quinta-feira, outubro 28, 2004

Sex and the real life

Se Carrie, Samantha, Charlotte e Miranda, as quatro fantásticas de Sex and the City, morassem na vida real e no Rio de Janeiro, a série seria uma bosta. Porque nas nossas vidas não é como naquela ficção, na qual elas conhecem um homem por semana nas situações mais esdrúxulas: na livraria, no elevador, durante a corrida matinal, porque o cara tacou uma guimba de cigarro nelas, na aula de yoga (na minha aula de yoga não tem nada que preste, só pessoas que respiram alto e velhas que roncam)... tá que os caras são bizarros: são alcoólatras, têm ejaculação precoce, fetiches estranhos, empregadas sádicas... mas toda essa oferta é impressionante. É só comigo que não acontece? Porque o único ser que continua me perseguindo toda semana, e às vezes até com mais freqüência que isso, é o exterminador de barangas.

Acho que vou tentar descolar o telefone dele.



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Omnn o caralho

Eu sou a única pessoa do mundo que não fica mais calma praticando yoga. Eu reparo nas pessoas do lado, praguejo porque vem barulho de fora e atrapalha a minha concentração, quero matar a velha sem loção que dorme e ronca... A nova de hoje foi ter me desligado tanto durante o relaxamento que achei que fosse parar de respirar. Aí me estressei e despertei.



Comments: terça-feira, outubro 26, 2004

Na sala de espera

Esperando para fazer meu exame anual dos infernos. Chega uma garota mais ou menos da minha idade e uma mulher, muito provavelmente sua mãe. Ela pergunta por um paciente e a atendente responde que ele está lá dentro, com a esposa.

A mãe da garota imediatamente vocifera:

- Esposa, não! Cacho!

A garota continuou falando calmamente com a recepcionista, tentando entrar para ver o pai, enquanto a mãe repetia, descontroladamente:

- Você é filha! E essa mulher é só cacho. Ela é CACHO! Você viu que eu falei que ela é cacho?

Que vexame, senhor. Eu e toda a sala de espera lá queríamos saber se o sujeito tem ou não um “cacho”? Depois reclamam quando chamam ex-mulher de chata. Aquilo lá era uma mocréia da melhor qualidade!



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Mais exame dos infernos

O exame anual dos infernos é verdadeiramente uma coisa do mal. Como se não bastasse ter que vestir aquela bata humilhante, ainda por cima tenho que ouvir a atendente me chamar:

- Fernanda Renata!

Eu não mereço isso! A única coisa boa, além do resultado favorável à minha frágil saúde, foi o china cozinhando na Ana Maria Braga, que estava passando na TV da sala de espera. Cada massa de macarrão maneira!



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Felicidade de peso

Agora aparece um banner no Hotmail anunciando alguma coisa pra emagrecer. Instant fat burner tabajara ou coisa que o valha. Na foto, mostram um casal gordinho tão simpático que acho que ninguém mais vai querer emagrecer. Eles parecem felicíssimos!



Comments: segunda-feira, outubro 25, 2004

00, o retorno

Ontem a noite foi no 00, ou 0x0, como muito bem apelidou Ana Pôla. Ali ninguém pega ninguém! É um lugar de gente cool e blasè, que gosta de ouvir música alternativa, mas tem dinheiro pra pagar 20 reais de entrada e muitos dinheiros nos drinks. E que não pega ninguém.

O único que se dignou a fazer uma gracinha foi o garçom. O sujeito até que não era mau. Quando viu que o resto de prosecco que eu tomava estava acabando, veio perguntar se podia trazer outra taça. E arrematou:

- A terceira é por minha conta.

Tolo. Naturalmente, minha cara de pau ia me fazer cobrar isso. Quando eu terminava a segunda taça e ele veio perguntar se podia trazer a terceira, eu disse:

- Só se for aquela que é por sua conta.

Bingo! E não é que o sujeito trouxe mesmo?

