO TOMAR BANHO! Você vai ter que comprar tudo em água mineral, vai lá buscar!
Ela estava fora de si. Quando recuperou o controle, realizou que o irmão não ia buscar água coisa nenhuma e que ela ia ter que se virar de algum jeito.
Então ela pegou a roupa, escova, shampoo, fez uma malinha, rumou para o motel mais próximo e pagou 25 reais para tomar banho.
Agora vejam... se uma pessoa é vista saindo do motel e conta essa história, ninguém acredita, né? Seria melhor mentir.
A realidade é muito mais estranha.
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domingo, janeiro 26, 2003
A requisitada
Outro dia, a minha irmã me ligou e, ao mesmo tempo, tocou o celular e o ICQ piscava freneticamente.
Sou mega pop.
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Solidariedade joselíptica
Funcionária de RH de uma empresa de médio porte declara:
"Sim, nós contratamos deficientes. Os sem pernas, por exemplo, são ótimos para digitação porque ficam ali o dia inteiro presos na cadeira e não têm como deixar o serviço."
Jo-se-li-to.
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sábado, janeiro 25, 2003
Peraí... não tem ninguém no ICQ porque é sábado à noite, é isso mesmo? TODOS saíram, todas as pessoas do mundo, menos eu? Que derrota... Também, vão ficar todos boiando nas ruas quando recomeçar a chover. Vejam bem, eu não sou vingativa... mas as pessoas podiam pensar que com essa chuva, sei lá, acidentes acontecem.
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Histórias do Cunhado sem Loção
História I: no restaurante italiano
Enquanto todos preparavam-se para degustar uma deliciosa massa e aguardavam os pratos ficarem prontos Sem Loção achou que estava tudo muito parado e resolveu dizer algo para animar:
- Quando você mata uma barata... não sai aquele caldinho branco? Então, um amigo nosso, uma vez, foi matar uma que estava na parede. Ela era muito grande. O chinelo pegou assim só na metade da barata e o caldinho voou na boca do cara.
Que boa conversa para pessoas que vão comer lasanha ao molho branco...
História II: o relógio
Comentávamos sobre a história do cara que foi assaltado no sinal por um sujeito com uma arma de brinquedo, aqui no Rio. Levaram o Rolex dele. Quando ele notou que a arma era de brinquedo, saiu correndo atrás do ladrão que, para se livrar, jogou o relógio na Lagoa. Depois, descobriram que ele não tinha jogado nada.
Ao que Cunhado sem Loção sutilmente observa:
- É, mas o relógio na hora sumiu.... o ladrão deve ter enfiado no rabo, sei lá...
Pausa para meditação sobre frase tão delicada. Então, ele finaliza
- Rabex!
Não é uma graça?
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Aventura
Chove. Chove torrencialmente no Rio de Janeiro. Eu ligo para a Ana Paula, preocupada, porque ela ia ao ensaio do Monobloco na Fundição Progresso. Ela conta que acabou não entrando, porque acabou a luz. Geral, breu na Lapa. No momento, ela estava na Praça da Bandeira, onde, milagrosamente, não chovia e nem estava alagado. Ela pergunta:
- Onde você está?
Eu: - Leblon...
Justo o lugar onde estava caindo o mundo.
- Anh... mas você está num lugar seguro, né?
- ... estou no carro voltando para casa.
Leia-se: não, não estou segura.
Mas havia um fator: eu estava dentro de um carro alto... muito alto... o trambolhinho estradeiro da minha irmã.
Em um determinado ponto do caminho, ainda no Leblon, vários carros parados. Não dava pra passar, tudo alagado. Alguns carros maiores passaram, e, então, Cunhado sem Loção dispara:
- Eles são grandes e estão passando. São grandes, mas são menores do que eu. Vamos testar o carro?
Resumo da ópera: nós lá, naquele rio (sem exagero, canal transbordado) onde só passava quem louco fez xixi na cabeça, o barulho ensudercedor das 4 rodas trabalhando enlouquecidamente e dois ou três carros passando ao nosso lado... boiando, abandonados, com água pela janela. E nós lá... fora o medo de parar no meio daquele aguaceiro e virar personagem em potencial do RJTV, o que por si só não seria nada agradável, ainda havia o mico que pagaríamos se atolássemos ali com o mega trambolhinho que deveria enfrentar até tempestade de neve.
