quarta-feira, março 28, 2007

A grande cobra

Estava eu indo almoçar toda feliz e cantante, pensando nos sushis que eu ia assassinar com garfo e faca,
quando o meu coração pára por um instante. Ai, minhas safenas, que me custaram tão caro. Vejo muitas bizarrices sempre no meu trabalho e ao redor dele, mas eu estava diante, naquele exato momento, de uma das maiores delas.

Era um homem sentado numa cadeira tipo carteira escolar, no meio da rua, com uma gigantesca cobra no pescoço. Nisso eu pensei: "andam pingando cachaça na água do trabalho. Eu nem bebi vodka hoje". Sim, porque aquilo só poderia ser uma alucinação. Um homem. Sentado. Com uma cobra gigante. Em volta do pescoço. Não, né? Enlouqueci. Chamem os homens de branco com aquelas camisas de mangas longas pra me levar.

Tudo isso eu pensando no segundo que meu coração ficou parado. De repente, meus pensamentos foram clareando e eu vi que o homem com a grande cobra (ui), que ainda por cima falava sozinho, praguejando coisas sem sentido, na verdade, ostentava uma cobra feita de pano. O que não deixa de ser grotesco, mas, pelo menos, não era uma cobra de verdade.

Oi? O que fazia um cara com uma cobra de pano sentado numa cadeira no meio da rua? Sei lá, rapaz. Nas redondezas onde a gente encontra pessoas jogando imagens de santos nas pessoas, eu posso achar de um tudo. Homens incrivelmente brancos segurando a revista UFO. A Isabelita dos Patins. Gente que gosta da nova novela das oito. Telespectadores do BBB que não acham que o Alemão vai ganhar. Qualquer coisa.



Comments: segunda-feira, março 26, 2007

Roooletrando

Eu gosto desse programa novo Roletrando, quer dizer, Soletrando, que passa no Caldeirão do Huck. Qualquer jogo pela televisão que eu consiga acompanhar eu gosto.

Esse sábado, pediram pra menininha soletrar “subversivo”. Pô, sacanagem, aí. Claro que essa palavra não faz parte do universo de uma criança de 11 anos. Ela não viveu nos anos 60 e nem viu Anos Rebeldes. Não sabia mesmo o que significava. Mas quem disse que era pra ser fácil, né? A brava candidata foi na intuição e conseguiu. Bacana. Aí passa para o próximo rapazinho. A palavra era: “japonesa”. Ah, essa é mole, né? Mole? O menino tem um momento de hesitação. Eu pensei: “ele deve estar em dúvida se é com z ou com s, a única dúvida que pode rolar numa palavra dessas”. Depois de uns segundos, ele pede:

- Por favor, um sinônimo pra essa palavra.

!

Sinônimo? Como assim, Bial? Foi a vez do Tony Belloto, que é um dos consultores do programa, ter o seu momento de hesitação. Não existe sinônimo de japonesa. Japonesa é japonesa, ora bolotas. Ele deu então a definição da palavra:

- Coisa originária do Japão, ou mulher que nasceu no Japão.

E o garoto:

- E a definição da palavra?

- Bom, a definição é essa...

Peraí... como o menino NÃO SABE o que é “japonesa”? Ele acabou soletrando sem saber mesmo, porque a explicação não parecia nem um pouco ter esclarecido nada pro pobre. Não teve tanta sorte quanto a colega do “subversivo” (que, aliás, perdeu, porque soletrou contorção errado – essa nem eu sabia, achei que fosse com s) e disse que era “japonêsa”, com acento circunflexo. Inacre.



Comments: domingo, março 25, 2007

Cartaz

Apareceu no elevador aqui no prédio um cartaz com um texto todo elaborado, dizendo que o síndico não tinha convocado a assembléia para substituir a atual gestão, que vai acabar quinta-feira. Era quase um manifesto, citando o Código Civil, perguntando como ia ficar se o cara não convocasse a tal assembléia.