Mais tarde, eu cismei que queria uma sobremesa do cardápio. Quando pedi pro garçom animado, ele informou que a cozinha tinha fechado. Quase enfartei e disse que ia morrer de desejo de comer um doce. Ele foi lá pra dentro e voltou com um Serenata de Amor.

Ah, tá. Então pensei que agora seria a vez dele de cobrar pelo prosecco e pelo bombom. Já estava toda feliz, prestes a desapelidar o 00 de 0x0, achando que ia ganhar a noite, quando o sujeito falou:

- Volta aqui amanhã.

Como assim, Bial? Não deixe para amanhã o que você pode fazer hoje! Principalmente se se trata de depender que alguém volte num bar no domingo, tendo que trabalhar na segunda, e se a pessoa acaba de gastar mais de 40 reais nele e se esse bar fica em quase em outro planeta.

Burrão! Perdeu, prayboy, agora só na encarnação que vem.



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Mas na sexta...

Mesa na calçada, alguns chopps, uma batata frita consumida só até a metade e a hora voando...

****



Comments: sexta-feira, outubro 22, 2004

Só tem maluco nesse mundo I

O motorista de táxi recebe uma ligação. De repente desliga e deixa escapar um “eu, hein”. Parecia meio atordoado. Minha curiosidade venceu minha antipatia natural e eu perguntei:

- O que foi?

E ele:

- A mulher disse que eu dei o número de telefone pra ela, mas não dei cartão, anotei num papel. Teve uma época em que realmente eu estava sem cartão. Então confere. Aí, ela perguntou se o meu táxi era de empresa e eu disse “sim, senhora, meu táxi é de empresa”. E aí ela disse: “E DAÍ QUE SEU TÁXI É DE EMPRESA?”

Assustador. Só tem maluco nesse mundo.



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Só tem maluco nesse mundo II

Enquanto eu devorava meu almoço, um delicioso sanduíche light de salpicão de frango no Uno&Due, ouço a conversa de mais três legítimos espécimes da raça “maluco” que assola a humanidade. O assunto era “ter ou não ter uma moto”. O primeiro maluco se manifestou:

- Ah, eu não quero ter uma moto porque acho que moto não tem muita função.

Como assim, Bial? E levar você de um lugar pra outro, não conta?

E ele explica:

- É... porque na moto eu não posso ouvir música.

Ah, não. A moto não serve pra nada porque não dá pra ouvir música nela.

A garota do grupo arrematou:

- Moto é ruim mesmo... não tem ar-condicionado.

Enquanto o único sujeito que queria uma moto se revirava todo de nervoso, o outro cara, o que não quer moto porque não dá pra ouvir música, começou a desenvolver uma complicadíssima teoria acerca da carona.

- O ruim de moto é que eu não posso dar carona. Por exemplo, se eu estiver indo pra Copacabana e a pessoa estiver indo pra Tijuca... se ela disser primeiro que está indo pra Tijuca, se eu tiver carro, posso fingir que não estou indo pra Copa e dar carona. Mas se eu tiver moto, não tenho essa possibilidade. Porque se forem duas pessoas, já não posso dar carona.

Anh? Quem são essas pessoas pra quem ele está tão aflicetado pra dar carona? A Gisele Bundchen e a Daniela Cicarelli?

O único cara que queria uma moto se manifestou:

- Tem gente que fala que moto é muito perigoso. Bobagem. Bicicleta pode causar acidentes também muito graves – com isso, eu sou obrigada a concordar. – Por exemplo, quando eu era pequeno, minha mãe comprou uma bicicleta pra mim na C&A e...

Pára tudo. C&A? O sujeito acha que a mãe comprou a bicicleta dele na C&A?

Fiquei com medo dessa gente. Tratei de comer logo o meu saduíche e fugir dali. De carro, pra não ter polêmica.



Comments: terça-feira, outubro 19, 2004

O mico do ano

Meu professor de Civil I, uma graça, lamentava a falta de um sujeito que descobriu que tirou zero na primeira prova e nunca mais voltou.

- Isso machuca o meu coração. Só uma vez uma aluna minha não apareceu mais... mas aí foi minha culpa.

