domingo, agosto 29, 2010
O coelho...Perto do trabalho, tem um restaurante que é um genérico do Spoleto, batizado carinhosamente de "Sproletário" pelo pessoal pouco criativo da Comunicação, por ser o Spoleto dos pobres. É até maldade, porque o lugar é melhor que o Spoleto de verdade, tanto que depois abriu um Spoleto mesmo lá perto e ninguém vai. Somos muito apegados ao Sproletário. Especialmente porque lá tem um cartão fidelidade que dá uma refeição, uma bebida e uma sobremesa quando completa 10 trocinhos marcados. Semana passada, completei o cartão e peguei a minha comida grátis. Como dia de semana eu estou sempre de dieta, pedi a mousse de chocolate e levei pra casa pra comer no fim de semana. Era uma segunda-feira. Passei a semana inteira olhando praquele saco plástico na geladeira pensando que tinha uma mousse dentro que seria comida no sábado. Quando o sábado chegou, passei o sábado pensando que ia finalizar o meu dia comendo a minha mousse. Finalmente, quando chegou a hora, abri a geladeira, abri o saco, abri o pote e... tinha um coelho crescendo lá dentro. Uma coisa branca e peluda no meio do chocolate. Fiquei olhando aquilo com cara de cão de rua (não vou dizer de cu pra não suscitar o tema nesse post também), sem conseguir evitar pensar que se eu tivesse comido uns três dias antes o coelho poderia não estar aparecendo, mas já estaria lá. Eu ia ficar tão magrinha depois. ... e o sapoEra uma vez um sapo verde que pensava que era rosa. As pessoas falavam "bom dia, sapo verde" e ele respondia "Eu sou rosa"; "boa tarde, sapo verde" e ele respondia "boa tarde, mas eu sou rosa"; "boa noite, sapo verde" e ele respondia... bom, vocês já entenderam. Um dia, apareceu uma fada e disse: "Sapo verde, você tem um problema de visão que faz você achar que é rosa, mas, na verdade, você é verde". E ele: "Não, eu sou rosa". "Não, você é rosa, acredite em mim, ó obtuso sapo". Aí a fada, que era meio gênio (e gênio é sempre joselito), disse: "Eu posso realizar um desejo seu, você tem duas opções, presta atenção: ou eu corrijo o seu problema de visão e você passa a se enxergar como realmente é ou eu transformo você em rosa de verdade". O sapo, obsessivo que era pra ser rosa, adivinhem, escolheu ser rosa de verdade. E a fada/gênio: "Seu pedido é uma ordem!", puf, com uma nuvem de glitter e glamour, transformou ele num sapo todo trabalhado na cor rosa. Ele foi correndo se olhar no espelho, emocionado. Só que, como ele ainda tinha o problema de visão, o que viu na imagem refletida foi... um sapo verde. E a fada filha da puta foi embora, feliz, pra continuar sua missão de realizar desejos pelo mundo.
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segunda-feira, agosto 23, 2010
Aventuras de Suave, Kátia e CaminhoSuave Veneno outro dia chegou toda saltitante com uma bolsa de água quente na sala. Antes de dizer a ela que isso é coisa de velho - o óbvio -, perguntei por que ela tinha comprado uma bolsa de água quente (e, pior, estava tão feliz). Ela disse que foi pra esquentar os pés à noite e eu tive que concordar que a ideia era boa. Nesses dias de frio máximo do Rio de Janeiro (17 graus), não havia meia que fizesse meu pé dormir quente. Graças a Deus que essa semana temos máximas previstas de 34 graus: eu já estava quase indo até a farmácia, comprando a tal da bolsa e assumindo de vez minha idade provecta. O melhor foi que Suave, falando sobre o problema dos pés frios, disse que a filhinha dela ficava chorando antes de dormir por conta disso e que ela arrumou uma solução provisória. - Antes dela dormir, eu esquentava o ferro de passar roupa e... Ai, minha Nossa Senhora das Tundras Geladas da Finlândia, padroeira dos esquimós! O que Suave fazia com esse ferro? Eu, com olhos esbugalhados de ovo frito: - Você passava os pés dela??? - Não, né, Fernanda, eu passava a cama, pra esquentar. Só mesmo a minha mente rocambolesca pra imaginar Suave passando o pé da filha. Acho que estou vendo True Blood demais. ++++ Kátia Lisa, minha amiga artista performática, contava animadamente que vai tocar em uns hospitais, junto com os doutores da alegria. Ela descreveu as características do primeiro hospital: - É um que trata pacientes de tais e tais doenças. Medulinha se interessa: - E onde fica? E