O síndico acabou tomando a atitude que deveria. Hoje o tiozinho do condomínio veio aqui entregar o aviso da convocação. Mas desde ontem eu sabia que a coisa tinha sido resolvida. Cheguei em casa da praia e vi, no tal cartaz do elevador com texto literário, uma singela palavra escrita à mão com caneta: “já”.

Sensacional. Bla bla bla, o síndico não convoca a assembléia, bla bla bla, o que vamos fazer, Whiscas Sache, bla bla bla... e a resposta é um monossílabo que diz tudo: “já”. Ou seja, já resolvi o problema, ô mala do cartaz. Isso é que é poder de síntese.



Comments: quarta-feira, março 21, 2007

O nome dele

O verdadeiro nome de Metadinha é um nome em inglês, diferente. Como a família do rapaz (?) é bem brasileira, surgiu outro dia a pergunta de por que teria ele esse nome. Daí ele esclareceu:

- É que meu pai estava assistindo a uma luta de boxe e disse que colocaria em mim o nome do vencedor.

Ah... Como escolher o nome do seu bebê em uma lição, com o pai de Metadinha!

- E como se chamava outro cara, Metadinha?

- GUMERCINDO.

...

Eu acho que Metadinha teve foi sorte. Pior de tudo é que quando essa luta se desenrolou ele já tinha nascido e não tinha nome. Como não tinham do que chamar, as irmãs o batizaram temporariamente de PRAXEDES.

Vejam como essa pessoa não poderia ser assim totalmente normal.



Comments: segunda-feira, março 19, 2007

Complô

Cenário: domingo, eu lia um livrinho deitada na minha rede, quando o meu celular toca. Eu me dou ao trabalho de levantar e ir até ele, que estava longe (o celular está sempre longe). Só que não dá tempo de chegar: o telefone pára de tocar. Outra coisa que sempre acontece.

Vou verificar o número da criatura que me incomoda. É um telefone desconhecido, interurbano, de Santa Catarina. Penso que deve ter sido engano, a pessoa se tocou no meio do caminho e desligou. Volto pra minha rede e não penso mais nisso.

Dias depois, recebo um torpedo de feliz aniversário. Do tal do número do Sul. Como meu aniversário é em setembro, loooogo deduzo que é engano. Eu saco essas coisas. Aí, PACIENTEMENTE, mando um torpedo de volta, dizendo houve um equívoco no número, que não é meu aniversário etc e tal. Senão, coitada, a pessoa pode achar que deu os parabéns e na verdade caiu errado. Vejam como eu sou uma fofa que se preocupa com o bem estar de um desconhecido. Que dentro de mim também bate um coração. E também porque a pessoa enganada já estava me enchendo o saco com os seus enganos no segundo telefonema. Mas isso não vem ao caso.

Passam-se mais alguns dias. Na noite de domingo pra segunda, mais precisamente, na madrugada, duas e meia da manhã, toca meu celular. Eu acordo assustada. Quem morreu? O que eu fiz? De quem são essas vozes na minha cabeça? Tudo muito confuso, mas era só a cacetina do celular tocando. Dois toques e parou, só serviu mesmo pra quase me enfartar. Quando fui ver o número, adivinhem? Quem adivinhar ganha uma bala de leite Kid’s, a melhor bala que há. Pois é, o tal do número dos infernos. Com mil GSMs! Nem dava pra desligar o telefone porque eu uso ele de despertador.

No dia seguinte, pensei em colocar outra coisa pra despertar, mas fui no automático e coloquei o celular mesmo. Afinal, não iam me ligar de novo às 2h30 da manhã. Realmente, não ligaram 2h30. Ligaram 1h30. Novamente acordei cuspindo o pulmão pra fora. Ah, que raiva! Quem foi o corno sem a menor mãe que falou que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar? Deve ser parente desse capeta do pé preto que está me ligando.