Fiquei com medo da história que viria. E, realmente, foi uma coisa assombrosa.

Imaginem que o professor fez uma pergunta pra garota, que estava meio distraída. Ela respondeu errado. E ele disparou, na lata, à queima-roupa, sem nem convidar pra tomar um drink antes:

- Está errado, mas tudo bem, você eu perdôo. Você agora só deve estar com cabeça pra pensar no seu filho que vai nascer. Pra quando é?

E ela, para horror do cara:

- Não estou grávida, não. Sou gorda mesmo.

A turma não se agüentou e desabou de rir. Ele teve que se conter. A situação ficou tão insustentável que a menina foi embora para sempre. Saiu pra comprar lenços de papel e nunca mais voltou.

Por isso que, desde que Papai Joselito cometeu gafe semelhante, eu nunca mais arrisco perguntar esse tipo de coisa pra nenhuma mulher, por mais evidente que pareça. Nem se ela estiver entrando na maternidade.



Comments: domingo, outubro 17, 2004

Símbolos dos infernos

Ontem fui num lugar improvável, a Baronetti. Baronetti, o mito, o lugar de onde as pessoas saem sujas de sangue. Acabei me divertindo, como me divirto em quase qualquer lugar para onde vou. Meu problema mesmo continua sendo os banheiros.

É provável que eu passe a ter que carregar comigo meu próprio penico, porque a coisa está ficando cada vez pior. O banheiro da Baronetti ganhou em matéria de ilegibilidade em relação a ser feminino ou masculino. Uma amiga nossa quase entrou no banheiro masculino. Já eu, não. Eu entrei mesmo. Olhei os malditos símbolos na porta e vi uma menininha e um menininho, aquelas figuras ridículas, uma com sainha e outra sem. Entrei no banheiro da com sainha. Quando percebi que tinha homem lá dentro, saí e levei alguns segundos pra entender qual era o problema. O símbolo da menininha tinha uma faixa vermelha de proibido em cima. Entenderam? Proibido mulheres. E, no de homem, proibido homens.

Com mil moscas azuis de banheiro! A pessoa tem que fazer uma série de intricados cálculos mentais até conseguir descobrir que porta é a sua. Bruno e Marrone, meus dois neurônios, não conseguem isso depois de algumas cervejas, coitados.

Entrei no banheiro feminino, então, o de “proibido homens” e... tinha um homem lá dentro! Não é possível, todos os banheiros de lá são proibidos para mim! O japa que estava lá dentro do banheiro de mulher tinha se enganado também. Aquela merda é trote pra quem vai a primeira vez no lugar! Muito pior que os pitboys raivosos.



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***



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O filme de Cunhado

Cunhado sem Loção foi assistir a um filme no cinema sozinho. Pentel perguntou que filme ele tinha visto. E ele respondeu:

- Senhora do Destino.

Pentel estranha:

- Senhora do Destino? Não pode... Senhora do Destino é uma novela.

E Cunhado:

- É um com a Marieta Severo, o Antônio Fagundes, a Débora Falabella...

- A Dona da História, Sem Loção!

Errou por pouco.



Comments: quinta-feira, outubro 14, 2004

O novo post da barata

Quem foi o corno que disse que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar? Cai sim! Estava eu muito tranqüila e calma feito água de poço na santa paz do meu lar, véspera de feriado, ni qui eu percebo com o rabolho uma “movimentação estranha”. Dois segundos depois, eu olho para a persiana e lá está ELA. Uma barata voadora, e-lor-me, com uns antenões do tamanho do mundo, me olhando, rindo na minha cara.

É inacreditável. A mesma situação. Papai e Mamãe Joselitos viajando, eu sozinha em casa. Não é possível! Mas aconteceu mesmo. Ao menos, dessa vez, ela não estava no meu quarto, e sim na sala.