Tudo está bem quando acaba bem. Pentel e Cunhado sem Loça me deixaram em casa. Fico devendo a eles. E ao trambolhinho, que passou no teste com louvor.
A gente sai do subúrbio, vai pro lugar de gente que a vida trata bem e acaba passando por isso. Assim não pode, assim não dá.
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quinta-feira, janeiro 23, 2003
Esperta
Impressionante esse povo das informáticas. O meu computador estava dando a famigerada "operação ilegal" quando carregava o prompt do DOS pra entrar na rede, lá no trabalho. Primeira providência: reiniciei o computador. Reiniciei uma, duas vezes e o problema continuava. Rendida, liguei para os sábios da Informática para pedir que alguém fosse dar uma olhada. A primeira coisa que a tiazinha que atende as ligações perguntou foi:
- Você já reiniciou o computador?
Nãaao, Pedro Bó. Mexo com computador há quase 10 anos e ainda não aprendi essa lição. Não tenho QI entre pirulito e mariola.
Respondi, com voz de sem saco:
- Sim. Três vezes.
Após o contato, eu percebi que, mesmo dando aquele problema, não me afetava em nada: eu conseguia abrir meus arquivos compartilhados, pegar e-mail, acessar a internet... então, que se dane o erro. Liguei novamente e pedi para cancelarem a visita do técnico. Aí, a atendente disse:
Atendente: - Ah, tudo bem, vou cancelar o chamado.
Eu: - OK, obrigada.
Atendente: - Só mais uma coisa... quando esse problema acontecer de novo, quando der operação ilegal...
Sim! Agora ela vai me dizer algo que vai resolver os meus problemas para sempre! A chave para o baú dos tesouros onde ficam guardados os maiores segredos da tecnologia da informação! Ela é a rainha da internet!
Perguntei ansiosa:
- Sim, sim???
- ... da próxima vez, você reinicia o computador.
Eu devo mesmo ter usado o Santo Sudário como canga na minha última encarnação.
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quarta-feira, janeiro 22, 2003
Uma mensagem singela
No passeio habitual da hora do almoço ao Mundo Verde, dou de cara com um cartãozinho até bonitinho, pintado à mão... só que continha a seguinte frase:
"Meu coração cresce para todos os lados"
Cruzes! Quanto tempo será que o autor da frase tem de vida? Será que a doença dele é muito grave? Uma metástase cardíaca, eu, hein.
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A sacerdotisa
(...) fitando a cama vazia, o quarto vazio e a sucessão vazia e infindável de dias através dos quais, de algum modo, eu tinha de aprender a viver, sozinha.
Vejam só como são as coisas. A mulher larga o posto de sacerdotisa de Avalon. Mais: ela é sucessora provável da suma sacerdotisa, poderia, portanto, ficar com o comando da ilha encantada que é o seu lar e ela adora. Mas não. Ela joga tudo para o alto e vai seguir o seu grande amor. Vive com ele por mais de 20 anos, dá à luz um filho dele, quase morre de parto, administra a casa e a vida do cara enquanto ele vai lutar com o exército romano, passa todos esses anos se mudando de um lado para outro, passando ora frio, ora calor demais, aturando a falazada da galera por não ser casada... e agora, o sujeito recebe uma proposta de se casar com outra para virar imperador e vai.
Ou seja, a mulher largou tudo, anulou a vida por causa do cara... mas o posto de imperatriz ela nunca vai ocupar. Os melhores anos da vida dela ela deu pra ele. Os melhores da vida dele ele vai dar para outra.
Homem já era tudo palhaço no século XIII.
Desculpem, meninos leitores. Estou amarga.