Comments: quarta-feira, março 14, 2007

Barriguinha

A mulher faz a sua caminhada tranqüila na Lagoa, ni qui encontra uma conhecida que ela sabia que estava grávida. Ela a cumprimenta, coloca a mão na sua barriga e diz, toda fofa:

- Como está essa barriguinha?

Ao que a outra dispara:

- Não estou mais grávida. Perdi a criança.

TÓIM.

Nossa pobre heroína tenta emendar rapidamente:

- Ah, mas não liga, não. Você é jovem, pode engravidar de novo. Pior sou eu, que tenho 43 anos.

E a outra:

- Eu tenho 44.

...

O que fazer numa situação dessas? Mergulhar na lagoa e pegar uma doença, se jogar na frente de um carro e brincar de ser asfalto ou fingir que é maluca e dizer que a pessoa usa o shampoo errado?



Comments: domingo, março 11, 2007

Sorte

Demorei mais de uma semana pra escrever essa história e só estou escrevendo porque algumas pessoas me pediram. Como eu não consigo resistir a nenhum pedido, aí vai. Só não sei se dá pra falar sobre isso com humor.

Sábado passado, fui eu toda pimpona à praia. Cheguei lá e estava uma muvucada. Aquela coisa de praia no Rio final de semana: muito, muito, muito cheio. Ainda por cima, as meninas ainda pararam um vendedor de canga, o que contribuiu pra ter zero espaço pra mim. Encostei a minha bolsa embaixo da barraca e fui providenciar uma cadeira de praia. Acomodei a cadeira onde tinha espaço, sentei e pensei: “agora é hora de pegar a minha bolsa e trazer mais pra perto de mim”. Ni qui pensei isso, Cacau Acelera me pergunta, com os olhões arregalados de ovos fritos:

- Fê, cadê a sua bolsa?

Respondi plácida e serena feito água de poço:

- Está ali, ó.

E apontei para um espaço vazio. A bolsa não estava mais. Nisso chega uma mulher que aluga cadeiras e diz:

- Era de vocês a bolsa que roubaram? Porque eu vi o cara, ele correu e caiu isso aqui.

A minha chave de casa na mão da mulher. Só nessa hora é que eu acreditei que era verdade: tinham levado a minha bolsa. Entrei em pânico. Tinha identidade, cartão de banco, cartão do tíquete-restaurante, cartão do plano de saúde, dinheiro, celular... Mais desesperada eu fiquei porque um mês atrás me roubaram num bloco de carnaval e levaram exatamente essas coisas. Eu estava vendo o mesmo filme de novo, muito cedo. E não era legal.

Nessa hora, chegou o barraqueiro que trabalhava com a tal mulher que trouxe a minha chave e disse:

- O que aconteceu? Roubaram você? Como ele era? Vou atrás!

A mulher deu a descrição do sujeito, que só ela tinha visto, e o outro saiu correndo. E eu saí correndo atrás. Era ridículo, já que, àquela altura, o meliante já estava longe pelas ruas de Ipanema tomando um sorvetinho com o meu dinheiro. Mas na hora era a única coisa que eu podia fazer. No meio do caminho, cansei de correr e fiquei esperando embaixo de uma barraca, enquanto o cara dizia:

- Fica aí, eu vou continuar procurando. É difícil, mas eu vou tentar.

Óbvio que era difícil. Impossível, na verdade. Fiquei pensando no que fazer, peguei um celular emprestado pra tentar falar pro cara pra deixar pelo menos o que não valesse dinheiro em algum lugar, mas ele já tinha desligado meu telefone. Perdeu, prayboy.

Aí é que aconteceu o mais incrível e o que fez essa história valer a pena de ser contada. Porque bolsas são roubadas nas praias do Rio de Janeiro todos os dias. Mas, no meu caso, o cara que saiu perseguindo o ladrão voltou e disse:

- Vem, pegaram o cara! Sua bolsa está lá em cima, com os PMs. Eles querem saber se não está faltando nada.