Fechei a porta da sala e corri até a despensa, esperando que meu pai tivesse se compadecido de mim por causa da história que contei da outra vez e tivesse comprado um inseticida. Mas não, tolo. Lembrei imediatamente dele dizendo “Inseticida? A gente devia era comprar um revólver” e me perguntei por que diabos eu ainda nutria alguma esperança de que ele tivesse comprado. Eu mesma deveria ter adquirido um, para a minha própria segurança pessoal. Mas, como acreditei na maldita história do raio, não achei que fosse acontecer de novo. Que ódio! Eu ainda pego esse corno.

Fiquei com tanta raiva daquela situação, eu presa do lado de fora da minha própria sala, a televisão ligada lá dentro com o único aparelho de DVD da casa (o que acabava com a minha diversão da noite), a perspectiva de ter que dormir com uma barata na sala... provavelmente por causa de tudo isso junto, eu resolvi que ia matar a porra da barata. Entrei na sala, fechei a porta e fiquei TRANCADA COM ELA LÁ DENTRO. Morram de inveja, todos os que têm medo de barata. Eu ficava acompanhando com os olhos o monstro voar pra ver onde ela ia parar e evitar que ela sumisse. Quando ela se enfiava em algum buraco, eu sacudia tudo pra ela aparecer. Vitória! Eu era a pessoa mais corajosa do bairro. Tinha mais sangue frio que Jack.

O problema é que na minha luta contra a barata, ela praticamente venceu. Se eu consegui superar o medo, ela ganhou porque é menor que eu e se enfiava nos lugares mais esdrúxulos. Como eu não tinha a bosta de um inseticida, ficava difícil alcançá-la pra dar um porradão com o chinelo. Lá pelas tantas, aconteceu o mais bizarro: ela se enfiou numa fresta minúscula da janela (fechada) e sumiu. Eu não a vi sair pelo outro lado. Então supus que ela ainda estivesse dentro de casa, mas ela não aparecia mais. Sacudi tudo e nada. Evaporou.

Tive que ir dormir com essa dúvida. Será que a barata tinha saído? Será que ela ainda estava dentro? Eram os deuses astrounautas? De onde vim, para onde irei? E lá, será que tem insetos? Enfim, com todas essas questões na cabeça, naturalmente, sonhei com a barata. Que, até hoje, não reapareceu. Segundo Mamãe Joselita, ela está morta em algum lugar. Espero que não aqui em casa.



Comments: terça-feira, outubro 12, 2004

Da série “dialógos no ICQ”

Ele: “Você está de mau humor hoje.”

Eu: “Não é mau humor, não. Eu tô tristinha.”

Ele: “Mesmo? O que houve?”

Eu: “Vi um episódio triste de Sex and the City”

Ele: “Putz...”

Os homens não entendem mesmo as mulheres. Este é um motivo muito relevante pra se ficar triste, ora bolotas.



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Ratos e frangos

Rato Morto é uma figura extrema. Outro dia, ele fez aniversário. Quando eu liguei pra dar os parabéns, ele imediatamente disse:

- Cadê meu presente? Cadê meu frango?

Ele gosta de frango. Assim como eu gosto de doce de leite e empadão, ele gosta de frango. Minha chefe disse que ia dar uma cesta de café da manhã pra ele, mas desistiu quando ele perguntou, também pra ela, onde estava o presente dele, o frango.

- Caramba, Rato! Eu ia te dar uma cesta de café da manhã, mas vi que o que você merece mesmo é frango com farofa.

Ao que ele respondeu, taxativo:

- Eu ia adorar.

E assim foi. No chopp de aniversário dele, ela levou uma caixa bonita, embrulhada pra presente, com laço de fita e tudo. Era um isopor com um frango assado dentro.

Risos à parte, terminamos a noite eu, ela, ele, mais Minnie Nome Triplo e Alminha Torturada comendo o frango do Rato em vez de pedirmos batata frita no bar. Um mico que pessoas comuns talvez paguem só depois de cinco ou seis chopps e que eu paguei depois de dois mesmo.