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terça-feira, janeiro 21, 2003
Bons tempos
Adoro as minhas aulas de dança, mas admito que senti uma certa alegria quando o dono da academia me telefonou hoje dizendo que a minha professora teria que faltar. É uma reminiscência da época de colégio, quando a gente adorava não ter aula e ficar 50 minutos conversando no pátio ou ir pra casa mais cedo. Aliás, tinha coisa melhor que estudar "obrigado"? Aquela sensação de que a gente não podia sair dali a hora que quisesse, então, a gente se sentia livre pra ficar feliz quando nao tinha aula ou, quando tinha, fazer bagunça e conversar o tempo todo. A partir da faculdade, que graça tem fazer zona se a gente sabe que pode sair a qq momento e ir embora?
Foi no primeiro ano do segundo grau que eu mais toquei o zaralho em sala de aula na minha vida. Fui parar em um colégio que era uma boate. Acho que faliu ano passado, para vocês terem uma idéia de como era. Chamávamos de "Adeus Dinheiro Nosso"ou "Associação de Drogas e Narcóticos", porque a sigla era ADN.
Era uma turma elorme, umas 60 pessoas. Sessenta pessoas ruins da cabeça e que nào queriam lada com lada. Alguns professores se mandaram durante aquele ano.
Professora de inglês, então, não parava. Tivemos pelo menos três. Aquele povinho Zona Sul que estudava lá podia ser tudo burro, mas inglês todo mundo sabia, pq 99% fazia curso. Então as aulas de inglês eram ainda mais esculachadas.
Uma vez, a pobre professora levou um exercício. Ela fez várias cópias e distribuiu as folhas uma para cada aluno. Aproveitando um momento de distração da coitada, um amigo nosso pegou duas folhas, esperou a mulher se virar, fez um aviãozinho e pimba! atirou nela. E o avião ficou grudado no cabelo dela, espetado. Ela se virou babando que nem uma fera raivosa, tirou o papel da cabeça enquanto todos se mijavam de rir e teve um ataque de pelanca quando viu que, além de terem jogado o aviãozinho, ainda por cima a matéria-prima era a folha de exercício que ela tinha levado.
- QUEM TACOU ESSE PAPEL???
Oh, pícara sonhadora, ninguém vai se acusar, né? Aí o meu amigo que tacou o papel levantou o dedo e disse:
- Professora, por que você não vai de carteira em carteira vendo quem tem o papel? Quem não tiver, é porque usou para fazer o aviãozinho!
Não é que a mulher fez mesmo isso e, lógico, todos tinham o exercício porque o delinqüente tinha pegado dois?
A gente também tinha mania de sentar no sol e apontar o reflexo do relógio para a cara do professor. Nào de um relógio, mas de uns 10 ou 15 que sentavam juntos e juntavam os reflexos lá na frente, formando um verdadeiro holofote. Também fazíamos fogueira no meio da sala, afastávamos as cadeiras e recolhíamos uma folha de cada caderno para fazer um foguinho.
Naturalmente, meus pais deram um jeito de me tirar desse antro assim que o ano terminou. Mal sabiam eles que o dano cerebral decorrente daqueles meses seria irreversível.
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segunda-feira, janeiro 20, 2003
Dicas do Joselito
Joselito, como eu faço para pegar um bronze?
Joselito: - Esse negócio de bronzeador, filtro solar, isso é coisa de bicha. Você pra ter um bronzeado bonito pega um limão e esfrega bem pelo corpo, esfrega bem pra curtir bem... aí vc deita lá no sol e esquece....
Finalmente, Hermes e Renato voltaram à MTV! E agora será uma seqüência de sete programas com uma hora de duração cada (o primeiro, quem não viu, já perdeu, tolo, porque passou semana passada) . Oportunidade de ouro pra conhecer o Joselito e toda a galera! Passa às terças, às 22h, na MTV.
Para quem não tem MTV e, a esta altura, está me xingando... e, mesmo para para quem tem e quer ir na boa ver as melhores esquetes do programa, vale MUITO a pena acessar a página do Hermes e Renato, na área de downloads. Lá você poderá ver vários vídeos sem noção, com destaque para "Comercial the best of Trololo Records1", "Clip do Coração Melão" e as Campanhas Presidenciais do Joselito. Mas não vejam só isso, vejam tudo!
