quarta-feira, outubro 19, 2011

Ei, você

Era um dia desses chatos de chuva que tem feito hoje. Gente, andar na rua, circular de um lado para o outro, na chuva, não é legal. Chuva é bom pra ficar em casa vendo séries. Chuva é o único momento em que eu tenho vontade de ter um carro pra me jogar dentro dele e pronto. Ainda bem que moramos em um lugar que não chove sempre.

Mas esses dias tem chovido. Eu voltando pra casa, no ônibus, aquela vida triste, levantei pra saltar TODA ENROLADA. Carregava bolsa a tiracolo, bolsa de mão (porque mulher sempre acha um motivo pra ter que carregar não uma, mas duas bolsas), o celular dentro de uma das bolsas com o fone no ouvido e um guarda-chuva ensopado sendo manobrado meticulosamente no meio de toda essa confusão, tomando cuidado pra com ele pra não me molhar e nem molhar as pessoas. Imaginaram a cena?

Então, visualizem esse momento, eu nesse contexto andando pelo ônibus pra saltar, quando, de repente, uma mulher sentada me olha, arregala uns olhões de ovos fritos, começa a apontar pra mim e a fazer gestos frenéticos desesperados, tentando chamar a atenção pra alguma coisa, falando algo que naturalmente eu não ouvia por causa do rádio aos berros que inutiliza meus ouvidos lentamente.

Com muito esforço, consegui tirar um fone com uma das mãos, tomando cuidado pra não me estabacar, e perguntei:

- Oi?

Cara, porque tinha que ser uma coisa muito grave, tipo eu estar sangrando pelos olhos ou estar com o crânio aberto com o cérebro escorrendo e um zumbi acoplado, algo nesse nível.

E a mulher:

- Você está de crachá.

...
.....
........

Cacetes corporativos devidamente identificados para o controle de acesso!!! Amiga, quando eu estou de crachá, eu sei que estou de crachá. É como andar com o cadarço desamarrado VOCÊ SEMPRE SABE, mas não teve saco ainda de parar para resolver isso.

Não sei vocês, mas eu acho que não mereço essas coisas. Honestamente.



Comments: domingo, outubro 02, 2011

ÔOO ôoo ôoo ROCK IN RIO

Ontem foi dia de vestir a minha roupa camuflada, sujar a cara e me preparar pra ir pra guerra. Foi mais ou menos assim que eu me senti quando tive que decidir com que roupa eu ia, o que ia levar, que estratégias usar pra não ser roubada, a que horas ia sair e toda uma listagem de procedimentos que envolvem uma ida ao Rock in Rio. Graças aos céus, tudo isso foi feito com um misto de ansiedade e animação. Durante a semana, resolvi o maior dos problemas: consegui comprar o bendito Rock in Rio Card que dava direito aos ônibus especiais que levam direto ao evento. Então não precisei ficar à mercê de um ônibus comum. A organização do festival colocou muitos ônibus disponíveis e a sorte deu uma mãozinha do ponto de venda ser no caminho do meu trabalho.

Outra coisa importante que foi resolvida pelos organizadores foi liberarem levar alimentos pro show. Não que eu não fosse levar assim mesmo, mas sabem como é, sou virginiana, gosto de seguir as regras e quando resolvo não seguir sempre acho que eu vou ser a bucha que vai ser pega levando comida e que vou ter que jogar tudo fora antes de entrar. Então era uma preocupação a menos. Passei no supermercado e comprei tudo que nunca como normalmente: Club Social gordureba com aditivos divertidos no sabor queijo, biscoito da vaquinha (do amarelo, mesmo tendo o branquinho light do lado) e chocolate gordo Opereta. Lembram daquele post que eu fiz falando sobre as situações em que você come e não engorda? Então, incluam “dias de Rock in Rio” na lista. Tudo tem que ter muita gordura e carboidratos, afinal, você não sabe quando vai comer novamente. Soldado não come salada. Soldado come pão com leite condensado. E deu certo. Comi muitos pratos de arroz com feijão no almoço e fiquei a base dessas gordices até as 6h da manhã. Sem sentir fome. Nada de gastar dinheiro e tempo em filas pra comprar comida. Isso não me pertence.

Quando você vai a um evento desses, a companhia é muito importante. Se estamos falando de alguém com tendências antissociais como eu, esse ponto é vital. Ninguém melhor pra ir comigo que Gêmea da Night, que, afinal, não ganhou esse apelido à toa: ela é minha gêmea mesmo. Quando chegamos lá, às 6 da tarde, demos uma volta antes de começar os shows pra conhecer a estrutura da cidade do Rock, ver a tal da Rock Street etc. Nessa hora, fomos ao banheiro, que estava vazio, limpinho e fofo, com cheiro de Gleid quero-fazer-cocô-na-casa-do-Pedrinho Sachê. Depois disso, amigo, não bebemos nem água pra não dar sede. Eu sou uma pessoa que bebe água e vai ao banheiro o dia inteiro, BUT, eu também sou uma pessoa que tem capacidade de ficar longas horas sem beber água e ir ao banheiro se for necessário (na guerra). E Gêmea também é assim, pra minha sorte. Depois que os shows começaram paramos mais ou menos no mesmo lugar e dali não saímos mais.