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Outback

Eu adoro o Outback, mas eu odeio o banheiro de lá. O banheiro do Outback é apertado, opressivo. Eu quase sempre travo lá dentro e não consigo fazer nada (e não estou falando do número dois, é do número um mesmo). Só tem duas casinhas, o que é um total absurdo, dada a quantidade de refrigerante que se manda pra dentro lá, porque você só paga uma vez e eles enchem o seu copo o tempo todo. Logo, as pessoas começam a vazar e os poucos banheiros não comportam isso. Aí, além de apertado e opressivo, tem fila. Fora isso, não tem ganchinho. Odeio banheiros que não têm ganchinhos. Se não tem ganchinho, onde vou pendurar minha bolsa?

Encarnação que vem, eu vou ser arquiteta, só para desenhar banheiros perfeitos. Amplos, espaçosos, com muitas casinhas e muitos ganchinhos. Tenho certeza de que vai dar supercerto.



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Por sexta...

****



Comments: quinta-feira, outubro 07, 2004

Os medos de Mel

Mel passa o Rodo, enquanto espera o herdeiro fazer a grande gentileza de sair de dentro da barriga dela, já conjectura sobre seus medos em relação à futura carreira do pimpolho:

- Ele pode escolher a profissão que quiser... não tenho essa coisa de querer que ele seja médico, advogado... ele só não pode querer ser ator.

- Ué, Mel? O que tem ele ser ator?

- Ah, não! Eu morro de medo de que ele queira ser ator. E o pior é que eu tenho um pressentimento de que ele vai querer.

Cruzes...tomara que ele seja um sujeito respeitado, feito o Antônio Fagundes, ou um galã que nem o José Mayer... e não aquele cara das Casas Bahia, já pensou? “Mamãe, quer pagar quanto???” Pavor!

Mel continua contando, dizendo que, ao dividir seu temor com o marido, ele foi taxativo:

- Pois pra mim ele pode ser qualquer coisa, menos...

Viciado? Vagabundo?

- ... professor de Letras!

!

De onde será que vêm esses traumas?



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Resmungos

Entro no ônibus e estendo uma nota de 10 reais para o trocador. Sinceramente, 10 reais não me deixam envergonhada na hora de pagar. Dez reais hoje em dia não valem quase mais nada, mal dá pra pagar 3 ou 4 mariolas. Não custa taaanto assim dar troco de 10 reais. Se ainda fosse 50, o sujeito tinha o direito de dizer que não tinha o troco e pronto. Ou ainda se fosse a nota maldita de 20, que as pessoas olham torto mesmo quando você vai comprar algo que custa 19,99. Mas não. Era uma nota de 10, inocente, nem era daquelas de plástico que parecem de brinquedo.

Dei o dinheiro pro cara e ele não falou nada: me deu o troco. Quando sentei, notei que ele me deu 8,50, quando deveria ter me dado 8,40. Antes que eu pudesse raciocinar, ouvi o sujeito resmungar:

- É, vou ter que passar a trazer um monte de 10 centavos de casa por causa dessas notas de 10 reais.

Ah, tá. O sujeito não tinha troco e em vez de me perguntar se eu tinha 10 centavos, me deu 8,50 sem falar nada. Perguntei:

- Escuta, o senhor quer 10 centavos? Porque eu tenho.

Ele fez uma cara de ratos mortos, do tipo “tá, não me importo muito, mas me dá”. Se o cara começar a bancar todos os 10 centavos porque fica de má vontade de perguntar, no final do dia ele tá lascado.

Claro que depois me arrependi, devia ter passado SuperBonder na moeda e colado na testa dele, pra ele usar como adereço. Indolente.

Coloquei meu fone de ouvido, mas ainda pude escutá-lo dizer:

- Hoje toda hora entrava um passageiro com nota de 10, nota de 5, nota de 10, nota de 5... tem que aumentar logo então a passagem pra 5 reais pra ficar mais fácil!

Com mil moscas mancas! Que reclamão dos infernos! Devolve já meus 10 centavos, velho de azul!

Francamente, viu? Poderia ter conservado a minha moeda. Dá pra comprar 1/10 de doce de leite no Mundo.