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Grandes mistérios da humanidade
Por que o sujeito que tem uma kombi velha cola um adesivo "Tá amarrado, olho grande" e "Se a sua estrela não brilha, não queira apagar a minha" no veículo? Olho grande por quê, meu Deus? Se ainda fosse um Audi A4...
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sexta-feira, janeiro 17, 2003
Adeus, amor, eu vou partir
Num arrepare não... mas eu vou viajar novamente e, por conta disso, ficar sem blogar sábado e domingo. O tempo é curto... Segunda, dia 20, estarei de volta.
Notem bem o horário deste post. Descobri que posso blogar do trabalho, o firewall, por enquanto, não barra. Então, aproveitando que não estou fazendo LADA, resolvi deixar este recadinho mimoso para vocês. Agora vou lá desentortar uns clipes.
Semana que vem, acho que vou trazer um baralhinho.
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quinta-feira, janeiro 16, 2003
"Vá chorar na cama que é lugar quente".
Quem foi que inventou que é melhor chorar na cama? Entope todo o nariz e, no dia seguinte, você acorda com os olhos inchados.
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Caiu o meu castelo de cartas. E ele estava ficando tão legal.
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Eu não merecia isso
Caralhos voadores de asa cravejados de brilhantes!
Estou virando um pára-raio de chatos. Vocês não têm idéia do que me aconteceu hoje. Estou chocada até agora.
Estava eu sentadinha no meu banquinho do ônibus, ouvindo meu walkmanzinho, como sempre. Walkman, vocês sabem, além de proporcionar minutos de música legal, ainda funciona como espanta-gente-que-quer-conversar. Mas não foi isso que aconteceu hoje, tolo!
Eu estava sentada no assento do lado do corredor. Aí veio um cara que, pra começar, em vez de pedir licença, saiu tacando as pastas, bolsas, armas e bagagens que ele tinha na mão no banco da janela, ao meu lado, que estava vago. Levei até um susto, mas, até aí, tudo bem. Afinal, o motorista devia ter dado um solavanco e ele ficado com medo de cair com aquela tralha toda.
Só que aí... o sujeito começa:
- Que calor, né?
Não, não, não... isso não pode estar acontecendo. Alo-oww! Estou de fone de ouvido, não está vendo?
Dei um sorriso muuuuito antipático. E continuei olhando para a frente.
Aí, apareceu um sujeito pedindo dinheiro e ele deu um vale-transpobre. E comentou:
- E, é só um vale, mas é melhor que nada, né, fazer o que?
Não acreditei... ele continuava falando comigo, mesmo eu olhando pro lado. Eu conseguia ouvir o que ele dizia parcialmente, mesmo por cima da música. Até que ele disse:
- Preciso contar uma história muito boa.
Caraca... ele estava falando como se fosse meu amigo. Aí eu apelei: tirei o fone do ouvido, e disse:
- Anh???
Para ele perceber que eu não estava ouvindo. Então ele disse:
- Ah, você está com isso...
Ufa, agora ele entendeu.
- Mas eu tenho que te contar essa!
NÃO!
- Meu filho vai pensar que eu sou louco!
Pensar? Mas você é louco, nunca disseram?
- Sabe aquelas livrarias na Rio Branco, aquelas que vendem livro antigo? Você já comprou livro antigo lá, né?
Não... pq eu teria comprado? Louco. Odeio gente louca, por favor, vá embora.
- Então... eu comprei lá um livro... você não vai acreditar... Dom Quixote de La Mancha. Sabe?
.......................
- Mas... o meu filho vai achar que eu sou louco... comprei o original em francês, de 1877! O original! O livro original!
Cara... tô cagando!
- E você sabe quanto foi? Chuta! Não, chuta!
E por aí foi falando e falando por TODO O PERCURSO até a hora em que eu me levantei pra descer.
Desgraça pouca é bobagem.
