Dorgas caninas
Marcelina, a Chihuahua, sempre foi locona, mas ultimamente resolveu lembrar que é cachorra, não uma rata, e começou a uivar como uma loba quando eu não estou em casa. Deixei brinquedos, deixei rádio ligado, nada adiantou. Aparentemente, o lance dela era passar o dia inteiro chamando a mamãe de volta à casa. Isso ou tentar se comunicar com Elizabeth, a Poodle, aquela que vende estrelinhas ao Quico e que mora no apartamento vizinho.
Após tentar de um tudo, resolvi recorrer à bruxaria: comprei uns florais na pet shop. Era isso ou fazer uma oferenda aos deuses antigos. São florais para ansiedade, com um cachorro muito feliz e drogado desenhado no vidro.
Assim, gente, deu vontade de tomar o negócio também. São florais para an-si-e-da-de. Eu preciso. Quem não? "Eu, não, Fernanda, tá maluca?". OK, mas antes leiam a descrição do troço:
"O composto busca o relaxamento, induzindo à calma e fazendo o animal sentir-se seguro. Favorece o autodomínio, a tranquilidade e faz com que o animal restaure o equilíbrio e encontre a sua verdadeira natureza, agindo de forma equilibrada perante a vida."
É muito amor, muita ioga, muitas flores de lótus! Vocês não querem? Eu quero paz, tranquilidade, autodomínio, tudo engarrafado e ministrado três vezes ao dia. Dorgas do cachorro já! Só não sei se, caso eu encontrasse a minha verdadeira natureza, ia ficar tão equilibrada assim. Possivelmente ficaria mais locona que Marcelina.
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Pessoal, agora o blog tem uma página no Facebook. Curtam e recebam sempre que eu atualizar!
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