Kátia, com muita fineza: - No CU DO MUNDO! Ai, que FOFA. Medulinha continua: - É um hospital assim, assado, frito, cozido??? Kátia confirma que sim, essas são as características do lugar onde ela vai tocar, localizado na toba do mundo. Ao que Medulinha diz: - Eu conheço esse hospital, fica na minha rua. Hora de mudar de assunto. Tá frio, né? ++++ Caminho das Índias, nossa moça de eventos dos cabelos lindos cor da asa da graúna, foi toda pimpona ao Walter Coiffeur, salão chiquezinho de Ipanema, gastar um cupom que ela comprou no Peixe Urbano, um dos muitos sites de desconto que viraram mania de repente. Caminho comprou um pacote com um tratamento de cabelo sbbrubles e escova. Diz Caminho que, quando ela falou que era da promoção do Peixe Urbano, o sujeito olhou pra ela com cara de CU (vejam que hoje o cu verdadeiramente está bombando no blog), soltou um muxoxo e disse: - Ah, tá, da promoção... De má vontade. Depois, quando ela foi pagar, que no caso é só entregar o cupom já pago anteriormente, a garota do caixa não entendia e ficava perguntando se já estava pago. Ou seja, programa cilada constrangedor e a menina só estava consumindo um produto que comprou e ainda pagou adiantado. Antes tivesse ela ficado com o cabelo do jeito que é, né, porque já é bonito. Mas não, mulher não sossega a toba (olha o cu aí de novo) com intervenções capilares. É a eterna busca pelo shampoo certo. Enfim. Acho que o sistema desses sites até funciona, já soube de histórias de pessoas que usaram o desconto e foi tudo OK. Mas a equipe do estabelecimento fazer isso, tratar mal a cliente, faça-me o favor, é, no mínimo, burrice, já que, segundo as tradicionais leis do marketing negativo, um cliente insatisfeito conta pra 10 pessoas, e cada uma dessas pessoas conta pra mais 10. Como eu tenho um blog, conto logo pra 200, não tem miséria.
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terça-feira, agosto 17, 2010
TribosQuase dois meses se passaram. Nesse meio tempo, algumas coisas aconteceram, até uma viagem inteira pra Portugal, que eu jurei que ia render um (uns) post. Mas para vencer a preguiça de sentar aqui e escrever, não tem viagem, não tem momento engraçadinho, não tem contos de MiniPentel. Pra quebrar um jejum tão grande sem postar, só mesmo um momento de EXTREMO MAU HUMOR. Aí, sim! Portanto, queridos poucos leitores que ainda acreditam que essa porcaria possa vingar novamente, não torçam por viagens e nem fatos curiosos na minha vida. Torçam para que eu sinta raiva. Muita raiva. O que, convenhamos, não é uma coisa muito difícil. Descobri que esse mundo está dividido em duas tribos. Antes, eu pensei que as tribos apenas classificassem as pessoas no mundo empresarial, mas hoje, quando cheguei em casa e liguei o computador, percebi, de repente, qual uma revelação, que todas as pessoas desse mundo gordo e excessivamente populoso onde vivemos estão divididas assim. São duas tribos. A tribo dos idiotasFazem parte da tribo dos idiotas aquelas pessoas que cometem atos sem lo-ção, que você não entende como e nem por que, mas a criatura não faz por mal. A pessoa é só burrinha. Gente até do bem, que faz o melhor que pode. Mas irrita, porque burrice irrita. A tribo dos babacasJá os representantes da tribo dos babacas são sem noção de propósito. Eles fazem de sacanagem, conscientes do que estão fazendo, só pra ... sei lá, gente, só pra ser babaca, pronto, sem explicação. OK. Admito que existe ainda a tribo dos malucos, composta de gente simplesmente mentalmente perturbada, mas normalmente a gente chama de maluco porque não quer acreditar que a pessoa seja idiota ou babaca. Se pensar bem, vai se encaixar em uma das duas primeiras tribos. "Fernanda, todo mundo está dividido nessas três categorias?" Não. Existe gente que não é idiota, nem babaca, nem maluca, mas este é um grupo seletíssimo, do qual faz parte a última pessoa lúcida que restou no globo terrestre. Eu. Ah. Sinto-me tão melhor agora. Poderia até dividir a minha paçoquita diet da noite. ++++ É isso, pessoal. Vocês já notaram que os posts estão cada vez mais escassos, então, me sigam no twitter para que eu possa avisar quando acontecer outro momento de raiva e eu venha aqui novamente.
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