Mais ou menos no mesmo lugar porque, gente, em um aglomerado de pessoas você encontra de um tudo. Como tem gente bêbada chata. Tem aqueles que GRITAM A MÚSICA no seu ouvido e você não escuta mais nada, só a pessoa gritando (nada a ver com cantar, cantar todo mundo canta, mas gritar no ouvido dos outros pra que eles não ouçam a voz do artista É SACANAGEM. Cacete). Tem a VACA que joga água em cima dos outros do nada (caísse um pingo em mim e eu seria a responsável pela rodinha de porrada). Tem a besta quadrada que resolve dizer o set list do show que ela catou na Internet (metade da graça pra mim do show é ter a surpresa de que músicas serão tocadas e em que ordem, considero um mistério esse lance de achar legal já saber tudo o que vai acontecer). Tem aqueles casaizinhos que não vão durar até a próxima micareta que quando toca aquela música romântica do Jota Quest se beijam se jogando em cima das pessoas do lado (por quê?). Tem aqueles que realmente gostam do Jota Quest. Pausa para reflexão. As pessoas gostam do Jota Quest. Quando toca Planeta dos Macacos os casaizinhos acham que estão protestando. Que dó.

Shows

Aí os shows. O do Marcelo D2 foi meio mala. Eu achei que conhecia mais coisas dele. Tem um momento emaconhado que é uma chatice só. Assim, eu não vou ficar cantando planet hem-pá. Esquece. Depois veio o Jota Quest. Jota Quest, néam, gentchy? Já disse lá em cima. Não tem o que comentar. Até dancei em alguns sucessos, mas tem uma hora que aquilo começa a dar nos nervos. Aí veio o show da Ivete. Eu sabia que ia gostar. Fui ao um show dela com Veia Saltada em um tempo muito patrasmente, na única micareta da minha vida. Mas superou todas as minhas expectativas. Não tem como não se animar. Foi o único show da noite em que realmente achei que valia a pena pular. Ela é realmente muito simpática e fez um show muito bom. Eu estava super pilhada no final, todo mundo estava. Aí veio o Lenny Krevitz.

Que dó, que dó do Lennyzinho. Abriu um clarão na platéia, as pessoas aproveitaram pra circular, sentar pra descansar pro show da Shakira, deitar e dormir, jogar Banco Imobiliário. Eu bem que tentei ficar em pé assistindo ao show, mas depois de It ain´t over till it´s over ele também não ajudou muito. Deixou de tocar alguns sucessos que iam ajudar a tornar o show mais agradável praquele público (que não era o dele. Sempre tem o mico da organização da noite, né?). Antes de começar, fiquei relembrando com Gêmea tudo o que a gente conhecia dele. Eu disse:

- Tem aquela música assim, ó: “I've got one hand in my pocket, and the other one is giving a high five”.

E quando acabei de cantar, diante do olhar chocado de Gêmea, percebi que tinha acabado de cantar uma música da Alanis Morrissete. Mas eu sabia que tinha uma música do Pocket, a qual eu sofri horrores pra lembrar qual era. Passei o show inteiro esperando a música do pocket e nada. Tá de sacanagem, ô Cróvis? Muito rancor no meu coração.

Então finalmente chegou o show da Shakira.

Pausa para reflexão II: será que se um dia eu nascer de novo AND fizer uma lipoescultura eu fico com aquele corpão? Eu pergunto.

Voltando. O show foi diferente do que eu esperava. Ela canta bem, eu gosto, eu teria gostado de qualquer forma porque adoro ela, mas ela tem a voz baixa e a gente meio que precisa se acostumar com isso. As músicas ficam mais calmas, com uma pegada de música espanhola bacana, mas os pais com adolescentes em geral começaram a ir embora igual o estouro da boiada. Vi uma menina passando e chamando ela de Chatira. Engraçado, mas injusto, na minha opinião. Eu gostei. O final foi delicioso, porque quando pensamos que ela ia finalizar com aquele momento desnecessário, com a Ivete no palco cantando País Tropical (ai, gente, País Tropical já deu, né? Next, please), ela fez uma versão ótima de My hips don´t lie e quando eu pensei que aí sim só podia ser o final, cantou Waka Waka muuuuito animada. Curti, curti mil vezes.