E na calçada estavam três policiais e o ladrão sentado no chão com as mãos pra trás. Um dos PMs me entregou a bolsa e o meu celular, que estava no bolso do cara. Não faltava nada, nem um real. O sujeito não teve tempo pra ver o que tinha dentro. Tudo isso, desde o furto, até a captura do cara, levou assim uns cinco minutos. O barraqueiro viu os policiais na calçada e avisou a eles. Os caras se espalharam e pegaram o sujeito. A polícia trabalhou. Funcionou. Não estava ali fazendo só figuração.

Tive que ir pra delegacia, registrar queixa e tal. Olhava pra minha bolsa e não acreditava. No fim das contas, tive mais sorte que azar. Primeiro eu me senti uma idiota por ter deixado a minha bolsa longe de mim. Nem era muito longe, na verdade, mas não estava amarrada na cadeira e na minha cara, como tem que ser. Claro que isso é uma inversão de valores, porque, teoricamente, eu deveria poder deixar as minhas coisas onde fosse, porque ninguém tem o direito de roubar. Depois que contei essa história pras pessoas, várias me disseram que não tomam muito cuidado com bolsa em praia, que acabam relaxando. Pois é, a gente pensa que é histeria coletiva, até que acontece. É lamentável, mas não dá pra dar mole nem dois minutos. Fico com pena desses turistas que vêm pra cá e ficam indefesos, sujeitos a isso e a coisas piores.

Outra coisa incrível dessa história, além da atuação da polícia, foi o barraqueiro ter saído à caça do ladrão. Ele não tinha por que me ajudar. Nem alugando cadeira com ele eu estava. Solidariedade de gente que nem me conhece, assim de graça, me comove.

Ah, sim. Depois de passar duas horas na delegacia registrando a ocorrência, voltei pra praia. Pra dar um mergulhinho e tomar um solzinho. Que eu não ia deixar vagabundo mão grande estragar meu dia de sol.



Comments: segunda-feira, março 05, 2007

Testando a superação do medo

Ontem cheguei em casa do choppinho saideira total do fim de semana e peguei o telefone pra ligar pra Papai Joselito. Apoiei o aparelho na minha perna pra discar, depois o coloquei de volta na mesa de cabeceira e comecei a conversar com papis. Ni qui eu olho pra minha coxa e o que vejo? O quê? O-quê??? Uma BARATA. Paradinha lá, como se não fosse nada. E das grandes.

Cacetes cascudos! Quando vi a bicha só consegui falar:

- Ihhh, maluco, maluco, MALUCO! Pai, esperaí!

Momentos de tensão para o pobre papai. Imagina você estar falando com alguém no telefone e de repente, depois de uma exclamação dessas, a pessoa some? Só ouvia ele do outro lado da linha:

- Fernanda, o que foi? O que foi? O que foi???

Coitado. Mas eu tava ocupada espantando a barata. Com a mão mesmo taquei ela no chão. Não ia levantar pra pegar remédio com ela grudada em mim. A bicha tava meio lerda, não saiu correndo e fugiu como qualquer barata dos infernos faria. Ficou lá no chão quieta. Acho que alguém de outro apartamento deve ter tacado inseticida nela e ela veio grógui até aqui. Sei lá. Sei que ela deu mole no chão, aí eu pulei a parte do veneno e dei só a porradinha com a sandália, que providencialmente estava perto. Porradinha de leve, pra não esparramar a gosma no meu taco. Que nojo, cara. Aquele bicho na minha perna... a sorte é que eu tava de calça jeans. Vou ter que lavar com ácido sulfúrico agora. A perna e tudo.

Agora como a barata foi parar em mim e eu nem senti é um mistério. Acho que ela devia estar morando embaixo do telefone e aí quando eu o apoiei ela veio de brinde. Que situação. Ainda bem que agora só tenho medo de morcego e rato.

Pior foi pra dormir. Eu pensava que se subiu uma barata no meu próprio corpo, pode entrar uma no meu próprio ouvido. Que nem aquela história de terror que me contaram.



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