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quarta-feira, janeiro 15, 2003
Frase
Lembrei de outra boa do filme Separações. É algo mais ou menos assim:
Aqueles que foram grandes amantes um dia, e agora não são mais, têm que pelo menos virar grandes amigos. Assim, o mundo fica um pouquinho melhor.
Só que isso é difíicill...
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Eu blogo, tu blogas, ele bloga
Prometam para mim que só porque eu fico um dia sem escrever vocês não vão esquecer meu blog para sempre. Vocês sabem que, no dia seguinte, eu volto. A não ser quando eu viajo, mas aí eu aviso.
Credo, que post mais chorão. Nada digno de um blog com esse nome.
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Sensibilidade masculina
Pentel, em uma noite estrelada, num arroubo de romantismo, coloca uma música para tocar para o seu amado, o Cunhado sem Loção. A música em questão é "Vilarejo Íntimo", da Fernanda Porto. A letra fala de uma mulher que, quando cai a noite, começa a pensar no seu amado amante, pensamentos intensos (sobre sexo, é claro) que não lhe saem da cabeça até que o dia chega. É muito bonita e tal. Pentel e Sem Loção, à luz de velas, em seu ninho de amor, tomando um vinhozinho ... Então, ela coloca a música e fala:
- Presta atencão como é bonita, presta atencão na letra.
Então o Sem Loção, ouviu e ouviu... Pentel lá, quase chorando de tão bonita que acha essa letra. Quando acabou ele falou:
- Entendi. Ela está na afliceta.
Como terá conseguido Sem Loção fazer uma síntese tão brilhante, tão assustadoramente concisa? Toda a poesia reduzida em uma só palavra, "afliceta". Comovente.
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segunda-feira, janeiro 13, 2003
Separações
Apesar de ter que conviver no mesmo cinema com as hienas que riem de tudo só porque leram na sinopse que o filme é comédia, ainda que o personagem esteja passando pela cena mais dramática do filme...mesmo com o casalzinho de adolescentes tardios ao meu lado conversando durante TODO O FILME... mesmo com as bestas dizendo no banheiro depois que o filme foi "longo demais" e que tinha cenas "desnecessárias", quando tudo foi absolutamente necessário... apesar de tudo, foi maravilhoso ver Separações com a Ana. Primeiro porque (retribuindo o elogio) ela é ótima companhia. Segundo porque foi muito bom sair de casa naquele domingo modorrento. Terceiro porque eu comi uns dos melhores cheese cakes da minha vida. E quarto... ah, sim, o filme entrou pra minha lista de "cinco mais" entre os filmes nacionais a que já assisti. Adoro filme que me faz rir. Adoro mais ainda os que me fazem chorar. Amo os que conseguem as duas coisas.
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Solidário de verdade
Zeca Pagodinho foi doar dinheiro para o hospital. Encontramos o cara parado no corredor da Direção, de bermuda, chinelo, perguntando como poderia fazer para dar uma quantia. Não avisou que ia. Não levou TV, rádio, jornal, não exigiu um aparato em torno dele, nem visitar as enfermarias e tirar fotos com as criancinhas. Nada. Apenas queria ajudar. O sujeito é uma figura. Enquanto esperava por alguém que ia pegar o papel do recibo dele (qualquer quantia que se doa, tem recibo), ele resmungava:
- Olha só, tive que trazer a grana nessa bolsinha aqui de viado - mostrando uma bolsa de veludo, dessas de guardar jóia - Eu não queria trazer isso, minha mulher que me obrigou.
Dentro da tal bolsinha, 10 mil reais.
Thyrso (sempre ele) aproveitou a ocasião para tentar aliciá-lo para outro aspecto da causa.
- Nós temos um projeto que leva músicos para tocar nas enfermarias dos doentes terminais... se você fosse lá um dia tocar, seria muito interessante para divulgar e atrair patrocínio.
Ao que ele prontamente protesta:
- Eu, hein! Eu não! Odeio ver gente doente, odeio essas coisas!
Figura extrema. Dos poucos que deram dinheiro pra lá sem espalhar pra todo mundo.