Não entendo por que as pessoas que vão em um evento como esse resolvem ir embora mais cedo. Como assim agüentou o Lenny Créyson e deixou Shakirão lá rolando? Entendam: a volta será complicada ANYWAY. Já está lá mesmo, aproveita, BEBÊAM! Eu fiz questão de ficar até o final e ver os fogos ao som da música do Rock in Rio. Eu adoro fogos, gente, sou igual criança, acho lindo, não enjôo. E foi muito bom, com as luzes do palco acompanhando a música e a sequencia dos fogos. Quando acabou, aí sim, era hora de iniciar a jornada de volta pra casa.

A volta

Fomos acompanhando o fluxo. Como comentou Louca por Fábio, realmente, você anda, anda anda no meio da multidão e não chega nunca a saída. E olha que eu não fiquei lá na frente, porque, ao contrário do que ela disse, sim, havia espaços na pista, mais atrás, onde se uma pessoa passasse mal ela poderia sentar no chão em um momento de emergência (e foi exatamente nesses locais que eu fiquei o tempo todo). Quando finalmente chegamos na saída, esperei ver os tiozinhos dos ônibus especiais gritando “Castelo! Copacabana! Ipanema! Pindamonhangaba do Norte!” pra eu saber onde embarcar, porque eu vi isso no noticiário mais cedo e cri, mas não havia nada, fui enganada. A pouca sinalização ficava escondida porque era muita gente junta. Ali, sim, era ótimo de dar uma merda, porque tinha horas que engarrafava, ninguém mais andava e algum babaca podia resolver empurrar e começar uma confusão. Porque tem muito babaca, gente, muito. Tem gente que entra na fila pra ser babaca três vezes no Vale do Eco. Teve uma hora, no meio de uma multidão gigantesca instável, que um idiota ficava gritando “Ó O DINHEIRO NO CHÃO”. Isso faz algumas pessoas pararem instintivamente e quem vem atrás pode perder o equilíbrio e começar a tragédia. Olhei e era um sujeito até bonito, alto, bem vestido, com uma namorada a tiracolo. Calculei o desgosto da garota, caso não seja outra anta, de segurar pela mão uma pessoa assim. Mas a galera agüenta qualquer coisa pra ter o que abraçar na hora da música do Jota Quest, né? Então deixa assim.

Obviamente no meio da confusão eu e mais uma pá de gente foi parar no lugar errado e fomos informados de que tínhamos que voltar tudo até encontrar uma bola com Rio Card escrito. Então voltamos, agarradas aos nosso RioCards Rock in Rio, porque naquele momento, parceiro, aquilo era o que de mais valioso tínhamos, dinheiro, documentos, cartões de créditos, celulares que tiram fotos, nada iria nos levar de volta pra casa, só o Rio Card Rock in Rio bichinhos de Deus. Quando encontramos finalmente a maldita bola, várias filas estavam formadas sem nenhuma sinalização de qual fila era pra qual destino. Havia um moço sem uniforme informando as pessoas, totalmente sem credibilidade, mas estava informando certo. Acho que era ambulante e foi contratado ali na hora. Entramos na fila que ele indicou e só quando chegamos láaaaaaaa na frente é que apareceram os carinhas que gritavam o destino dos ônibus. Ah, tá.

Eram mais ou menos umas 5h quando estávamos quase entrando no ônibus. Acho que o processo entre sair de lá, andar, errar o caminho e embarcar deve ter levado mais ou menos uma hora. Até que não demorou. Quando sentei, naquele banco confortável, tremendo de frio por causa do ar condicionado, imaginei que não fosse dormir. Gêmea comentou:

- Estou morrendo de sono, mas acho que não vou conseguir dormir aqui.

E eu:

- Ah, é, eu também não consigo.

Porque eu tenho uma lenda na minha cabeça de que eu não consigo dormir em carro/ônibus e coisas que andam/voam e afins. Só que é mentira. É só eu pensar que não tenho obrigação de dormir que 5 minutos depois tô babando. Acordei em Copacabana, senti uma ponta de culpa por ter deixado Gêmea sozinha acordada e quando olhei ela dormia também. Duas tolas.

Desci relativamente perto de casa, eram 6h, vim andando, tremendo de frio. Se eu pudesse ser tipo o Pedro Bial e dar uma só dica aos que vão domingo, já que hoje não dá mais, é: levem casaco. Faz frio. Senti frio lá, senti frio no ônibus, senti frio no trajeto, por mais que esteja calor, de noite em lugares abertos faz frio.

Se valeu a pena? Valeu. Se eu vou em 2013? Bom, antes da maratona da volta, minha ida estava garantida. Depois, não sei. Eu estarei dois anos mais velha e, infelizmente, não tem a ala dos idosos. Tinha que ter uma área exclusiva para provectos acima de 30, porque alguns perregues só os jovens deveriam passar. Fica a dica pros organizadores do próximo.



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