quinta-feira, julho 24, 2008
Contos de MiniPentelMiniPentel aprendeu sobre Santos Dumont na escolinha. Cara, não aceito. Primeiro porque ontem mesmo ela era um bebezinho e na hora de me chamar dizia "aiiinha, aiiinha". Como assim agora ela sabe quem foi Santos Dumont? Fora que quando eu tinha 3 anos e meio provavelmente eu nem sabia que alguém tinha inventado o avião. Pentel e Cunhado sem Loção a levaram pra conhecer a casa de Santos Dumont, em Petrópolis. Chegando lá, ela, empolgadíssima, queria porque queria encontrar o Santos Dumont. Sim. O próprio Santos Dumont, com seu relógio de pulso. Pentel teve que explicar a ela que, assim, não ia ser possível. - MiniPentel, o Santos Dumont não está aqui. - Por quê? - Porque ele mora com o papai do céu. - Por quê? - Claro, gente, deve ser muito estranho pra criança isso. Pensem bem. - Porque o Papai do Céu chamou ele. E assim ficou. O dia passou e, quando Pentel colocava MiniPentel pra dormir, ela perguntou: - Mamãe... o Papai do Céu vai chamar você? ÔOO dó. A bichinha ficou com isso o dia inteiro martelando no seu cérebro quase formatado. Praticamente um pen drive de 8 giga com uns 100kb ocupados. - Vai, MiniPentel. Um dia ele vai chamar todo mundo. - Quando ele vai te chamar? - Ah, MiniPentel, não sei. Isso só papai do céu sabe. - E será que vai ser hoje? Não sei se ela estava com medo ou curiosa pra ver o papai do céu aparecer em pessoa e chamar alguém. De repente, acompanhado pelo Santos Dumont, com seu relógio. Olha que legal.
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quarta-feira, julho 16, 2008
CalibráaagiPedalar é legal, mas todo mês tenho que calibrar os pneus da bicicleta. Não gosto de calibrar os pneus. Não sei mexer na maquininha sozinha, acho que o pneu ou vai explodir, ou vai continuar vazio. Rola uma lesação. Aí, eu tenho que pedir pro tiozinho do posto fazer pra mim. E esse não é um serviço pago, é de graça. Odeio serviços grátis. Fico sem graça de ir embora dizendo "valeu, amigo". Fico mais sem graça ainda de dar gorjeta. Dar gorjeta me constrange. Gente, é péssimo. É uma tortura mensal. Preciso urgentemente de um personal frentista Tabajara. De preferência, um que tenha a cara do Cauã Raymond. Sim, porque agora o Cauã Raymond é o sujeito da moda e eu quero um igual. Pra calibrar pneu, trocar óleo, tudo. OK, é uma piada amarela, mas resolvi fazer, antes que alguém fizesse por mim nos comments.
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quinta-feira, julho 10, 2008
MaratocoisasQuem nasceu pra repolho, nunca chega a couve-flor mesmo. Não tem jeito. Outro dia, resolvi seguir a nova onda do momento, a tendência da hora, o must do mundo dos esportes moderno e ser uma MARATONISTA. Sim! Porque agora todo mundo corre, já repararam? Saiu até uma nota na Época falando que o número de maratonistas no Brasil cresceu sbbrubbles por cento nos últimos 10 anos. Resolvi que eu queria ser da galera e que também ia tentar. E, principalmente, que ia emagrecer muitos quilos. Finalmente, minha eterna busca por uma atividade física que mate e seque o rato chegaria ao fim. Então fui. Corri 4km, em 34 minutos. Pra quem nunca tinha corrido na vida, estava muito bom. Realmente, é de longe o exercício mais puxado que já fiz, mas, como não sou sedentária, encarei o esforço numa boa. O problema é que meu joelho ficou puto. Cortou relações comigo. Até hoje, uma semana depois, ainda não estamos nos falando direito. Nos dias que se sucederam à maravilhosa tentativa, eu ia praguejando e mancando pelos corredores do trabalho. Essa semana, voltei aos meus humildes 10 km de bicicleta pela manhã. Os maratochatos do Aterro voltaram a ser apenas gente que me atrapalha quando eu quero ultrapassar. Se bem que, além disso, eu hoje olho praquelas pessoas me perguntando como demônios elas conseguem correr e eu não. Duvido que todas tenham o "tênis e o preparo muscular adequado". Aham. Todas aquelas pessoas são preparadas e eu sou um croissant. De quatro queijos. CãoAndar de bicicleta é animado. Outro dia, estava eu feliz e cantante com meu mp3 berrando e acabando com os meus ouvidos ni qui escuto um cachorro latir. Até aí, nada, porque no Aterro tem trocentos mil e quinhentos cachorros. Só que aí eu percebi que os latidos ficavam cada vez mais fortes, mais fortes, MAIS FORTES e, quando eu vi, era um cachorro de rua me perseguindo. O bicho corria mais que a minha bicicleta e estava quase me alcançando, rosnando feroz. Aí, num movimento suicida, eu parei a bicicleta. O cachorro ficou meio sem ação e acabou indo embora. Se ele tivesse resolvido me morder em vez disso, eu não estaria aqui, e sim no hospital tomando uma injeção na barriga. Eu levei um susto, mas pensando bem, pelo menos, era cachorro mas gostou de mim. Correu atrás, cara. Qui-lô-me-tros. Um dia eu posso até me arrepender de não ter perguntado o nome dele.
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quarta-feira, julho 09, 2008
Gente, acho que consegui tirar o vírus. Por favor, testem aí.
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segunda-feira, julho 07, 2008
AviãozinhoEsses dias tive um sonho maluco. Eu olhava pela janela aqui de casa e tinha um avião gigantesco, muito perto, meio desgovernado, fazendo pirueta no ar e dando pinta de que ia cair a qualquer momento. De repente, o piloto se jogava no topo do prédio em frente ao meu e aí é que o avião ficava sem direção mesmo, rodopiando. Eu morria de medo, porque não sabia onde ele ia bater, mas minha alma fofocal não me deixava sair da janela, porque eu queria ver como aquilo tudo ia terminar. De repente o avião sumiu e pronto, explodiu em outro lugar. Mas o pior do sonho não foi isso. Pior mesmo é que depois eu ia contar essa história pras pessoas (sim, porque essa é a história do ano, né, convenhamos que não é todos os dias que você fica observando um avião prestes a explodir da sua janela - Bin Laden perde). Eu ia contar isso e, mesmo com todos esses detalhes palpitantes, ninguém me dava atenção, como se fosse uma coisa sem importância. Como assim, Bial? Da próxima vez, jogo um centena de aviões mortos nos prédios de todos. Eu posso, no meu sonho eu posso tudo, até explodir avião na cabeça de quem presta atenção em mim. Ou dos sem loção. Que me enchem o saco diariamente. Vocês sabem.
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