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domingo, janeiro 12, 2003
Polêmica
Sempre achei que esta história de dizer que japonês tem pau pequeno fosse lenda. Assim como dizer que gaúcho é gay ou português é burro. Mas outro dia eu ouvi uma história que me deixou com a pulga atrás da orelha e preciso dividir com vocês.
Beto está fazendo um curso de japonês. Na turma deles, tem uma mulher que é casada com um japonês legítimo e já namorou três outros. Então, um dia, estavam todos conversando e perguntaram a ela se a lenda era verdadeira. Todos esperavam que, claro, mesmo que fosse verdade, ela mentisse dizendo que não (afinal, o marido dela é um japonês). Então, eis que ela diz que sim, que é verdade. Todos ficaram com a curiosidade ainda mais aguçada e, já que estavam mesmo na chuva... perguntaram qual é a média de tamanho. E aí, a resposta... que chocou todos os burgueses... ela disse que a média é de DOIS CENTÍMETROS. Ereto. Como assim, Bilau, quer dizer, como assim, Bial??? Sério, ela disse que é como um adulto com pênis de criança. A mulher defendia-se o tempo todo dizendo que o sexo tinha "outras coisas", mas, sinceramente, isso não me sai da cabeça!
...
Alguém aí já namorou um japonês (nissei não vale)?
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sábado, janeiro 11, 2003
Que situação...
Trabalhar em um hospital de câncer, mesmo que não seja na área médica, tem uma série de conseqüências. Afinal de contas, infelizmente, todos os dias aparece alguém com esta doença por aí. Então, volta e meia, algum fornecedor/jornalista/conhecido/político e a mais variada classe de pessoas liga para nós para ver se podemos ajudar a internar um parente/amigo/conhecido/primo da vizinha da empregada. Em geral, a única ajuda que podemos dar é a informação correta de onde a pessoa tem que ir, o que levar, horário, essas coisas, porque fila de hospital público não se fura. E ponto final. Claro que nem todo mundo entende isso, então, a cada vez que aparece um pedido desses de "ajuda" a gente desanima, porque sabe que a pessoa pode ficar decepcionada e reagir mal por a gente não poder fazer mais.
Outro dia, ligou um sujeito para lá atrás do Thyrso. Não me lembro bem quem era, acho que ele tinha ajudado em algum evento. Então o cara queria pedir para matricular a mãe dele no hospital. Thyrso correu para pedir opinião para mim (o oráculo):
- O que eu faço, Fernanda? Ajudo?
- Ah, Thyrso, dê a única ajuda que podemos: informação.
Ele, desanimado com o que poderia ter que enfrentar:
- Tá... vou ligar para a Triagem e tentar recolher o maior número possível de dados.
Algumas horas depois, eu já tinha até esquecido o caso, quando voltei do almoço e o Thyrso me olhou com uma cara feliz:
- Que foi, Thyrso?
- Ah, é que eu não vou precisar mais ver nada para a mãe daquele cara.
- É mesmo? Por que, ela conseguiu matrícula em algum outro lugar?
- Não... ela morreu.
Impressionante como ele realmente não conseguiu deixar de ficar feliz com isso.
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quinta-feira, janeiro 09, 2003
PESSOAS SEM A MELOR LOÇÃO
Sem loção 1
Todo ano, a gente produz agendas para dar de brinde aos funcionários. Elas são doadas, não pagamos nada por isso. Então, a gente não faz lá muitas exigências à empresa que nos fornece.
Porque nós temos loção, mas nem todo mundo é assim.
Imagina que as agendas atrasaram, só foram chegar essa semana. As pessoas desde o meio de dezembro já ligavam alucinadamente para nós perguntando quando iam chegar.
Até aí, sinceramente, entendo. Afinal, é um saco ficar sem agenda do ano seguinte se você realmente usa agenda, porque você já quer anotar os compromissos e não tem como.
O que não dá muito para engolir é, depois de distribuídas as benditas, as pessoas ligarem para nós reclamando que "as agendas não têm espaço para telefones e endereços, e isso faz muuuita falta".
FODA-SE.
Não quer, então vai comprar uma!