Comments: domingo, outubro 03, 2004

Fisioterapia e sonhos

Amanhã faço minha última sessão de fisioterapia. Foram 20 longas sessões. Não terei mais que acordar cedo pra ir pra lá, o que, confesso, era o único inconveniente. A fisioterapia em si era legal. Tem a irmã fisioterapeuta. Tem o fisioterapeuta bonitinho que fala baixo demais e me deixa agoniada (gente falando alto é ruim, mas tenho vontade de retalhar a cara de quem fala baixo e me faz repetir mil vezes “QUEEEÊ???”, como se eu fosse uma surda, até eu conseguir entender). Tem a fisioterapeuta simpática que chama as velhinhas de vovozinha (“fulano, atende ali a vovozinha”. “Sicrano, leva a vovozinha pro laser”. Francamente. Se eu envelhecer e ficarem me chamando de vovozinha, eu juro que faço engolir um pacote inteiro de fraldas geriátricas. Pelo nariz). A diversão é vasta. Mas dormir mais uma hora é mais legal. Posso sonhar com coisas ainda mais estranhas.



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Eu não acredito em bruxas, mas...

Meu horóscopo na revista de mamãe diz que estarei encantadora e bela entre os dias 3 e 28. E que há grandes chances de conhecer alguém novo.

Não acredito nessas bobagens. Mas graças a Deus que dia 03 é hoje.



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Ele ganhou novamente

Ave Cesar Maia, o Imperador do Rio de Janeiro, ganhou mais uma eleição. Continuarei tendo muitos minutos a mais para ouvir música no meu anda-homem dentro do ônibus, já que as obras não vão parar por quatro anos. Será que ele topa fazer uma reforma aqui no meu quarto? Tô querendo mudar umas coisas.



Comments: sexta-feira, outubro 01, 2004

Show do Tom

Estava eu na segunda-feira em casa, completamente estragada pelas bactérias, ni qui, depois do Sem Saída, me deparei com a mais nova bizarrice da TV brasileira: o SHOW DO TOM.

Pra quem não sabe, o Tom em questão é o Tom Cavalcante, que saiu correndo da Rede Bobo pra ter o seu próprio programa na Rede Record.

Quando eu soube desse programa, até pensei que poderia ser uma opção a mais de programa humorístico na TV aberta. Não que eu goste do Tom Cavalcante. Não que eu aprecie a maioria dos programas de humor da TV aberta. Mas sabe como é. Pensei isso porque um programa do Tom Cavalcante só poderia ser um programa de humor, certo?

Errado. O Tom Cavalcante, vulgo Pitbicha, virou apresentador de televisão. Assim como o Leão, o Ratinho, o Faustão e outros animais. Ele até faz alguma coisa de humor, mas está apresentando um show dele. Com direito a interpretação de música. É, ele CANTOU. Alguém aí sabia que o Tom Cavalcante cantava? Nem ele, quer dizer, nem eu, mas ele cantou. E uma vez que eu comecei a olhar o Tom emocionado, com lágrimas nos olhos e cantando, enquanto passavam umas fotos da vida dele no telão, não consegui mais desviar os olhos daquela cena dantesca. Que nem acidente de carro: chocante, mas você não consegue parar de olhar.

Na platéia, grandes estrelas da Record como Eliana e Ana Hickmann e até a Hebe, perdida lá na outra emissora, assistiam a estréia. De vez em quando, aparecia um dando “uma força” ao Tom, como se ele tivesse sido enxotado da Bobo. Os novos colegas de empresa dele estavam dando as boas vindas, dizendo que desejavam boa sorte e tal, só que ao vivo, para todo o Brasil, como se interessasse ao público a vida pessoal do cara. Só não foi mais patético porque nesse primeiro dia não teve a Patrícia de Sabrit chorando por causa do Fábio Jr, isso foi no segundo programa (que, aliás, é diário! Deus nos proteja).

O troço não serve nem como lixo curioso, feito o programa da Luciana Gimenez. É um lixo para não ser visto. Nunca mais.



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