Como pode isso? Se a gente tivesse vendido cada uma a 1 real, sabe que era capaz de ninguém reclamar porque compraram muito barato? Mas como a coisa é grátis, eu acho que neguim despiroca.
Sem loção 2
Hoje, no restaurante, cena patética na mesa ao lado.
O sujeito, de uns 40 anos, pediu um prato no restaurante japonês que vem com arroz colorido, tomate e um bife. Low profile, mas uma delícia. Aí, quando chegou, o GAY olhou a carne e falou pro garçom:
- Não vem fatiada?
- Não, senhor... este prato não é fatiado.
- Ah... - o sujeito decepcionado.
- Mas se o senhor quiser a gente pode cortar.
- Sim, quero, por favor.
Então o garçom, pacientemente, partiu o bife pra criança. Que gracinha. A mãe dele deve partir a carne pra ele desde que ele era neném, até hoje, quando ele tem 200 anos.
Pena que o moço do restaurante não levou o prato lá para dentro para fatiar e dar aquela boa cuspida.
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terça-feira, janeiro 07, 2003
Só eu odeio todos os calendários? Eles trazem o domingo como primeiro dia da semana e eu não consigo visualizar rapidamente em que dia caem as datas que eu quero, porque quando eu olho os extremos das linhas penso que eles são "segunda" e "domingo" e não "domingo" e "sábado". Quem é que realmente considera o domingo como o primeiro dia da semana? E aqueles calendários com os números pequenininhos, com fotos horrendas no verso? Aqueles sim... não servem para nada, porque até você enxergar o dia da semana em que cai uma data ali, alguém já gritou a resposta em algum outro lugar.
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Bum!
Eu e Papai Joselito babávamos na noite de domingo em frente à TV. Sei que eu deveria estar fazendo algo mais proveitoso, como blogar, por exemplo, mas a voz do Cid Moreira (ahhh, Mister M, e agora???) às vezes torna-se por demais hipnótica. Saí do transe com a seguinte notícia: um atentado, realizado semana passada na Alemanha. O sujeito superoriginal resolveu seqüestrar um avião e jogá-lo contra o prédio do Banco Central. O motivo? Um protesto contra a morte de uma passageira na aeronave... Challenger. Aquele acidente que aconteceu em 1986. O cara estava em coma à época da explosão e acordou 16 anos depois, né? Só pode ser. Tem leitor do meu blog que nem era nascido em 86. Ou que ainda não tinha idade para compreender. Brrr. Que meda.
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domingo, janeiro 05, 2003
Presente para as solteiras
Meninas... quem está reclamando da falta de namorado no mercado, não tem pesquisado direito na internet. Tem que se esforçar mais! Como eu não sou uma pessoa egoísta, divido com vocês o link do site
Hello, Ladies, página de um príncipe oriental que procura sua princesa. Oportunidade de ouro. Para os meninos, vale a pena dar uma olhada na concorrência. Cuidem-se!
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Ai, Jejus, não sei mais escrever para o blog. Meu cérebro fritou em decorrência dos 900 kg de comida ingeridos essa semana e a leitura voraz das 440 páginas de Brigdet Jones: no limite da razão, a continuação do "diário". Dieta urgente e livro do Saramago na veia. Quem sabe eu ainda tenha cura.
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Dicas para férias gordas
Cornetto express - Servido em umas barraquinhas da Kibon. Na foto da guloseima, parece uma casquinha do Mc Donald's comum, mas não, tolo! É um absurdo de bom. É mesmo como se fosse umas dessas casquinhas, só que com o sorvete do Cornetto. É um Cornetto preparado na hora, fresquinho, sem aquela cara de gelado prensado, com a calda escorrendo e uma baita pedaço de chocolate dentro.
Picolé Negresco (Nestlé) - Não é como um Eskibon. Não é só um picolé de chocolate com baunilha. É um sorvete de biscoito, tem o biscoito mesmo, geladinho. Comi um quase todos os dias na semana passada.
É um milagre que eu só tenha engordado um quilo. Vou a alguma igreja agradecer. Qual será o santo padroeiro do pecado da gula?
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